Ufa! estava a ver que esta semana nunca mais acabava. Ouvir uns profs para aqui a mandarem tpc e a não nos deixarem tempo livre...
Bem mas isso agora não interessa. O que realmente interessa é a nossa história. E que tal se eu hoje resolvesse um enigma? Não sei, se calhar devia esperar, mas sem nada de importante a acontecer...
Mas como irei revela-lo, será que vocês ainda se lembram?
Bem vou conta-lo...
O primeiro despertar
A revelação de uma alma

Aran estava a passear pela templo, mais concretamente pelo sotão do templo. Não aguentava mais aquela humilhação que eram as aulas de artesanato. A professora a embirrar com ele, as colegas a olharem-no de lado como se tivesse uma doença contagiosa.
Fugira mais uma vez. ali era o unico sitio onde não o encontravam.
Começou a esplorar as centenas de caixas com as mais variadas coisas. Foi para a zona mais antiga. encontrou uma caixa escondida no meio das outras, uma caixa que lhe transmitia a ideia de algo que necessitava avidamente.
Puxou-a para a unica janela existente, para poder ver o conteudo.
Estava tudo cheio de pó. Ao colocar lá a mão reparou que a primeira coisa que tocou foi um livro. Ao tira-lo notou que estava cheio de autocolantes e anotações do genero "proibido a estranhos".
Curioso, Aran abriu-o. Era um livro de fotos. Eram um grupo de amigos, cinco no total. Sorriu ao notar a união deles mesmo naquela foto. Notou que cada folha era quase um ano que passava, era a historia daquele grupo.
Ansioso para ver como aquele grupo tinha acabado abriu na ultima pagina.
Foi um choque para ele ver as unicas seis fotos.
A primeira mostrava uma rapariga ainda jovem debaixo de uma arvore, por baixo da foto estava "Para sempre ficarás uma flor" numa inscrição do autor.
A segunda era um jovem descontraido a olhar para o mar "Que o som da água faça relembrar todas as pessoas de ti"
A terceira era uma rapariga a dançar no meio de muita animação "Que o teu sorriso se espalhe pelos mundos"
A quarta era um rapaz assustado perante uma aranha apenas tinha escrito "brincadeira de mau gosto" dava perfeitamente a entender que era o autor do livro.
e a quinta e ultima era uma rapariga com uma espada na mão a olhar para uma batalha que se desenrolava à sua frente "Que a coragem nunca te falte" "A ultima batalha"
Notou que mais abaixo numa letra diferente estava outra anotação.
"infelizmente já não pode comentar nem colocar mais fotos, a ultima batalha foi derradeira"
Percebeu que aquela ultima queria dizer mesmo ultima. Quando ia a fecha-lo mergulhado nos seus pensamentos, voltou a fechar o livro e começou a sair dali. Depois de ver o triste destino daqueles cinco amigos não lhe apetecia ficar sozinho.
Encontrou-se como habitualmente no salão de entrada com Siena e Miliane que saiam das suas aulas
- Hey! Aran - chamava Miliane com a sua alegria enquanto se aproximava dele - não me digas que te escapaste novamente.
- Sabes que eu não gosto muito disso. - concluiu ele ficando voltado para o primeiro retrato do grupo de amigos que vira naquele lugar, ficou serio.
- O que se passa Aran? - perguntou Siena notando algo de diferente nele. Aqueles meses estavam a muda-lo.
- Este grupo era o nosso à um mês e meio, estou cheio de saudade como ficará depois desta distancia.
- Pois...o treino já está quase a acabar. Não sei o que fazer depois disso. - confessou Miliane ficando tambem ela abatida.
- Não desanimem, tal como Nicleido diria, "muita água ainda tem que correr"
Todos se riram ao verem Siena a imitarem o seu amigo.
Entretanto Aran notava que algo dentro de si sentia necessidade de se libertar. Algo grandioso, poderoso queria sair.
- Que se passa Aran? Tens a certeza que está tudo bem? - perguntou Siena notando que algo não estava bem.
- Tenho que sair daqui, está muita gente, claustrofobia...
Ele saiu a correr. Pensamentos atolavam-se no seu cerebro perguntando-se, interrogando-se se tudo aquilo, aquela dor, a saudade, a alegria e tudo o mais valeria a pena.
Ao chegar cá fora e de ter percorrido sozinho a floresta deu livre curso ao seu sentimento de ansia de ser libertado. Sentiu esse poder a libertar-se. A tomar conta do seu corpo. Sentiu que não era humano.
Sentiu que era fogo e ar, agua e terra com a energia a percorre-lo. Abriu os seus sentidos como nunca tinha feito e sentiu a Natureza a rodea-lo. Quando sentiu que tudo tinha terminado começou a correr em direcção a um lago.
Sentia o vento a percorrer com uma rapidez anormal. Ao chegar sentiu medo, medo de olhar e descobrir um novo ser. Mal sabia ele o que estava para acontecer.
Ao olhar, viu a sua nova aparencia, era um lince, um tigre, um lobo com uns enormes olhos vermelhos, era poderoso, era tudo o que tinha sonhado e tudo o que tinha temido.
Ficou ali a olhar para si mesmo até ouvir vozes.
- Aran! Onde estás? - perguntava uma voz que ele identificou pertencendo a Miliane
- Aran! Vá lá aparece! - lá estava Siena preocupada.
Tinha de ir ter com elas. Mas antes de poder voltar à forma humana sentiu-as atras de si. Recuaram até tropeçarem uma na outra e ficarem a olhar para ele. Miliane foi a primeira a reagir.
Aproximou-se e tentou fazer-lhe festas.
- Cuidado Miliane. É um animal selvagem. - avidou preocupada Siena.
- Está tudo bem. é Aran.
Siena olhou-o espantada e com outros olhos.
- Aran? És tu?
Por hoje fica por aqui. Para a semana vou falar de Nicleido.
Acho que depois desta volta não vou voltar aos treinos, estou a ficar farta de treinos e quero avançar. Peço desculpa pela imagem representa Aran.
Sem vocês nada disto era o que é.
Até sabado
Espero que gostem
Obrigado
Iruvienne