Com muita pena minha a história vai ter de passar a ser apenas uma vez por semana e talves seja em cada fim de semana, no entanto até lá ainda temos tempo, eu aviso quando começar a escrever apenas uma vez.
Aran
Aceitarei as regras mas só até um certo ponto
Aran
Aceitarei as regras mas só até um certo ponto

Aran estava a dirigir-se para a sua primeira aula. Não estava nem de longe tão confiante como as suas duas amigas, Siena e Miliane. Seguia numa fila com cinco pessoas e todas elas raparigas.
Seria castigo divino ter de lidar vezes sem conta com aquele genero de pessoa? Aquele género que só sabe é falar aos segredinhos e dar risinhos irritantes?
Bem...não podia queixar-se só delas, Aran conhecia uma que não era assim, chamava-se Yena, e só ela é que conseguia fazer o seu coração acelarar... espera!...Ela não podia estar a dar-lhe a volta à cabeça.
"Controla-te Aran, já tens que te chegue, não pensas mais nisso" ele estava a elouquecer e não podia contar a mais ninguem. Siena e Miliane certamente não parariam de fazer troça dele.
Ao entrar na sala procurou imediatamente uma cadeira para se sentar, tal como a professora lhes tinha dito para fazerem no dia antes. Mas ficou espantado ao ver várias cadeiras almofadadas e ainda por cima cor de rosa!
Aran julgou que o pior já estava passado, mas ao encontrar aquela sala toda ela cor de rosinha e com novelos de lã e coisinha julgou que tinha entrado num inferno particular só para ele.
Sentou-se numa cadeira. As conversas continuavam, mas ele permanecia calado. De repente com um estrondo a porta abriu-se e lá entrou a professora.
- Bom dia meninos. Podem-se sentar.
Cada um se sentou numa cadeira e olharam para a professora. Aran não sabia se deveria estar irritado, chateado ou muito assustado com tudo aquilo.
- Peguem cada um no pequeno tear que está na mesa ao vosso lado e começem a trabalhar, encontraram a lã num cesto do outro lado da cadeira.
Aran fitou-a com raiva no olhar, sentia-a aninhada no fundo da alma e preste a ser libertada para fora, algo a impelia. "Com que então fazer algo com o tear, a professora já vai ver com quem é que se está a meter".
Pegou no tear e num pedaço de lã e começou a fazer uma bolsa, tinha aprendido aquilo com a sua avó, no entanto tambem tinha aprendido que a melhor maneira de atacar é defender, se a professora queria humilha-lo por não saber fazer as coisas ia ter uma grande desilusão.
Passado pouco tempo quando já tinha feto alguma coisa olhou para as suas colegas. Uma estava bem e uma outra um pouco mais longe tambem mas a maioria estava em dificuldade, no entanto a professora que passava pelos lugares para ver como estavam a ir nunca fazia mais do que um comentário, nem ralhava.
Quando chegou a ele, a professora olhou-o severamente e retirou-lhe o trabalho das mãos pondo á sua frente.
- Aran. O que é isto? Por acaso não te disse para fazeres algo no tear?
Aran olhou-o incredulo. Estava um trabalho muito bem feito porque é que havia a professora de lhe estar a ralhar? Com a raiva a ferver-lhe no interior levantou-se e apontou um dedo á professora.
Nunca fora assim, a ralhar com alguem superior, mas estava farto de engolir sapos e aquela professora de artesanato ou lá o que era punha-o fora de si.
- Ouça lá, senhora professora - afirmou enfatizando as ultimas palavras - isto está muito bem feito, recebi aulas para esta disciplina quando era mais novo, você só implica comigo por ser o unico rapaz.
- Cala-te! Ninguem me fala assim.
- Pois agora è que não me vou calar - tinha de se acalmar rapidamente, sentia algo dentro de si que tencionava sair e ele não tinha a certeza do que era - só por ser o unico rapaz você humilha-me ralhando-me só a mim.
- Chega! Rua e vá falar imediatamente com o director - ralhou ela apontando o dedo para a porta.
- Com muito prazer.
Aran levantou-se e bateu a porta atras de si com muita força. A raiva estava a acalmar-se dando lugar ao medo, não ao medo pelo director ou como ali o chamavam o Sábio, no entanto sentia muito medo por algo que nunca sentira antes.
Sentia que algo estava dentro de si, e que só em ocasiões muito especiais é que despertava, sentia medo do que aquilo poderia fazer a si. Reunindo uma certa coragem, encaminhou-se calmamente para o gabinete do sábio.
Bateu à porta.
- Entra Aran, já sei o que se passou.
Ele entrou sentindo aquilo dentro de si preste a explodir.Claro que ele já sabia, ali parece que todos sabem tudo. Olhou no entanto com curiosidade para aquele escritorio. Era diferente de tudo o que tinha visto até aquele momento.
O que captou a sua atenção foi um enorme vitral por de tras da secretaria do professor, a secretaria de mogno as paredes repletas de livros, um enorme candelabro a pender do tecto.
- Creio que te devia por de castigo, no entanto tens uma certa razão - admitiu o sábio acabando com o espanto provocado pelo seu escritório. - no entanto tenho a pedir para teres mais calma com a professora Helyern.
- Pode ser. - tanto lhe importava isso.
- Entao vai para o teu quarto e pensa naquilo que fizeste.
Aran encaminhou-se para a porta. Tudo o que queria era estar sozinho e pensar em tudo aquilo. Mas antes de fechar a porta ainda disse para o director.
- Aceitarei todas as regras...mas só até um certo ponto.
Depois a porta fechou-se reinando o silencio no escritorio.
- O que é que eu fiz?! - exclamou o professor para si - ele está quase a despertar e quando isso acontecer mais ninguem o vai poder manipular ou controlar como eu estou a fazer! Só espero que as outras não acordem tambem.
O episodio fica por aqui.
Para a proxima segunda vou falar de Siena
Tenho um problema ao colocar a imagem quando conseguir coloco-a com o titulo deste episodio
Espero que gostem
Até segunda-feira
Iruvienne
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