sexta-feira, 24 de abril de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação



Uma vez mais estou aqui para escrever mais um episodio.


Dizer uma coisa boa que me aconteceu? Bem achei um inicio de uma história que eu tinha começado há já muito tempo e achei curiosidade em continua-la. Mas sem ser isso parece que sexta nunca chega para vir escrever e ter um tempo livre.


Bem, posso dizer que ideias andam assim a passear pela minha cabeça, só que depois tenho um problema. Eu vejo acontecer as coisas na minha cabeça como um filme, e depois não sei como escrever a acção. Mas acho que vai sair alguma coisa de jeito.




Agora falando do que interessa.


Hoje vou falar apenas do grupo que comanda a frente de batalha, não vou falar de Liliane uma vez que ainda decorre a enquete sobre quem ela vai achar ou mesmo se vai achar algum povo, mas já tenho uma ideia sobre o seu lado mais... digamos... mórbido. Quando a enquete acabar escrevo logo sobre ela.




Não me prolongo mais, aqui vai mais um episodio.




Avançando para o campo de batalha




Miliane acordou um tanto ou quanto atordoada. Tinha tido um sonho estranho do qual não se lembrava apenas que a fizera tremer de medo até dizer chega. Talvez fosse o medo ou o anseio que sentia por ir pela primeira vez para o campo de uma grande batalha.


Ouviu baterem à porta, mesmo quando tinha acordado, até tinha a certeza de quem era. Naquele mundo só havia duas pessoas ou até talvez tres que tinham um sentido de oportunidade excepcional.


- Entre. - ordenou sentando-se na cama. Se fosse quem ela pensava que era nem precisava de se aprumar muito. No entanto a pessoa que apareceu à porta não era quem ela esperava ver.


Encontrava-se a pensar em Siena ou Doroteia, mas nunca nos seus sonhos fora imaginar que se tratava de Natanael.


Primeiro corou até à raiz dos cabelos e depois esticou-se para vestir o robe e levantou-se. Só depois reparou que ele trazia um tabuleiro com comida. Olhou-o como se estivesse a avalia-lo.


- Pequeno almoço no quarto, que mais deverias querer? - perguntou Natanael com um sorriso na cara pousando na mesa ao pé da janela. Miliane permanecia quieta demasiado espantada para acreditar naquilo que estava a ver.


Sentou-se à mesa enquanto Natanael puxava uma cadeira para se também sentar.


- Para que é tudo isto? - conseguiu finalmente dizer enquanto colocava açúcar no chá. Não conseguia admitir mas estava encantada com Natanael.


- Hoje vamos embora daqui, então achei melhor vir-te acordar cedo para não termos de esperar por ti.


- Pois, já me tinha esquecido disso. - Miliane ficou um tanto ou quanto assustada, para já montar, pois porque ouvira dizer que até ao campo de batalha a cavalo, e depois o grande combate.


- Não fique assim, olha vou chamar Siena para te vir arranjar para a viagem, espero-te lá fora.


Ela ficou a olhar para a porta por onde Natanael tinha saido. Tinha a chavena a meio caminho para a boca e ali ficou "Se calhar deveria dar-lhe uma hipotese, afinal não vamos ficar por aqui muito tempo".


Siena apareceu à porta e ficou espantada a ve-la a comer.


- Vejam só quem teve direito a comer no quarto. Também quero. - brincou Siena - Mas agora vamos arranjar Christian e Lin já estam a preparar os cavalos.


- Que bom, cavalinhos. - disse sem tom, sem qualquer alegria na voz.


- Vá arranja-te.


Siena ajudou Miliane a acabar com as bolachinhas de chocolate e ajudou-a a arrumar uma mala com algumas roupas e acessorios que uma rapariga não pode deixar para trás. Nos corredores haviam alguns criados numa azáfama louvável a correr de um lado para o outro com sacos ou outras coisas nas mãos.


Quando chegou à parte traseira do palácio ficou espantada ao ver uma ligação de terra à costa, já começava a ficar habituada aos canais de águas. A floresta também começava a alguns passo, notava-se bem a mãozinha de Siue em cada arvore gigantesca.


Já estavam lá os seus amigos a prepararem-se para montar. Nicleido estava junto de Biel a darem as ultimas indicações ao general. Miliane viu então como Doroteia e Helidoro vinham ter com eles.


- Bom dia Miliane, tomaste um bom pequeno almoço? - perguntou Helidoro. Afinal sempre houvera ali coisa.


- Vocês os dois são capazes de enervarem uma pessoa pelos cabelos.


- Vou levar-vos aos vossos cavalos.


Siena aproximou-se do seu cavalo castanho como há muito estivesse habituada a fazer aquilo. Miliane ficou a olhar para ela espantada.


- Como é que aprendeste?


- Tudo o que aprendeste no passado reflecte-se no presente.


Miliane aproximou-se do cavalo a que lhe estava destinado. Era cinzento prateado, não soube explicar mas desde que pusera a vista em cima amou-o logo. Aproximou-se e tentou monta-lo, então sentiu logo uma familiaridade incrivel e montou-o.


Sabia bem montar, como se há muito soubesse como deveria fazer. Aproximou-se da frente onde estava Aran e Gium. Estaam ansiosos à espera de ordem para avançar.


- Pronta?


- Não podia estar mais ansiosa. Então e os outros guerreiros?


- Já estão no campo de batalha, nós devemos ir entretanto.


Ouviu-se uma ordem do fundo do grupo que ordenava que avançassem. Os cavalos começaram a andar e depressa estavam no meio do pinhal. Aquilo parecia com o que sempre quisera viver, liberade e sem ter com o que se preocupar.


Nicleido veio fazer companhia, a sua cara também mostrava o prazer que sentia sempre que o cavalo acelarava.


Passado algum tempo pararam para descansar. Sem se aperceberem tinha passado um dia. Miliane sentiu então as dores de ter cassado um dia inteiro numa sela. À noite quando estavam de volta da fogueira improvisada olhou para as estrelas do céu.


"Espero que a tua viagem esteja a correr bem" pensou sem imaginar que a alguns muito quilometros do local Liliane olhava também para as estrelas.




Hoje fica por aqui. Espero que gostem. A imagem deveria ser Miliane a tomar o pequeno almoço, foi a melhor imagem que achei para esse momento


Até sexta


Iruvienne




sexta-feira, 17 de abril de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação


Olá malta

Estou aqui com as ideias um pouco baralhadas, é que isto de escrever duas histórias ou mais ao mesmo tempo dá cabo da cabeça. Bem...não há-de ser nada.

Também é culpa de uma certa professora que mandou escrever em 10 min um poema e a minha caneta só andou um pouco rápido demais e... esgotei as ideias! Não se preocupem, tenho uma fonte de ideias que me ajuda a construir a historia, só que por vezes avançamos depressa de mais e esquecemos novamente o que decidimos.


Avançando para outros assuntos.

No ultimo episodio Liliane partiu à procura de um povo imaginário notando que os seus poderes estavam mais fracos. Miliane começou a ser o alvo da "caça ao coração" por parte de Natanael. Os outros preparam a batalha.


Espero que gostem...


Recuperar poderes

Falando à lareira




Liliane ainda voava durante a noite quando começou a sentir mais imensamente a fraqueza do seu poder e a perder o seu autocontrolo sobre a sua frieza. Não queria sucombir a esse lado da sua personalidade mas não aguentou muito e passado pouco tempo, já os seus olhos e o seu porte transmitia altivez e uma frieza anormal.

Tinha que recuperar o seu poder mas como? Viu então uma aldeia depois de sobrevoar um bocado de pinhal. Parecia que havia alguma festa na praça, então pousou nos arredores da aldeia e deixou o seu lado frio tomar a iniciativa.

À medida que andava por entre os altos pinheiros em direcção, sentiu o seu poder a colocar uma saia em vez de calças e deixou o seu cabelo voar. Ao chegar ao baile viu vários aldeões a divertirem-se.

Havia ali várias outras pressoas a dançarem ou apenas a verem por debaixo de enfeites garridos, mas houve um simples rapaz, um pouco mais velho que lhe chamou a atenção. Parecia forte e muito orgulhoso.

Esse rapaz exibia uma espada comprida. Sentiu então uma vontade imensa de retirar da sua cara aquele sorriso estupido que ele exibia como se fosse o senhor de tudo. Então deixou o poder dela fluir até chegar até ele.

"O que estás a fazer Liliane? Queres mata-lo?" uma imagem de sangue dele a tingir os seus lábios, a provar aquele liquido fez com que se arrepiasse mas ao mesmo tempo um sentimento como desejo.

Sinceramente não percebia o que se estava a passar. Mas quando deu por si já aquele rapaz estava à sua frente a preparar-se para a beijar.

"Acho que fui longe demais"

Colocou um dedo branco e frio sobre os seus lábios sentindo aquele sangue a correr quente nas veias dele. Sentia quase a perder o controlo e mata-lo ali mesmo, mas o raciocinio e a mente sã daquele lado da personalidade não o permitiram e assim puxou-o para o meio do pinhal, para longe da aldeia.

- Quem és tu beleza? - perguntou ele pensando que a seduzira.

Liliane trocou novamente a saia pelas calças pretas e retirou a sua espada azul esbranquiçada como cristal fazendo uma pequena diferença. No cabo da espada estava um lenço preto que se movia lentamento parecendo uma ilusão.

O rapaz olhou-a espantado. Ao olhar para os seus olhos notou que não transmitiam nenhuma emoção alem de morte.

- Sabes dançar a dança dos lenços afiados, rapaz? - perguntou ao rapaz como se fosse superior

- Não sou nenhum rapaz, e sei, sei dançar essa dança, mas as raparigas não costumam dança-la.

O rapaz retirou a ua espada e retirando do bolso dois lenços atou um ao cabo da sua longa espada e o outro segurou na outra mão. A dança dos lenços afiados era uma dança feita com lenços e capas para criar ilusões e não deixarem ver as lâminas.

Liliane nunca tinha dançado, mas o seu instinto a impelia a fazer isso aquilo. Começou a dançar de forma um tanto ou quanto convidativa, ele acedeu e começou a aproximar-se fazendo os lenços moverem-se de forma mais rápida.

Ela girou sobre si mesma fazendo não só o lenço da sua espada mas também a sua capa voar. O desejo de o mantar aumentou ainda mais. Queria tirar proveito da luta mas o seu desejo era mais forte por isso quando a luta atingiu o seu auge, em que o rapaz, nem sabia como tinha conseguido fazer um arranham na sua palida face fazendo com que um fio de sangue corresse pela face.

- Não quero demorar mais - suspirou Liliane

Sem piedade conseguiu tirar a vida daquele rapaz. Gostou com um prazer um tanto ou quanto mórbido de ver a luz dos olhos daquele rapaz perderem a luz e sentiu o sangue dele a manchar as suas mãos.

Quando ele estava no chão não aguentou e bebeu um pouco daquele liquido vermelho, não foi muito pois a sua outra personalidade dizia que aquilo era nojento. E sentiu-se revigorada e os poderes novamente completos.

Quando se ia a afastar para retomar a viagem olhou novamente para o corpo inerte no chão.

"No que é que me tornei? Tornei-me num monstro" pensou amargamente antes de estender as asas aos céu agora que mostrava um tons da alvorada e retomou a sua viagem em busca de um povo imaginário.


Estavam todos reunidos à volta de uma mesa cheia de papeis. Eram Nicleido, Aran, Miliane, Siena, Helidoro, Doroteia e os antigos guardiães, juntamente com o general. Discutiam a maneira como deviam conduzir as tropas através da floresta.

- Acho que primeiro deviamos levar apenas mil, pois não sabemos o que iremos encontrar e depois penso levar reforços.

- Acho uma ideia excelente. -comentou Biel anoando aquela informação num papel.

- Pronto acho que é tudo por hoje, amanhã discutiremos o resto general Gustavo - disse Gium despedindo-se do general.

Os antigos guardiões tratavam aquilo com um certo enfadonho enquanto que os nossos amigos estavam um tanto ou quanto mais entusiasmados, mas mesmo assim, cansados. Sempre tinham imaginado que em tempo de guerra haveria coisas mais práticas.

- Bem quanto a nós vamos descansar - disse Siue levantando-se para se ir embora.

- Nós vamos ficar a falar um pouco na sala comum - disse Aran, queria falar um pouco, sentia-se cada vez mais incomodado naquele mundo, parecia que estava a sonhar a unica coisa que não dava indicio disso era a presença dos seus amigos.

No corredor dividiram-se. Helidoro e Doroteia também se dirigiram para os seus quartos, desculparam-se com "um futuro incerto que queriam ver" e Natanel disse que queria ficar a sós para elaborar os seus planos de conquista e foi para o quarto também. Eles por se turno foram para a sala comum. Uma sala mais pequena naquele enorme palácio.

A sala era só para eles. Quando entraram sentiram-se um pouco mais confortaveis. Havia uma lareira acesa e uns sofás vermelhos. No chão estava uma alcatifa que convidava a sentarem-se em cima dela.

Aproximaram-se da lareira e sentaram-se exaustos das reuniões.

- Isto dá cabo de mim. - queixou-se Miliane deitando-se na alcatifa em frente da lareira.

- Eu mesmo assim sinto que algo ainda não está decidido. - intrigou-se Siena

- Tens razão. - concordou Nicleido - ainda à lenda do povo vierno e do deerto em que os guardiões passam desta para melhor.

- Eu nunca acreditei muito nisso. Estás muito calado Christian, passa-se alguma coisa? - perguntou intrigado Aran

- Como é Liliane? - perguntou um tanto ou quanto timido.

Os guardiães riram-se. Aquilo andava a pesar-lhe na consciencia, não conhecer suficientemente bem a sua irmã. Além disso dizerem a alguém como era a sua amiga, uma guardiã era estranho.

- Ela é diferente de nós. Não muito mas já sofreu muito mais que nós.

- Pois parece que tudo lhe acontece a ela.

- Ela é simpática e forte, corajosa e leal.

- Adora voar. - acrescentou Miliane

- Pois isso.

- E como é que ela se relaciona com o vosso grupo? - perguntou curioso em relação ao seu poder.

- Ela é uma guardiã, princesa da escuridão e senhora da morte. Mas não te preocupes, ela pode ser cruel e fria mas apenas quando quer.

- Eu já a vi assim e digo que não queria te-la como inimiga - disse Nicleido encostando-se no sofá.

Christian pensou agora na sua irmã com outros olhos. Quando a vira parecera-lhe muito fraca, mas se era como aqueles jovens diziam ela era muito mais poderosa. Também tentou olhar para aqueles guardiões.

Pareciam apenas garotos, sem experiencia do mundo real, via-os ali a rirem-se e a divertirem-se mesmo à beira de uma grande batalha, no entanto sempre que os olhava nos olhos via um poder que ele não compreendia e sabia que eles podiam fazer muitas coisas no destino, se quisessem.


Hoje fica por aqui. A imagem é para retratar um pouco a dança dos lenços afiados e não tive tempo para arranjar uma melhor, desculpem.

Espero que gostem

Até sexta/sábado

Iruvienne



sábado, 11 de abril de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação

Olá malta



Tal como disse ontem não pude acabar o episodio por isso aqui estou para o acabar. Além disso a Páscoa está aí, por isso esqueçam os programas de dietas e ataquem os doces, eu rendi-me a amendoas caseiras coobertas com açúcar um pouco caramelizado.



Deixem-me apenas escrever uma coisa para não de esquecer (guardião antigo - guardião do presente)



Biel - Nicleido



Hayl - Aran



Siue - Siena



Lin - Liliane



Gium - Miliane



Espero que gostem do episódio.







Um funeral

Uma partida




O dia amanheceu claro mas as nuvens ainda havia uma pequena ameaça de chuva. Miliane acordou ao ouvir alguem a bater à porta. Arranjando um roupão no armário cheio de roupa emprestada, foi abrir.


Viu que era apenas uma empregada. No inicio ficou surpreendida ao vê-la fazer uma vénia mas depois deixou-a falar.


- Os meus senhores mandaram-me acorda-la e ajuda-la a arranjar-se.


- Claro.


Miliane não se sentia à vontade mas depressa conseguiu um tema de conversa e de repente já estavam a falar como se duas amigas se tratassem. Miliane aproveitou a conversa para tentar saber como os senhores se comportavam pois não queria fazer figura de idiota em frente de outras pessoas.


Enquanto a criada, que entretanto descobrira que se chamava Clara, escolhia um vestido adequado Miliane foi ver o que se passava na rua. Lá em baixo na praça principal, já pequenos barcos a navegarem calmamente, parecia que se preparava qualquer cerimonia mesmo no centro, pois conseguia avistar várias barcas juntas com fitas e flores.


- O que se vai passar na praça? - perguntou a Clara ficando espantada ao reparar que ela a olhava como se não compreendesse a pergunta.


- Desculpe-me minha senhora, mas é o funeral do grande senhor Oksannen.


Claro! Como é que se tinha esquecido. Bem a verdade era que não acreditava ainda nisso, e recorda-la logo de manhã sobre isso ficou com um humor não muito bom. Nem notou quando a criada a vestiu com um vestido de veludo preto.


Quando estava pronta saiu para tomar o pequeno almoço, saiu como quem diz, seguiu Clara até ao salão onde alguns dos seus amigos já estavam a tomar o pequeno almoço. O salão era todo prateado e nas janelas estavam enormes cortinas verdes. Miliane sentia ali toque se Siue.


Estavam lá Helidoro e Doroteia que lhe lançaram um olhar como se estivessem è espera de algo da parte dela, os antigos guardiões estavam lá e faltavam os rapazes e Liliane.


Siena passou sinal discretamente para se sentar ao seu lado.


- Quando é que vai ser? - perguntou em voz alta


- Depois do pequeno almoço começam as celebrações oficiais. - respondeu Biel


Começaram a comer em silêncio. Entretanto Miliane viu os rapazes a chegarem e quase se engasgou quando viu Natanael a entrar juntamente de Nicleido e Aran, mais corada ficou quando ele se sentou ao seu lado.


- Onde está Liliane? - perguntou Aran a Gium


- Ela já vem


E não demorou muito. Pouco depois aparecia Liliane também vestida de preto e Christian. A primeira reacção foi de espanto, os dois eram tão parecidos.


- Desculpem mas eu não vou comer, estou no salão. - disse Liliane virando costas e saiu. Christian ainda lhe perguntou se estava tudo bem mas ela assegurou que estava.


Quando Christian se sentou foi alvo de muitas perguntas por parte dos guardiães do presente principalmente pelas raparigas presentes, Siena por sentir curiosidade e Miliane apenas para irritar Natanael que tentava a todo o custo falar com ela.


"Sabes que isto vai dar problemas" disse Helidoro mentalmente à sua irmã Doroteia.


"Sei, mas estou curiosa até onde isto vai dar"




Liliane entrou no salão às escuras. No meio estava o homem que diziam ser seu pai, aproximou-se lentamente de um arranjo de flores e retirou uma rosa vermelha. A sala estava totalmente às escuras, as cortinas estavam corridas e nenhuma luz se via.


Não precisava de luzes para ver bem. Viu então o seu amigo, não o seu pai deitado. Parecia estar apenas a dormir. Colocou a rosa vermelha nas suas mãos, um dia talvez conseguisse viver como antigamente.


- Nunca estarás longe do meu coração.


Abriu então as janelas deixando entrar a claridade. Lá fora estava já a agrupar-se algumas pessoas. Ao olhar para o céu sentiu a falta de voar de estender as asas ao vento. Afastar-se.


- Liliane? - perguntou Biel, atrás dele seguiam todos os outros. Liliane olhou para baixo mas depois decidiu que ali não queria ficar e apressadamente saiu para o jardim interior. Não queria estar ali.


Miliane e Natanael seguiram-na com o consentimento de todos os amigos, Christian também queria segui-la mas o dever dizia que alguem da familia deveria estar ali a dirigir as celebrações.


Prometeu que a ia ver depois.




- Espera - gritou Miliane ao correr atrás dela. Liliane parou e esperou por ela.


- Desculpa, mas não consigo estar ali fechada.


Estavam agora a andar pelo jardim interior, no meio de laranjeiras. Começavam a cair alguns pingos de chuva mas parecia que não os incomodava.


- Eu sei que isto não é uma boa altura mas deves estar um pouco mais ... "aberta" aos outros. Certamente Christian está a sofrer tanto ou mais do que tu uma vez que viveu a vida toda com ele.


Liliane parou e olhou para ele. Aquilo que ele dizia era verdade, mas sentia cada dia mais sufocada e sentia os seus poderes de escuridão a enfraquecerem cada vez mais, tinha que sair dali o mais depressa possivel.


- Vou voltar. Tens razão Natanael. Mas depois quero uma reunião para sabermos o que fazemos a seguir.




A cerimonia não durou muito e Liliane permaneceu ao lado de Christian mas não derramou nem uma lágrima e depressa voltou para o palácio. Pessoas da cidade permaneceram mais tempo prestando mais homenagem ao ex-senhor da escuridão.




Os guardiões já estavam devolta de uma mesa a analisar mapas e pergaminhos.


- A batalha vai-se dar aqui - disse Doroteia recorrendo aos seus dons de clarividencia. O seu dedo apontava para uma planicie a dez dias de viagens. Parecia um tanto ou quanto desolada.


- Vamos já contactar os chefes de estado que ainda estão a prestar a Oksannen para se juntarem nos preparativos.


Liliane porem estava mais absorta num livro que achara no meio dos livros que tinham trazido para ali. Contava a historia de artefactos que poderiam ser uteis na batalha. Estava muito interessada num mito de seres muito hábeis na criação e manejo de armas.


- O que achas Liliane? - perguntou Aran despertando-a daquele estado de leitura.


- Desculpem podem repetir? Estou um tanto ou quanto absorta com outro assunto.


Olharam para ela um tanto ou quanto espantados.


- Estavamos a pensar se deveriamos entrar logo no combate?


Ela pensou um bocadinho. Lembrava de ter estudado aquilo com Galaduine, a sua antiga arqui.inimiga e que entretanto se tornara amiga "e que eu matei" pensou amargamente.


- Bem antes disso queria perguntar se alguem alguma vez investigou a sério este povo.


Ela mostrou o livro onde estava o mito. Todos pareceram curiosos mas Lin e Hayl sorriram.


- Falamos nisso, até tentamos encontra-los mas não vimos ninguem. - respondeu Lin


- Queres ir não é? - perguntou Christian olhando para a sua irmã.


- Sinto-me sufocada, preciso de voar.


Siena, Aran, Nicleido e Miliane sorriram. Percebiam que a sua amiga era um espirito livre, não podia ficar presa a muito tempo ao mesmo sitio.


- Vai, encontramos-te no campo. Espero que faças boa viagem.


Liliane levantou-se e foi embora.


- Ela nunca vai mudar pois não? - perguntou Miliane, pareceu aberceber-se de repente que Natanael segurava na sua mão, apressou-se a retira-la para ele não ficar com outras ideias, mas espantou-se ao sentir o seu coração acelarar.




Christian encontrou a sua irmã no jardim à luz do luar. Tinha uma capa e roupa totalmente preta e uma espada cor de cristal presa à cintura, quando olhou nos olhos sentiu um frio imenso a que não estava habituado em encontrar nos seus olhos.


- Ainda agora nos encontramos e já te vais embora.


- Não te preocupes, em breve estaremos juntos outra vez


- Então por favor volta sã e salva.


Ela sorriu e preparou-se para voar. Era a primeira vez que voava desde que se tornara princesa da escuridão. Estão sentiu a presença da magia e quando abriu os olhos viu que afinal já não conseguia transformar-se em dragão, mas tinha um par de asas brancas nas costas.


- Vejo que pareces um anjo


- Não costumava ser assim, mas é melhor assim para combates.


- Esperas encontrar dificuldades?


- Mais ao menos


- Então boa viagem.


Liliane partiu voando pela noite escura, sentindo o vento, sentindo o que há muito não sentiam uma alegria imensa.




Bem aqui está a segunda parte do episodio. Espero que gostem. Boa Páscoa.


Espero que gostem


Até sexta ou sábado


Iruvienne




















sexta-feira, 10 de abril de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação


Olá malta

Por sugestões de colegas meus, decidi por por imagem um desenho que eu propria desenhei no tempo livre, não sei bem que personagem é, vocês decidem.

Quanto à história, no ultimo episodio foi revelado que afinal uma guardiã do presente deveria pertencer ao passado, além de que tinha um irmão.

Aqui vai mais um episódio...


Uma noite
Um pedido



Liliane tinha acabado de falar com Christian e estava agora num quarto emprestado pelos antigos guardiões. Não estava com cabeça de voltar para junto ds seus amigos, não depois de ter descoberto tudo sobre si e sobre a sua familia.

Olhava não muito confortavel para o seu quarto. Era muito grande e em tons de preto e prata. Tinha uma cama larga e tal como no quarto de Christian uma escrivaninha e uma estante com livros. Da janela com uma pequena varanda via parte da praça principal.

"Porque é que tudo tinha que ser assim. Não podia ter uma vida normal?" pensava tristemente sentada na janela tendo pequenas lágrimas nos olhos, já não se lembrava quando fora a ultima vez que chorara, mas agora sabia bem.

"Porque é que tiveste de morrer sem ter oportunidade de ter falado contigo convenientemente"


Miliane falava vigorosamente com Gium e Biel sobre como haviam de guiar um exercito até um lugar plano onde se iria dar a derradeira batalha

- Quando me vir fora disto até julgo que é mentira - suspirou Aran recostando-se numa almofada. Nicleido também se reencostou e fechou momentaneamente os olhos. Sentia falta da calma e o conforto do futuro.

- Quando tudo tiver acabado talvez seja melhor irmos os nossos pais, nem sei o que lhe contaram para explicar a nossa ausencia. - pensou em voz alta Siena.

- O que estão para aí a dizer? - perguntou curioso Hayl, Miliane ao olhar para a cara dos antigos guardiões percebeu que eles não estavam a perceber nada de nada.

- É uma longa história. - disse por fim Nicleido - temos muito que fazer antes de partirmos principalmente o ... o ... funeral de Oksannen. - aquilo custava a dizer, ainda acreditavam que Oksannen poderia entrar pela porta a dentro com o seu sorriso.

Qual não foi o susto quando a se abriu. Ainda houve aquela esperança mas depressa perceberam que era apenas Lin. Retomaram então aos papeis e mapas.

- Penso que deviamos ir descansar, já é tarde e os nossas mentes podem cometer imprudencias.

Todos concordaram com Lin e um a um sairam para um quarto naquele enorme palácio. À porta Lin segurou Siena por um braço.

- Acho que era melhor ires ver a tua amiga ela não está muito bem

- Onde é que eu a encontro?

Lin franziu as sobrancelhas um tanto ou quanto confusa.

- Tu tens o poder da terra não tens?

- Sim, mas...

- Então não há problemas.

Ela deixou-a ali ainda meio aturdida. O que é que Lin quereria dizer com aquilo? Então fechou os olhos e concentrou-se no seu poder. Se alguem com o poder mágico estivesse ali conseguia ver um pequeno halo verde a rodea-la.

Não sabia o que fazer mas pouco depois começou a sentir o traço de alguem com o mesmo poder de Liliane, um traço do seu poder. Era ténue mas mesmo assim apressou-se a segui-lo.

Passava a correr pelos corredores, viu como epregados ficavam de boca aberta ao vê-la passarem. Por fim chegou ao pé de uma porta, bateu mas como não ouviu nada decidiu abrir.

O quarto estava escuro mas conseguia sentir um pouco de Liliane.

De repente a luz ligou-se e viu-se de frente a um rapaz. Parecia-se imenso a Liliane, mas também tinha a certeza que não era ela. Sentiu que corava muito e murmurando uma desculpa qualquer e precipitou-se para a saida.

- Andas à procura de Liliane? - perguntou de repente fazendo com que Siena se imobilizasse, até a sua voz era parecida. Quem seria ele?

- Por acaso até ando, sabes onde posso encontra-la? - defenitivamente hoje não era o seu dia.

- Está aqui no quarto ao lado. - respondeu, parecia que queria continuar a conversar "Raios Siena estás mesmo cansada ao deixares-te ficar aqui parada como uma tonta" pensava ela. Quando se ia embora ainda ouviu aquele rapaz outra vez - podemo-nos encontrar novamente?

- Talvez mas agora vou estar um pouco atarefada.

Bateu então no quarto ao lado. Liliane veio abri-la e ficou surpreendida ao encontrar a amiga, apressando a limpar algumas das lagrimas que tinham ficado esquecidas na sua face. Abriu a porta e convidou-a a entrar.

Liliane sentou-se num cadeiram junto à janela, parecia estar um pouco cansada também.

- Estás bem? - perguntou Siena sentando-se noutro cadeirão.

- Sabes - disse de repente um tanto ou quanto irritada enquanto recomeçava a chorar - de repente já tenho um irmão, um pai e descobro que nasci neste tempo mas que viajei para o futuro.

Siena estava de boca aberta. Realmente a vida dava uma grande reviravolta.

- Sabes se fosse eu vivia como se tivesse no presente e não aqui, vivia como vivia antes de isto tudo nos acontecer. Por vezes ainda me pergunto o porquê de sermos nós e não outras quaisquer raparigas e rapazes.

- Um dia vamos viver em paz longe daqui em paz e longe de problemas - abraçou Siena sussurrando para acalmar Liliane - prometo-te.

- Isso vai ser possivel?

- Sim

- Agora vai dormir que amanhã é um grande dia.

Siena ajudou Liliane a despir o seu vestido e aconchegou-a na cama como se ainda fosse uma criança de 6 anos. Siena recordou-se da sua pequena irmã, será que já estava grande? Que sentia a sua falta?

Deixou o quarto e foi para o seu. Ao contrario do de Liliane era em tons de verde e creme, se bem que a mobilia era práticamente igual. Em cima da escrivaninha estava uma jarra de vidro e um bilhete.

Ao ler percebeu que era de Siue "Para as tuas criações". Sorriu. Recorrendo aos seus poderes mais uma vez naquela noite criou um ramo de flores silvestres. Ficava bem no quarto.

Quando se preparava para se ir deitar ouviu alguem a chamar para a varanda no quarto ao lado. Curiosa foi à varanda. Lá em baixo, no canal estava Natanael a tentar chamar o ocupante do quarto ao lado.

Viu que era Nicleido.

- Quem é? - perguntou meio ensonado devia estar já no seu quinto sono quando o acordaram

- Natanael.

- Que queres?

- Segura na corda para eu subir.

Siena viu como Natanael mandava uma corda e como Nicleido a prendia a uma barra da varanda. Natanael sobiu velozmente e entrou no quarto. Quando olhou para as outras varandas viu que não era a unica a observar aquilo.

Helidoro e Dorateia observavam aquilo com um ar sabedor nos olhos como se tudo o que estivesse a acontecer estivesse predestinado.

Voltando para dentro deitou-se finalmente na cama "será que é desta que vou conseguir dormir?" sorrindo adormeceu exausta.


- O que queres Natanael? - perguntou um tanto ou quanto recriminador

- Bem é que preciso da tua ajuda.

- Da minha ajuda para quê? - não estava a ver de que modo podia ajudar um amigo que os tinha expulsado de casa.

- Bem é que - estava um pouco envergonhado o que era novidade para Nicleido - quero a tua ajuda para me ajudares a conquistar Miliane.

Nicleido olhou um tanto ou quanto incredulo.

- Olha vai dormir tu não estás a dizer coisa com coisa, olha, até podes dormir aqui.

Natanael olhou para ele ainda a testar quais os argumentos que poderia utilizar para contestar a ordem de Nicleido mas acabou por se deitar no tapete e adormecer.


Desculpem, gostava de escrever mais mas não tenho mais tempo. Amanhã escrevo o resto, faz de conta que hoje é a parte 1 e amanhã é a parte 2 do mesmo episodio.

Mesmo assim espero que gostem deste pequeno episodio.

Até amanhã

Iruvienne






sexta-feira, 3 de abril de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação



Aqui vamos para mais um episódio.


Nem sei o que daqui vai sair uma vez que não tenho a mais pequena ideia sobre o que escrever. Vamos ver no que dá


Espero que as férias estejam a ser boas.




Resumindo


O jogo começou e um já caiu, Oksannen. O que acontecerá a seguir? É o que vamos ver.




Preparando uma batalha


Irmãos, o reconhecimento de um amor iniciando planos








Liliane e Lin foram as primeiras a darem conta de quem a Luz falava. Oksannen estava agora no chão a tentar respirar com dificulade.


- O que tens? Como te sentes? - perguntou logo Siue pensando nos seus dons curativos.


- Não se preocupem, não vaii durar muito - com os seus olhos procurou alguem parando em Nicleido que tambem tentava perceber o que se passava - dentro do meu bolso está carta para o meu filho, ele entenderá.


Liliane sentia-se triste, não sabia dizer porquê mas ver aquele Senhor da Escuridão tão diferente da Senhora que derrotara meses antes fazia-a sentir como uma parte de si tivesse morrido.


Ao olhar para os seus colegas notou que não era a unica. Apesar de o conhecerem à pouco tempo, tinham a certeza que tinha sido um homem alegre e sempre sorridente, podendo esconder tambem o coração frio da escuridão.


Aran com todo o cuidado retirou o envelope de que falara Oksannen nos seus ultimos momentos de vida.


- Não está lacrada, qualquer um pode ler.


-Não sabemos também quem é o seu filho para lhe dar. - retorquiu tristemente Miliane. As faces das suas amigas, juntamente com alguns dos antigos guardiães estavam humidos, lágrimas rolavam pela face.


"Eu não sei snsigo aguentar isto até logo à noite" disse. Então pegando no envelope levantou-se e afastou-se. Lin foi atrás dela.


Afastaram-se daquele lugar e caminhavam juntas pelos corredores, seguindo um rumo que só elas sabiam.


Siena e Nicleido observavam-nas juntamente com Biel e Hayl.


- Aquelas duas são bem parecidas. - comentou Hayl recebendo o aceno de Nicleido.


- O que fazemos agora? - perguntou assustada Siena, ela não estava a gostar nada do rumo a que as coisas estavam a correr, não queria ter de assistir a mais nenhuma morte de um amigo.


- Temos que fazer um funeral digno de um rei, depois temos que nos preparar para a batalha. - respondeu Biel.


- A ultima grande batalha que decidirá tudo, entre o futuro de uma terra, os governantes e os deuses.


- Vai começar, o primeiro jogo vai começar e isto é apenas o inicio - disse Doroteia


- Muitos mais caíram - completou Helidoro


Aran e Miliane olharam muito sérios secando com a manga as lágrimas. A Guik Jiam estava a aproximar-se e eles iam estar presentes, mas também significavam que as coisas iam complicar-se ainda mais.


Chamando criados para tratarem do corpo e os guardiães sairam para irem tomar algo. Não sabiam onde Lin e Liliane tinham ido, mas eles tinham muito que organizar e uma vez juntos podiam trabalhar mais depressa.




Liliane seguia Lin. Ainda não tinham dito nada mas sabiam que mais cedo ou mais tarde aquele silêncio ia acabar.


- Apendeste bem o valor da paciencia - disse Lin com um sorriso, fazendo com que Liliane olhasse para ela espantada.


- Mal, ainda sou muito impaciente. Por exemplo, estava ansiosa que começasses a conversa e dissesses aonde vamos.


Os corredores pareciam todos iguais, mas os seus passos seguros diziam que seguiam no caminho certo.


- Vamos ter com o filho de Oksannen, ele não sabia mas ele e eu viemos juntos da nossa ultima missão.


- Fala-me um pouco dele e sobre o que Oksannen disse sobre uma filha.


Lin olhava para os olhos de Liliane. Ela era jovem, demasiado jovem para um guardião, tal como os seus amigos, mas sentia nela uma força imensa e uma sabedoria incalculavel. Não era só nela mas também noutros do seu grupo, mas era nela que estava mais evidente.


Dando-se por vencia começou a contar


- Há dois anos o senhor da escuridão casou-se com uma mulher tudo menos simpática mas que os seus antecessores tinham escolhido para ele. Como tradição, passados um ano e meio nasceram gémeos, um rapaz e uma rapariga, levando a um problema.


- Qual?


- Como havia dois herdeiros só um podia subir ao trono e a mulher dele não queria que fosse a rapariga, achava que ela tinha um sangue fraco então decidiu-a matar. Oksannen tinha o coração puro e soube desse plano. Numa noite ele convocou-me e junto levamos a criança para o futuro, desde então têm-se dedicado ao rapaz como se fosse ele o unico filho do casal.


Liliane mantinha-se em silêncio, não sabia muito bem o que aquilo significava mas sentia um vazio como se o mundo tivesse dado uma volta. Quando deu por si estava à frente de uma porta igual a tantas outras por onde tinham passado.


- Não sei por quê mas sinto que tu és igual a mim mas numa outra época e que estás relacionada com o passado ao mesmo tempo tal como Miliane.


Liliane sorriu e bateu à porta. Demorou um pouco mas alguem abriu-a. Liliane esperava tudo, tudo e mais alguma coisa, mas nunca aquilo que via.




Natanael estava sentado debaixo da cerejeira no seu esconderijo onde tantas tardes treinara com Miliane e os outros.


"Parece que foi numa outra era" pensou. Amarrotou mais a carta que Miliane lhe escrevera, não fora bem ela mas notava a letra miuda que escrevera apressadamente umas frases no verso.


Ele gostava daquela rapariga mas ela era uma guardã e ainda por cima do futuro! Nunca podiam acabar juntos. Quando estava assim no meio daqueles pensamentos apareceu Jolayne.


- Olá Natanael, o que se passa?


- Nada.


- Não me vais convencer assim tão facilmente.


Natanael virou a cara resignado, não se sentia assim tao à vontade para falar daqueles assuntos com uma rapariga. Mas naquele dia parecia que a sua boca abria-se mais do que a sua vontade queria.


- Disse aos nossos amigos para sairem de minha casa.


- E agora estás triste ou confuso porque não sabes o que sentes em relação a Miliane


Ele olhou-o espantado. Como é que ela sabia?


- Posso ser sereia, mas não sou burra nem cega. Se gostas mesmo dela e achas que ela gosta de ti vai e corre atrás dela.


- Mas é que ela é guardiã e de um outro tempo.


Sentiu que Jolayne dava um murro na sua cabeça


- Oh meu grandecissimo parvo! Isso não interessa a ninguem, o coração não escolhe por quem nos apaixonamos, alem do mais uma vez que ela vai para o futuro novamente tu só tens é que aproveitar os momentos em que estão juntos e não manda-la para longe de ti.


Era isso! Ele tinha que ir atrás dela enquanto podia. Abraçou Jolayne e depois correu para o barco.


- Obrigada Jolayne, por me fazeres abrir os olhos.


- De nada Natanael. Estarei sempre aqui - "para ti, mesmo que gostes dela" pensou mas não o disse em voz alta.




Biel estava com um chavena de chá entre as mãos enquanto que Hayl escrevia num pergaminho os nomes e os planos que estavam a fazer.


- Temos que convocar uma reunião com todos os governantes. E com os chefes de territorio.


Sieu e Giam falavam com Miliane e Siena acerca de como as coisas se passavam naquela terra e os tempos maus que iriam enfrentar.


- Fazia-nos falta a Lin


- A Liliane também fazia falta agora.


- Como é que as coisas estaram a correr?




Liliane estava a olhar para um rapaz que tinha a mesma idade que ela, uns olhos violetas e um cabelo preto como a noite.


- Oh deusa! - exclamou Liliane de boca aberta. Atrás de si Lin também estava espantada segurando entre as mãos o envelope de Oksannen.


- Bem podes dizer. Quem és? - perguntou fazendo um convite para entrarem no seu quarto.


O quarto era simples mas notava um pequeno toque do rapaz. A cama de casal estava a um canto, uma escrivaninha com uma cadeira, uma estante estava cheia de livros e ao pé da janela estava um cadeirão.


Liliane sentou-se lá e olhou para a rua.


- O teu pai foi morto - disse um pouco indecisa - a tua mãe matou-o mas ele deixou-te uma carta.


Ele pegou na carta imediatamente e indo para ao pé de Liliane leu a carta.




" Filho seu que não viveri muito mais. A tua mãe tem estado a tentar matar-me há muito para ficar com o trono. Tu não deves ceder perante ela, és a minha esperança, tu e uma irmã tua. É verdade, tu tens uma irmã gemea, eu e Lin mandámo-la para o futuro para a proteger das maldades da tua mãe. Procura-a e quando a achares, juntem-se e governem juntos o trono da Escuridão. Pede ajuda a Lin ela sabe o nome dela. O meu ultimo desejo é que sejas feliz. O teu pai, Oksannen"




- Agora é que me dei conta. - exclamou Lin olhando para Liliane e para Lin


- Diz-me Lin quem é ela? Como se chama? - Perguntou o rapaz correndo para a antiga guardiã segurando-a pelos ombros deixando a carta cair no chão.


- Tem calma Christian, a tua irmã ... tu já sabes quem é.


- Sou eu não é assim? - perguntou uma voz atrás do tal Christian. Ele voltou-se e viu Liliane de pé com a carta na mão. Parecia-lhe frágil naquele momento, percebia que a sua vida parecia terandado para trás.


Vivera uma vida inteira no futuro, com outras pessoas outros sonhos e agora percebia que nascera e devia ter crescido num outro tempo. Ver um irmão ali e ver o seu verdadeiro pai morrer em frente aos seus olhos sem poder fazer nada, sem poder dizer-lhe que era sua filha, devia ser chocante.


Christian voltou-se e foi ter com ela. Ela estava mesmo com lágrimas nos olhos, não fora a sua impressão. Ela limpou as lágrimas e olhou para ele com uma pergunta nos olhos.


- Sou mesmo tua irmã não sou? Isto não é mais um sonho pois não? Não é mais uma ilusão?


- Não, sou eu Christian e agora estás em segurança.


Ele abraçou-a e ouviu ela dizer no seu ouvido.


- Sabes o quanto eu sonhei em encontrar a minha verdadeira familia? E quando soube que era filha de alguem como a escuridão fiquei devastada, ela era cruel e agora ver que tive um pai tão caloroso e um irmão, foi a melhor coisa da minha vida.


Christian por sua vez sentindo aquele calor no seu coração, uma coisa que não sentia há muito


- O meu desejo era ter alguem com quem partilhar, ver uma pessoa que é minha irmã que me ajude a desabafar e a caminhar correspondeu a mais do que as minhas orações. Estou tão feliz por finalmente te ter encontrado.


- Já tinhas ouvido falar de mim? - perguntou espantada


- Lin contou-me há já muito tempo sobre uma rapariga e eu desconfiei que estivesse relacionado com a nossa familia mas nunca suspeitei que fosse minha irmã.


- Vamos ter muito que falar.


- Lá isso vamos.




Hoje o episodio fica por aqui. Escrevi sobre algo que queria escrever havia muito tempo. Mas não sei se ficou bem nesta altura, isto surpreendeu-me até a mim mesma. Espero que tenha ficado bem.


Espero que gostem


Até sexta ou sabado


Iruvienne