Como já vos disse o outro blogue vai começar em funcionamento dentro em breve, penso que não passa deste fim de semana.
Quanto a esta historia vou continuar hoje tal como sempre, mas com as férias tão proximas pensei em fazer como o ano passado e tentar escrever mais do que uma vez por semana.
Agora a história
Em Nova Iorque
Um novo rumo
Um novo destino

Nicleido olhava em volta vendo-se no meio da confusão. Viu como Liliane embainhava a sua enorme e fina espada para não chamar à atenção, como Miliane e Siena tentavam passar um pouco mais despercebidas, mas mesmo assim as suas roupas e ainda por cima cheias de pó e um pouco de sangue atraía alguns olhares.
Natanael e Jolayne olhavam para aquilo abismados. Nunca nas suas vidas tinham visto prédios tão altos ou carros.
- Voltamos. - exclamou Aran um tanto ou quanto extasiado. Tentava absorver com os olhos tudo o que se passava à sua volta também era um sonho ir a Nova Iorque.
- Nem sei como voltamos mas é melhor começarmos a andar, estamos a atrair muitas atenções. - recomendou Liliane começando a andar puxando Jolayne por um braço para lhe mostrar a loja mais proxima, comportando-se como se fosse uma simples adolescente. Os outros seguiram-na, assim passariam por jovens de um clube de teatro.
- O que é isto? - perguntou assustado Natanael a Miliane apontando para os carros.
- É parecido às vossas carruagens mas sem os cavalos.
- Temos que falar melhor vamos procurar um sitio mais sossegado. - sugeriu Nicleido caminhando em direcção a um jardim. Tinha ido ali com o seu avô quando tinha 4 anos. Muita coisa tinha mudado mas o seu sentido de orientação ainda continuava a ser único.
Natanael e Jolayne não paravam com as perguntas. Pareciam incomodados mas pareceram que ficavam mais aliviados quando viram surgir em frente deles o grandioso central park. Aquele pequeno oásis no meio de tanta poluição era algo mágico.
Sentaram-se no meio daquela erva tantando descansar e aliviar o stress.
- O que é que se passou exactamente? - perguntou de repente Jolayne suscitando na cara dos nossos cinco guardiães uma cara preocupada.
- Não sabemos. Apenas notamos que o tempo se cruzou com o nosso e decidimos apanhar uma boleia, pelo caminho vieram vocês.
- Então e a batalha? - perguntou Natanael.
- Já te dissemos que sabemos tanto como vocês os dois. - ralhou Aran também irritado por ter mais perguntas que respostas.
Liliane e os outros ficaram um pouco em silêncio a olhar para o decorrer do dia naquele local, num lago viam os patos e crianças a passearem, pareciam um sitio onde não iam obter nenhumas respostas mas foi nesse local de reflexão que surgiu um rasgo de compreensão.
- Acho que sei de um sitio onde podemos buscar essas respostas. - disse de repente Liliane
- Onde? - perguntou Miliane um tanto ou quanto ansiosa.
- Aquela batalha ocorreu à cerca de 500 ou 400 anos atras, logo no museu de historia deve haver algum registo ou então na biblioteca.
Siena abraçou-a.
- Excelente ideia. Vamos. - disse levantando-se
- Espera. Não podemos andar por aí vestidos como se fossemos do seculo passado. - afirmou Nicleido
- Mas nós viemos do seculo passado - gozou Jolayne.
Com um ligeiro aceno trocou a sua roupa por uns jeans e uma t-shirt branca. Não conseguiu fazer desaparecer a espada, mas ali naquela cidade tudo era preciso. Os outros imitaram-na e Jolayne e Natanael tiveram uma pequena ajuda.
Depois seguindo mais uma vez a intuição de Nicleido deram com um edificio muito estranho. O museu. Ao entrar viram que não estava vazio, várias pessoas passavam divagando as mais variadas peças.
Siena tirou um panfleto e procurou a era que andavam à procura.
- Fica no piso três.
Foram para os elevadores sendo preciso convencer os dois visitantes do seculo XXI de que era seguro e partiram para o terceiro piso. Mal as portas abriram-se viram que de um lado e do outro haviam várias replicas de roupas e armas.
Andando por entre os vasos e pequenas gravuras viram mesmo no fundo uma placa de pedra com inscrições e umas gravuras.
Representava a batalha e viram lá no topo os cinco guardiães e viram como no céu tinham representado aquela estranha aurora boreal.
- Precisão de ajuda? - perguntou uma voz atrás deles em fluente inglês.
Ao virarem-se vira uma jovem que nitidamente se adivinhava ser a guia do museu. Ficaram um pouco aparvalhada mas Miliane conseguiu apresentar-se e perguntou imediatamente se lhes podia explicar como acabou a batalha.
Primeiro ficou a olhar para eles espantada. Pareciam saber mais do que ela sobre aquele assunto, tinham inclusivé nas mãos, à cintura ou às costas armas pertencentes àquela epoca.
Explicou-lhes então que a batalha durou muito, dizia a lenda que umas deusas tinha encarnado em duas pessoas muito especiais chamados os eleitos. No fim a luz derrotou a escuridão nem sem a promessa de uma vingança.
- .... e depois eles viveram felizes, mas fala-se nos diários deles de coisas muito estranhas de modo que não sabemos o que é verdade e o que é mentira. Fala-se de pessoas vindas do futuro e de pessoas do passado que foram para o futuro. Parvo não é?
- Com certeza que é. Obrigada pela sua disponibilidade.
- De nada. É o meu trabalho.
Ela virou costas e afastou-se. Ainda olhou pela ultima vez para aquele estranho grupo de jovens. Viu como olhavam para aquilo como se estivessem a recordar algo, estranho, mas não queria interferir mais.
- Não nos adiantou mais. - concluiu Aran um pouco frustrado.
- Pelo menos agora temos alguma paz. Podemos descansar um pouco e depois estava a pensar irmos dar um passeio até à nossa casa. - pensou Miliane
- Então e nós? - inquiriu Jolayne e Natanael.
- Vocês vêm connosco e depois, quando a altura chegar vocês vão escolher entre ficar connosco ou partir para o vosso tempo.
- Mas até lá temos de arranjar um local para ficarmos, eu cá quero ir tomar um bom banho - disse Siena
- Nós já vamos tratar disso. Agora temos de sair daqui - afirmou Liliane encaminhando-se novamente para o elevador para sair daquele local onde a historia e memorias passadas conviviam lado a lado, onde o tempo convergia no presente...
Longe dali num sitio luminoso alguem consultava o seu padrão no tear.
- Mãe eles voltaram - disse uma voz
- Sim Yena eu sei, fizeste um bom trabalho, acho que podes também voltar.
- Então vai limitar-se a olhar? Não vai fazer nada? - Yena estava um pouco incredula com a reacção calma de Luz.
- Tem calma filha, já tenho planos.
O episodio fica por aqui.
Espero que gostem
Até sexta ou sábado
Iruvienne