sábado, 25 de julho de 2009

Uma historia... A nossa historia ... magia e imaginação


Oi malta

Espero que as ferias estejam a correr bem


Conversa no deserto


Miliane, Siena, Nicleido, Aran e a prisioneira, a tal princesa do deserto, corriam pelas dunas livremente. Graças a Miliane tinham conseguido abrir um portal para a liberdade deixando Liliane e Alsan para trás. Percebiam que ela tinha coisas a ajustar com alguem mas ninguem sabia quem.

Avistaram passado pouco tempo duas pessoas a acenar-lhes. Siena nunca percebera como Liliane conseguia fazer portais quase tão bons como os de Milianes, além de que era muito precisa ao encontrar lugares.

Atrás de si estava Alsan, agora que Aran reparava mais nele via como ele estava pálido e que estava silencioso demais do que era habitual. Algo entre os dois devia ter acontecido.

- Está tudo tratado? - perguntou Nicleido

Liliane sorriu como era habitual, o ambiente desanuviou logo.

- Era apenas dizer um olá a um colega de longa data.

- Um olá é favor. A Liliane é doida. - exclamou Alsan de repente valendo um olhar frio da parte de Liliane. Todos a conheciam bem e sabiam que quando queria podia bem assustadora e perigosa mas todos se comportavam como se tudo estivesse bem.

- Liliane é justa, não é nada mais do que nós, tem é gostos particulares - defendeu Miliane olhando para ele da mesma forma que os outros, como se ele não compreendesse aquele equilibrio fragil do grupo.

- Aqui cada um tem uma função. Tu tens de aprender que é necessários sacrificios.

- Ei já se aperceberam que ainda continuo aqui? - disse Ailiene. Todos se voltaram para ela, tinham que a despachar depressa senão tornava-se um tanto ou quanto enfadonha.

Liliane tomou a situação novamente.

- Vossa alteza, vamos demorar a chegar mas certamente vai ver a sua tribo antes do anoitecer.

Todos se riram novamente enquanto que Ailiene corava ainda mais. Ninguem disse mais nada e avançaram. Passado pouco tempo todos tentaram com a magia adaptar as suas roupas, mas a verdade é que o calor do deserto era demasiado para eles e depressa ficaram ofegantes.

Siena era a que se ressentia mais. Ela vivia das plantas e ali naquele deserto torrido nem um pequeno arbusto sobrevivia. Depressa se sentiu mal e se sentou no chão.

- Siena!

- já não aguento mais.

Sem ela estar à espera Aran pegou-lhe ao colo. E continuou a andar. Ailiena parecia estranhamente bem naquele ambiente.

O sol começou a descer chegando ao fim de mais um dia.

Foi nessa altura que parraram numas dunas. Siena dormia, mas acordou assim que lhe foi oferecida alguma água dos odres que tinham roubado do forte. Liliane ofereceu-se para fazer o primeiro turno de vigia e ninguem recusou.

Ailiena estava um pouco desconfiada, parecia que pela primeira vez observava com mais atenção a sua nova amiga. Ela tinha realmente algo que escondia muito bem, mas mantinha o grupo unido e felizes, era tudo o que ela mais queria e via-se que gostava de ser justa.

Adormeceu ao ve-la sentar-se num posto mais alto para ver se alguem se aproximava.


Ailiana acordou ao sentir a areia estremecer. Conhecia muito bem o que aquilo significava, uma caravana de camelos aproximava-se e por aquele andar só podia ser da sua tribo. Estava felicissima.

Levantou-se imediatamente e foi ver quem estava de vigia. Ficou um pouco desconsertada ao ver à mesma Liliane de vigia. Afinal a noite ia acabar e ela ainda não se tinha ido deitar.

Ao aproximar-se viu que tinha aquela sua pequena e fina espada no colo, se bem que parecia diferente.

- Aproxima-se uma caravana. - disse ela sentando-se ao lado de Liliane

- Sim já notei. Posso até afirmar que sabes que é a do teu povo.

- Sim é.

Ficaram ali em silêncio admirando o fim de mais uma noite.

- A noite é bonita. Aposto que no seu palácio deve ter um telescopio para observar mais astros. - afirmou Liliane suspirando por não poder ser ela mesma a ver as estrelas de mais de perto.

- Não é bem assim. Eu nunca me dei bem com palacios, prefiro viajar com o meu povo. Mas quem és tu? Ainda não dormiste e pareces que estás bem, tentas mater um grupo em equilibrio mesmo quando tudo está em perigo.

- Bem... antes de mais acho que tenho de te pedir desculpa sobre a forma como te tratei. Não foi justo.

- Deixa lá. Só sou mais uma princesa, normalmente tenho um tratamento diferente.

- Se fosse por tratamentos tu estarias agora vergada diante mim sem sequer me veres a cara.

Ailiena olhou para ela. Via naqueles olhos violetas que falava com tristeza e que estava perdida nos seus pensamentos. Julgara-a mal, ela simplesmente se encontrava muito longe do mundo dos mortais.

- Repito. Quem és tu?

- Sou senhora da escuridão, princesa da noite e da morte. E agora é melhor irmos acordar os outros que eles não vão demorar a chegar.

Ailiena ficou a observa-la a afastar-se, aquela miuda era como uma lenda, no entanto comportava-se como outra miuda qualquer e o que mais a incomodava era saber que a tinha tratado mal, que aquilo sobre respeito que ela tinha dito estava certo, que ela nem sequer merecia estar a olhar para ela. Isto segundo as normas da realeza daquele lugar.

"Tenho que ter mais atenção"


Espero que gostem

Iruvienne