segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Uma história...A nossa História...Magia e Imaginação


Oi malta.


Não tenho tido muito tempo para vir aqui escrever pois dediquei-me de corpo e alma a outro projecto. Não tenho cumprido horarios e não sei quando vou conseguir retoma-lo.


Um rumo a tomar




Ailiena estava já junto do seu povo. Liliane e os outros estavam instalados juntos numa tenda a prepararem-se para a festa do reencontro logo quando a noite avançasse um pouco mais. Porem Miliane e Nicleido olhavam um tanto ou quanto pensativos para os preparativos.

- O que se passa? - perguntou Siena quando se sentou numa almofada junto da amiga.

- Qualquer coisa não está certo.

Aran e Liliane ficaram a olhar para Os seus outros colegas desconfiados. Passado pouco tempo Ailiena levantou a aba da tenda para os chamar. Ela estava diferente com as suas roupas mais elaboradas e bordadas a dourado.

Levou-os para um banquete em frente de uma enorme fogueira. O povo do deserto já estava todo lá olhando para os salvadores da princesa com um enorme respeito, no entanto nenhum dos guardiães sorria.

O jantar foi muito formal e seguiu-se a festa rapidamente. Eram um povo que desejava mais a festa do que propriamente a comida ou qualquer conversa de momento. Miliane muito a custo acedeu a um convite feito por um rapaz para ir dançar mas os outros deixaram-se ficar sentados.

Aran estava um pouco nervoso, mas como sempre, ou contrário dos outros, mal viu uma rapariga bonita foi logo ter com ela para dançar. Siena estava cansada e nervosa tal como Liliane e Nicleido.

Aproveitando uma distracção por parte dos patronos da festa, o Zinty e a Ailiena escaparam-se para uma zona escura onde podiam observar como a lua cheia iluminava as dunas do deserto, pelo caminho arranjaram umas capas para se abrigarem-se do frio.

Sentaram-se.

- A lua está tão bonita - observou Liliane.

- No entanto sinto qualquer coisa de errado no ar. - copiou Nic a frase de Miliane de há momentos.

Siena observou Liliane. Ela estava mais pálida que o habitual e parecia um tanto ou quanto mais melancolica. Sabia muito bem o que se passava.

- Estás a pensar ir embora não estás? - perguntou Siena fazendo com que tanto Nic como Liliane olhassem para ela. Siena continuava a ser tão perspicaz como sempre. Liliane olhou para o céu, realmente era algo que desde há algum tempo que desejava fazer.

-Realmente é algo que sinto que devo fazer.

- Então parte agora, vamos dando noticias.

Liliane sorriu e deixou que aquela emoção de voar, aquela doce recordação de voar a preenchesse e quando abriu os olhos sabia que já podia vor para longe com aquele par de asas. Mas quando se voltou para o seu ficou desconcertada com aquilo que viu.

- O que é aquilo ali em cima? - perguntou aos seus amigos. Quando a música parou apercebeu-se que não fora a unica a reparar naquele fenomeno. Miliane e Aran ao verem Liliane a preparar-se para partir correram para irem ter com ela.

- É a aurora bureal. É raro aqui costuma ser no polo norte. - respondeu Miliane

- Vais-te embora?

- Tenho que ir, não posso ficar mais nenhum tempo aqui neste deserto.

O Zinty chegou-se para mais perto do grupo.

- É o sinal que a grande batalha já começou. Têm que começar a vossa viagem. - disse ele baixinho ao grupo.

Liliane não esperou duas vezes, apanhando a brisa que vinha de norte elevou-se até parecer que tocava nas luzes verdes, azuis, rosas e laranjas. Queria partir o mais rapidamente possivel, tinha que arranjar as coisas para a grande batalha.

Miliane e os outros observaram como ela parecia outra logo que voava, parecia que se libertava de algo muito opressivo, como um passaro que se encontra fechado numa gaiola por demasiado tempo.

- Liliane há-de ser sempre a Liliane. - comentou Nicleido.

- Mas e que viagem é essa? - perguntou Aran ao Zinty. No entanto quem lhe respondeu foi Ailiena.

- Vocês ainda não se encontraram com os elementos pois não?


Hoje fica por aqui. Não sei quando terei oportunidade de passar por aqui novamente.


Espero que gostem

Iruvienne

sábado, 25 de julho de 2009

Uma historia... A nossa historia ... magia e imaginação


Oi malta

Espero que as ferias estejam a correr bem


Conversa no deserto


Miliane, Siena, Nicleido, Aran e a prisioneira, a tal princesa do deserto, corriam pelas dunas livremente. Graças a Miliane tinham conseguido abrir um portal para a liberdade deixando Liliane e Alsan para trás. Percebiam que ela tinha coisas a ajustar com alguem mas ninguem sabia quem.

Avistaram passado pouco tempo duas pessoas a acenar-lhes. Siena nunca percebera como Liliane conseguia fazer portais quase tão bons como os de Milianes, além de que era muito precisa ao encontrar lugares.

Atrás de si estava Alsan, agora que Aran reparava mais nele via como ele estava pálido e que estava silencioso demais do que era habitual. Algo entre os dois devia ter acontecido.

- Está tudo tratado? - perguntou Nicleido

Liliane sorriu como era habitual, o ambiente desanuviou logo.

- Era apenas dizer um olá a um colega de longa data.

- Um olá é favor. A Liliane é doida. - exclamou Alsan de repente valendo um olhar frio da parte de Liliane. Todos a conheciam bem e sabiam que quando queria podia bem assustadora e perigosa mas todos se comportavam como se tudo estivesse bem.

- Liliane é justa, não é nada mais do que nós, tem é gostos particulares - defendeu Miliane olhando para ele da mesma forma que os outros, como se ele não compreendesse aquele equilibrio fragil do grupo.

- Aqui cada um tem uma função. Tu tens de aprender que é necessários sacrificios.

- Ei já se aperceberam que ainda continuo aqui? - disse Ailiene. Todos se voltaram para ela, tinham que a despachar depressa senão tornava-se um tanto ou quanto enfadonha.

Liliane tomou a situação novamente.

- Vossa alteza, vamos demorar a chegar mas certamente vai ver a sua tribo antes do anoitecer.

Todos se riram novamente enquanto que Ailiene corava ainda mais. Ninguem disse mais nada e avançaram. Passado pouco tempo todos tentaram com a magia adaptar as suas roupas, mas a verdade é que o calor do deserto era demasiado para eles e depressa ficaram ofegantes.

Siena era a que se ressentia mais. Ela vivia das plantas e ali naquele deserto torrido nem um pequeno arbusto sobrevivia. Depressa se sentiu mal e se sentou no chão.

- Siena!

- já não aguento mais.

Sem ela estar à espera Aran pegou-lhe ao colo. E continuou a andar. Ailiena parecia estranhamente bem naquele ambiente.

O sol começou a descer chegando ao fim de mais um dia.

Foi nessa altura que parraram numas dunas. Siena dormia, mas acordou assim que lhe foi oferecida alguma água dos odres que tinham roubado do forte. Liliane ofereceu-se para fazer o primeiro turno de vigia e ninguem recusou.

Ailiena estava um pouco desconfiada, parecia que pela primeira vez observava com mais atenção a sua nova amiga. Ela tinha realmente algo que escondia muito bem, mas mantinha o grupo unido e felizes, era tudo o que ela mais queria e via-se que gostava de ser justa.

Adormeceu ao ve-la sentar-se num posto mais alto para ver se alguem se aproximava.


Ailiana acordou ao sentir a areia estremecer. Conhecia muito bem o que aquilo significava, uma caravana de camelos aproximava-se e por aquele andar só podia ser da sua tribo. Estava felicissima.

Levantou-se imediatamente e foi ver quem estava de vigia. Ficou um pouco desconsertada ao ver à mesma Liliane de vigia. Afinal a noite ia acabar e ela ainda não se tinha ido deitar.

Ao aproximar-se viu que tinha aquela sua pequena e fina espada no colo, se bem que parecia diferente.

- Aproxima-se uma caravana. - disse ela sentando-se ao lado de Liliane

- Sim já notei. Posso até afirmar que sabes que é a do teu povo.

- Sim é.

Ficaram ali em silêncio admirando o fim de mais uma noite.

- A noite é bonita. Aposto que no seu palácio deve ter um telescopio para observar mais astros. - afirmou Liliane suspirando por não poder ser ela mesma a ver as estrelas de mais de perto.

- Não é bem assim. Eu nunca me dei bem com palacios, prefiro viajar com o meu povo. Mas quem és tu? Ainda não dormiste e pareces que estás bem, tentas mater um grupo em equilibrio mesmo quando tudo está em perigo.

- Bem... antes de mais acho que tenho de te pedir desculpa sobre a forma como te tratei. Não foi justo.

- Deixa lá. Só sou mais uma princesa, normalmente tenho um tratamento diferente.

- Se fosse por tratamentos tu estarias agora vergada diante mim sem sequer me veres a cara.

Ailiena olhou para ela. Via naqueles olhos violetas que falava com tristeza e que estava perdida nos seus pensamentos. Julgara-a mal, ela simplesmente se encontrava muito longe do mundo dos mortais.

- Repito. Quem és tu?

- Sou senhora da escuridão, princesa da noite e da morte. E agora é melhor irmos acordar os outros que eles não vão demorar a chegar.

Ailiena ficou a observa-la a afastar-se, aquela miuda era como uma lenda, no entanto comportava-se como outra miuda qualquer e o que mais a incomodava era saber que a tinha tratado mal, que aquilo sobre respeito que ela tinha dito estava certo, que ela nem sequer merecia estar a olhar para ela. Isto segundo as normas da realeza daquele lugar.

"Tenho que ter mais atenção"


Espero que gostem

Iruvienne



terça-feira, 30 de junho de 2009

Uma historia... a nossa história... magia e imaginação



Oi malta.


Desculpem não ter estado a cumprir os horarios mas é que isto tem andado tão baralhado e tenho estado envolvida em tantos projectos que nem tenho tido muito tempo para vir aqui.


Deixo-vos então o episódio:




Reforços




Liliane apareceu na masmorra com Siena. Tinham sido prudentes o suficiente para por as suas mãos à frente da boca de Alsan para ele não gritar. Ele parecia um tanto ou quanto assustado com tudo aquilo, mas ao ver as caras calmas de Siena e Liliane acalmou-se também.


Quando ele finalmente acalmou retiraram as mãos.


- Onde estamos? - perguntou ele.


- Fala baixo. - replicou Siena retirando uma espada curta e de formato estranho que Liliane arranjara ali - estamos numas masmorras perto do deserto para salvar os nossos amigos e uma rapariga.


Ele arregalou os olhos espantado mas mais espantado ficou quando Liliane lhe entregou uma outra espada muito parecida à de Aran. Quanto a si, não dispensou a criação de uma espada fina e comprida.


Quando passou para uma silenciosa inspecção Siena notou que Liliane parecia diferente.


- Onde está a tua espada?


- Ficou no passado.


Começaram a avançar. Não foi preciso andarem muito quando ouviram uma discussão numas das celas e pelas vozes só podiam ser quem eles procuravam.


- Será que eles nunca estão bem? - perguntou Alsan ainda mirando a espada fazendo com que as raparigas sorrissem. Já estavam habituadas ao temperamento dos seus outros companheiros.


Quando Miliane e os outros as viram chegar calaram-se logo a sorrir. Também repararam numa rapariga de aspecto carrancudo.


- Nós já vos tiramos daí. Siena, queres ter a honra?


- Estás muito bem disposta. - concordou Siena invocando o seu poder da terra para afastar as grades da cela. No entanto eles pareciam estar um pouco reticentes o que surpreendeu Siena e Alsan.


- O que se passa? - perguntou ele, parecia estar ansioso com alguma acção e ainda não tinha visto nenhuma.


- Alguem teu conhecido está cá, Liliane.


Liliane espantou-se, quem é que podia ser?


- Fazemos assim - começou logo ela - Alsan? Tu vens comigo o resto levem a miuda para fora.


A rapariga estranha levantou-se e avançou muito direita para Liliane. Os outros afastaram-se, normalmente não discutiam muito com Liliane uma vez que ela os ajudara mais do que uma vez, mas aquela rapariga iria tentar a sua sorte.


- Ninguém me diz o que devo ou não fazer.


- Ai não? E porquê?


Ailiene estava a ficar zangada e espetou-lhe um dedo como se estivesse a pregar um sermão.


- Ninguém diz a uma princesa o que fazer. Ouviste bem?


Liliane olhou-a nos olhos intimidando-a. Ela afastou-se até bater com as costas em Aran.


- Aran, podes tomar a gentileza de levar a principessa. - gozou ela fazendo Ailiena corar


Aran entrou na brincadeira e fez uma vénia a Liliane e a Siena.


- Com certeza Senhora, terei todo o prazer.


Nicleido ainda não tinha dito nada. Mas quando todos se estavam a ir embora perguntou-lhe se ela iria ficar bem.


- Está descansado, apenas me vou divertir um bocadinho, além de que este jovem quer alguma aventura.


Nic sorriu e avançou com os outros. Já se ouvia o barulho dos seus companheiros a lutarem com os guardas e a tentarem escapar dali. Liliane olhou para Alsan, este parecia pular de pé para pé ansioso.


Recordava-lhe a primeira vez que tinha entrado numa luta a sério, por assim dizer. Mas agora não tinha tempo para aquilo tinha de ir resolver de vez as coisas com o seu conhecido, conhecido esse que mal viu a sua imagem na mente dos seus amigos lhe fez crescer uma ira imensa.


Começou a correr para o interior do edificio. Alsan acompanhava-a sem questionar, mas por vezes era dificil segui-la.


- Para onde vamos?


- Vamos ver um amigo. - respondeu ela com um sorriso estranho na cara fazendo com que Alsan estremecesse e questionasse se tinha sido uma boa ideia ir com ela enquanto os outros fugiam. Afinal o que quera ela fazer de tão importante para alem de escapar?

Liliane começou a ir pelo caminho contrário aos seus amigos com Alsan ao seu encalço. Viu na cara de Alsan aquela ansia que ela também sentira quando primeiro aprendera a pegar numa espada.


- Acalma-te, isto não é algo que depois nos orgulhamos.


Chegaram a uma unica porta. Liliane não se importou e abriu-a, lá dentro estavam alguns guardas a comer e a beber, mas mal viram aquela estranha rapariga de cabelos soltos mas com uma espada na mão pegaram imediatamente nas suas armas.


Alsan queria passar à frente de Liliane, mas ela fez sinal para que não, mas fixou alarmado quando viu eles a avançarem para ela e ela sem reagir, sem levantar a sua espada.


- Queria falar com o mago - disse Liliane com uma voz calma mas fria.


Os guardas afastaram-se assustados. Alsan não compreendia aquela reacção, mas se ele tivesse visto os seus olhos frios como a morte ou então tivesse sentido aquela pontada de poder negro que ela mandara não se atreveria em questionar-se.


Ela avançou com Alsan atrás dela impressionado. Agora sentia-se mais orgulhoso em te-la como professora. Continuaram a subir, aquilo devia ser uma torre enorme. Mais uma porta, ela atravessou-a sem interromper a sua marcha. Alsan começava a questionar se ela não temia o que estava do outro lado.


Desta vez a sala era muito mais luxuosa e maior. Tinha uma forma retangular e de um lado havia muitas janelas deixando passar um sol radioso. Alsan afastou-se um bocado.


- Não te afastes muito - disse como um sussurro Liliane - e não deixes a guarda em baixo, isto vai ser a tua luta e não minha.


Alsan olhou para ela, compreendeu a grande responsabilidade que ela estava a por sobre os seus ombros, mas pareceu-lhe uma coisa simples.


- Voltamo-nos a ver não é Liliane? - perguntou um homem que estava a olhar lá para fora. Ao ter aquela preocupação com a segurança de Alsan nem sequer tinha visto que por entre aqueles raios de sol que entravam pelas janelas estava um homem.


- Parece que não foi à muito tempo.


- Num entanto foi numa outra era. A era das lendas ou lá como se chamava.


-Desta vez não vou ser eu a lutar contigo mas sim o meu amigo Alsan.


Liliane empurrou Alsan que avançava com a espada erguida mas a tremer como varas verdes. Ela soube que seria um combate perdido, mas foi ao ouvir o riso do mago que ela decidiu tomar alguma atitude.


Avançando também pegou melhor na sua espada fina e afastou Alsan do caminho.


- Mas o que..?


- Vais observar e aprender, isto é algo muito grande para ti, ainda..


Alsan fez uma cara feia mas encostou-se a ver como Liliane e o mago se olhavam. Agora que observava Liliane ela parecia um pouco diferente do que aquela que encontrara lá em sua casa na america.


- As coisas entre nós não ficaram bem esclarecidas como da ultima vez. - disse Liliane


- Nem sequer tivemos oportunidade de lutar.


O mago retirou uma espada e colocou-se em posição de combate, mas Liliane decidiu à ultima da hora testar os seus poderes de Senhora da Escuridão e da Morte. Ao ver ela avançar novamente para Alsan o mago ficou desconcertado.


- Guarda-me a espada, e tudo o que vires fica para ti.


Ele segurou na espada e viu como ela se afastava.


- Então como vais lutar? - perguntou o mago


- És mago não és? Vou mostrar-te quem realmente sou.


Ele avançou com uma esfera de energia em riste, mas viu que Liliane sorriu e invocou o seu poder. Alsan assustou-se quando viu as sombras da sala a alongarem-se e a segurarem o mago pelos pulsos parando-o.


Ele nem soube o que se passou olhando para ela. Viu que Liliane sorria e que os seus olhos transmitiam morte.


- Quem és tu? - perguntou um pouco assustado


Ela segurou com a mão a cara do mago e disse suavemente


- Sou a senhora da escuridão meu querido. Alsan acaba com ele.


Ela virou costas enquanto Alsan avançava tremulo com a espada na mão. Colocou-a debaixo do pescoço e olhou para Liliane. Ela não deveria estar à espera que ele cortasse aquele pescoço. Ela olhava para ele espectante.


- Desculpa Liliane mas não consigo.


Liliane não disse nada. Mas avançou retirando a espada da mão de Alsan e espetou-o no coração do mago fazendo com que o sangue se espalhasse pelo chão. Alsan estava aterrorizado, nunca tinha visto alguem ser morto.


- Isto é um trabalho sujo mas é o que te respera se vieres connosco. Agora vamos embora.


E saiu da sala deixando Alsan plantado a olhar para o sangue no chão.


"será que é isto que eu quero?"








sexta-feira, 19 de junho de 2009

Uma história.. a nossa historia... magia e imaginação



Olá malta


Tudo bem?


Já coloquei o segundo episodio no outro blogue, depois digam o que acharam.


Ando um pouco perdida nesta historia, mas creio que já achei o rumo certo.


Aqui vai mais um episodio.




Chegando ao destino


Como libertar alguem quando não se pensa




Miliane chegou ao destino. Não sabia o que iria encontrar, mas tinha em mente que não seria nada de muito agradável. Por isso, não ficou surpreendida quando ela, Aran e Nicleido descobriram que estavam numas masmorras.


- Não sei porquê as masmorras parecem-me todas iguais. - resmungou Aran puxando pelo seu sabre. Aran tinha o seu vara-pau, no entanto, parecia que aquela masmorra era mesmo parecida àquela que estiveram no passado.


Havia a mesma humidade, as mesmas grades e o mesmo cheiro estranho, quando olhou para dentro de uma cela pode ter a confirmação.


- Miliane, acho que Aran tem razão. Esta é a mesma masmorra em que estivemos no passado.


Miliane abriu muito os olhos, como é que poderiam estar num local que existisse há tanto tempo e nem assim o tempo tinha destruido?


- Bom... pelo menos temos uma vantagem, conhecemos os cantos à casa.


- Quem está aí? - perguntou alguem de dentro de uma das celas. Parecia fraca mas mesmom assim havia um certo orgulho na voz.


Viraram-se para dentro da cela e vimos lá dentro uma rapariga. Miliane já se tinha esquecido de como as pessoas do povo do deserto eram bronzeadas alem e terem aquele sotaque estranho. No entanto tinha as mãos presas e as suas roupas estavam muito mal tratadas


Quando os viu abriu muito os olhos.


- Finalmente vieram. - respondeu ela com um sorriso.


- Quem está aí? - desta vez era a voz de um homem forte. Ao olharem para o lado viram um guarda com um sabre na mão.


- Como é que não nos lembramos dos guardas? - perguntou incredulo Nicleido


-Não temos aqui Liliane e Siena para nos lembrarem.


- Então fica assim. Aran mantem os guardas afastados - ordenou Miliane - Nicleido vens comigo para tentarmos achar a chave e abrir as grades.


- Não é preciso procurarem muito, tenho-as aqui. - disse outra voz á sua frente. Era um homem muito parecido ao mago que eles tinham encontrado no passado, mas porque é que o passado tinha de vir para o presente?


- Não podes ser tu! - exclamou Nicleido sem querer acreditar


- Feitiços de rejuvenescimento e de longevidade, meu caro amigo. E onde estão as vossas amigas? Tenho saudades daquele doce temperamento de Liliane.


- Não estão aqui. - gritou-lhe Miliane tentando arranjar uma maneira de fugirem dali, mas não a encontrava. As chaves podiam dar-lhes uma fuga, mas arriscar-se-iam a levar alguem indesejado além de que não podiam correr, estavam cercados. Tinham ido cair numa armadilha. Será que era por isso que Liliane insistira para que só fossem três e não o grupo completo?


Não deu muito tempo para pensar pois ele imobilizou-os e com uma rapidez incrivel colocou-os junto da rapariga que eles procuravam. A rir-se ele afastou-se deixando-os ali ainda sem saber o que dizer.


- Mudamos o passado e isso reflectiu-se no presente. Mas quem é que iria adivinhar? - afirmou Miliane tentando mesmo assim libertar a rapariga, ela olhava como se não compreendesse nada o que era compreensivel. - Já agora chamo-me Miliane e estes são os meus companheiros, Aran e Nicleido.


- Eu sou Ailiene princesa do povo do deserto como já devem saber.


- Mas uma coisa tem de ser dita já - replicou Aran de mão humor - só estamos a cumprir uma divida, por isso não esperes tratamento especial.


Ailiene fez uma cara zangada e virou-lhe o rosto. Ela não era a pessoa mais simpatica. Sse pensava que ia ser salva por um principe encantado ficou redondamente enganada. A principio podia ser isso que ela pensava em relação aos dois rapazes mas mudou de ideias rapidamente quando viu Miliane com eles e quando Aran lhe respondeu daquela maneira.


- Agora é que estamos metidos em problemas - suspirou Miliane


- Não tão grandes como aqueles em que estivemos - recordou Aran fazendo com que se rissem


- Isso, riam-se riam-se e fiquei aí parado. Não saimos daqui assim - replicou a mal dispostas princesa


- Ouve bem minha menina. - disse-lhe Nic apontando-lhe o dedo. - Nós já fizemos a nossa parte, agora estamos á espera do resto dos nossos companheiros, mas até lá tem calma, ok?


- E não esperes alguem melhor que nós. Talvez quando os vires vais ter muito que suspirar, pois os metodos não são os mais simples


- Isso vem a lembrar-me... Ailiena, tens alguma coisa contra matar? - perguntou Miliane lembrando aquela sua raiva ao ver o mago ainda vivo. Desta vez ela e Liliane e Siena tinham que se livrar dele de uma vez por toda. E tinham que ser elas porque os rapazes nunca fazem nada de jeito (só quando querem, melhor dizendo).


Aran riu-se perante a palidez da princesa.


- Então vai-te acostumando.


Aquele Aran... só sabia chatea-la.


Longe dali...


Siena e Liliane estiveram a ver os acontecimentos na bacia de agua até ser altura de irem ajudar no restaurante, não vendo como aquilo acabou. O restaurante nunca tinha muita gente o que era uma sorte, mas mesmo assim era o suficiente para as manterem ocupadas.


A certa altura sentiram que algo não estava a bater certo. Liliane e Siena olharam-se com os olhos, não podiam comunicar pois estava cada uma num lado do salão. Mas assim que conseguiram despachar aquilo que estavam a fazer reuniram-se.


- Está na altura de irmos? - perguntou Siena ansiosa


- Está mas vamos raptar primeiro Alsan.


As duas sairam discretamente deixando um bilhete a dizer que já voltariam.


Correram pelas ruas de Nova Iorque até chegarem à escola onde Alsan estava a estudar. Deveria estar perto da hora de almoço pois rapazes e raparigas estavam da parte de fora no recreio a falarem.


- Ali está ele - sussurrou Siena apontando para o jovem que estava a falar com os seus amigos.


Sem mais demoras entraram pela escola. Sentiam saudades daquele ambiente sem problemas, em que apenas os testes e as disciplinas importam.


Quando chegaram ao pé de Alsan ele ficou espantado


- Precisamos de falar contigo. - disse Liliane segurando-o por um braço, Alsan ficou surpreendido não só por as ver ali como a força de Liliane e Siena que o segurava do outro lado.


Dando uma desculpa rápida aos seus colegas e ignorando os seus piropos, foi com elas até à parte detrás da escola.


- Está na hora de irmos. Estás pronto? - perguntou Siena


- Hora de irmos aonde?


- Salvar os nossos amigos. Ainda vais ter de me explicar como consegues viver sem um pouco de aventura.


Ele olhou para ela assustado. Deram as mãos em circulo e Liliane começou a invocar o seu poder negro. Foi no meio de um vendaval que eles desapareceram indo de encontro aos seus colegas.


Desculpem só ter escrito hoje, tenho andado com tanto trabalho que não tenho tido tempo de vir aqui. A imagem é da parte em que Siena e Miliane juntamente com Alsan abrem o portal para irem salvar os seus amigos.

Espero que gostem

até sexta ou sábado

Iruvienne




sexta-feira, 12 de junho de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação



Olá malta


Hoje não tenho muito a dizer por aqui. Por isso deixo-vos com o episodio e aproveitem bem o sol e o Verão




Saida em segredo






Miliane não conseguia dormir. Sempre que fechava os olhos só conseguia pensar na promessa que tinham feito ao povo do deserto.


"Tenho que fazer qualquer coisa em relação a isso" pensou.


Quando abandonou a janela viu ao lado das suas roupas novas o seu arco e as suas setas. "Era só um pulinho até ao deserto, salva-la e pronto" parecia um plano genial "mas amanhã talvez, agora vou tentar dormir novemente" decidiu deitando-se novamente.




O dia amanheceu solarengo. Siena vestiu-se rapidamente e desceu para o pequeno almoço. Encontrou lá Liliane e Nicleido a falarem animadamente com Alsan. A sua mãe e avó já deviam ter saído. Siena tinha descoberto que trabalhavam num restaurante.


Ao sentar-se percebeu que falavam das suas aventuras e o que Alsan gostava de fazer. Enquanto se serviu de leite e de pão com manteiga chegou Miliane e Alsan. Ao reparar melhor no rosto de Miliane percebeu que ela tramava alguma coisa.


- Bem temos que fazer algo para ocupar o tempo - disse Aran ao mesmo tempo que olhava para os seus colegas


- Podem ajudar a minha mãe e a minha avó, lá no restaurante. - propos Alsan.


- É uma boa ideia, mas onde está o teu pai? Nunca falas dele.


- O meu pai não deve ser mencionado, senão a minha mãe amaldiçoa-te para o resto da vida.


- Ok ok, já não digo mais nada.


Liliane desenhava distraidamente com o dedo na mesa. Para dizer a verdade sabia muito bem o que Miliane planeava, agora para tudo correr bem só precisava de mais um elemento e iam logo mesmo naquela tarde.


O problema que ela encontrava era o que dizer aos outros para não ficarem chateados. Eis que se fez luz na sua cabeça, levantou-se, tinha que começar a peça de teatro.


- Onde vais Liliane? - perguntou Nicleido.


- Lembrei-me que ainda não treinei hoje, queres ajudar-me naquele truque de magia que me ensinas-te ontem?


Nicleido olhou confuso, não tinha ensinado nenhum truque de magia a Liliane, mas percebeu que ela tinha alguma coisa na manga por isso levantou-se e juntou-se a ela. Os outros ficaram um pouco surpreendidos mas não disseram nada em contrario. Começaram logo a arrumar as coisas para irem ajudar no restaurante.


Quando já estavam bastante longe dos ouvidos não desejáveis Liliane voltou-se para Nicleido.


- Miliane vai hoje à noite, talvez ainda esta tarde para o deserto para pagar a divida com o povo do Zinty. Lembras-te?


- Mais ao menos.


- Bem ela não vai contar a ninguem, mas não está preparada para ir sozinha, vou pedir a ti e a Aran para a acompanharem.


Nicleido olhava um tanto ou quanto espantado. Porque é que Liliane não queria ir. Deve ter pensado em voz alta porque Liliane respondeu quase a seguir seguindo o caminho um pouco mais chegando ao terraço da casa.


- Eu não quero ir porque não me sinto ainda pronta, mas penso juntar-me a vocês juntamente com Siena e talvez até Alsan o mais rápido possivel.


Nicleido assentiu.


- Então e essa história de te ensinar a fazer qualquer coisa com magia?


- O que queres ensinar-me?


- Que tal... não sei... tens alguma coisa em mente?


- Sabes fazer flores? Melhor dizendo flores eternas?


- O que é isso?


- São flores que não murcham, pensei que isso iria agradar a Siena.


Passaram ali uma tarde a ensinarem-se mutuamente a fazerem flores. Liliane fazia-as em tons azulados e brancos enquanto que Nicleido fazia-as muito coloridas.


Miliane estava no restaurante a ajudar. Era tudo simples, só tinha de servir as pessoas e ajudar um pouco nas limpezas, no entanto não parava de olhar para o relogio para ver se as horas passavam mais depressa para ir embora.


Quando o ultimo cliente saiu pela porta, desculpou-se de estar muito cansada e saiu. Foi direito ao seu quarto e depressa mudou de roupa para uma mais confortavel e pegou nas suas queridas chaves e no seu arco.


Ao sair viu que Aran e Nicleido estavam à sua espera. Ficou espantada e tentou logo arquitectar uma desculpa mas não conseguiu inventar nada que justificar porque estava a sair vestida daquela maneira.


- Então vamos? - perguntou Aran um tanto ou quanto mal disposto. Não gostava do plano de Liliane e detestou ainda mais ter de seguir as suas ordens.


- Não pensavas que iamos deixar-te ir sozinha.


- Obrigada. Vamos então. - Ela abriu o portal - e Liliane e Siena?


- Elas não vêm. - Nicleido não queria adiantar mais se aquilo não corresse como o previsto estavam todos feitos.


- Então vamos.


Atravessaram o portal rumo ao local onde a tal rapariga estava presa. Tinha feito esse portal pensando na rapariga uma vez que não sabia onde é que é que ela estava presa.


Sabia no fundo da alma que aquilo tinha uma certa mão da sua amiga. Aran nunca se lembraria de ir consigo e Nicleido não estava nada ansioso por partir numa nova aventura, mas Liliane como sempre tinha de mexer uns cordelinhos para tudo correr bem.


"Obrigada Liliane"


Liliane estava sentada de um lado de uma bacia juntamente com Siena. Depois do jantar Liliane falara com Aran para ele se juntar ao grupo, ele não gostou nada mas Liliane tinha mostrado o quanto ele ia ganhar com aquilo e ele por fim decidiu ir.


Siena por sua vez tinha concordado em ficar ali com Liliane. Ela sabia que só ia incomodar, mas ali podia fazer algo mais util e tinha Liliane ao seu lado para a ajudar a passar o tempo.


Tinham então arranjado aquela bacia e foram juntas ao lago atrás do templo buscar água. Aquela água tinha propriedades mágicas, mas as pessoas daquela cidade muito pouco ligavam àquilo. Estavam a tentar ver onde é que eles iam, mas a magia da adivinhação nunca tinha sido a arte em que estavam mais à vontade, mas lá conseguiram qualquer coisa.


- Já partiram, agora só temos que esperar um pouco e arranjar as coisas e depressa nos juntaremos a eles.


- Gostas mesmo de aventuras e de acção.


Liliane fez aquele sorriso de Siena adorava, aquele que parecia esconder muitos segredos.


- É claro que gosto, adoro.


O episodio fica por aqui.


Espero que gostem

Até sexta ou sábado

Iruvienne





sábado, 6 de junho de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação


Olá malta


As férias estão aí (pelo menos as minhas) e por isso vou tentar escrever mais do que uma vez por semana, mas nada de promessas porque ainda não sei como vão ser as coisas.

Quanto à história, ando um pouco perdida mas como tudo penso que um dia ou outro vou achar o rumo certo.

Já coloquei o primeiro episodio no outro blogue (ver no meu perfil) espero que gostem.


Um destino a tomar



Tinham passado a noite pelo parque onde momentos antes tiveram a descansar. A verdade é que não dormiram quase nada pois pessoas sem casa estavam quase constantemente a incomoda-los.

Foi então quase com alegria que viram as primeiras luzes da alvorada começando logo a percorrer as ruas de Nova Iorque. Miliane estava estranhamente calada mas seguia de mãos dadas com Natanael.

Aram ficou impressionado com a rapidez com que Natanael e Jolayne se adaptavam a cada situação. No entanto era seu desejo regressar a casa para ver como iam as coisas por lá, o que ele não sabia é que isso era desejo de todos os seus colegas.

- Já que estamos aqui podiamos ir à china town, sempre tive um fascinio em ir lá. - propros Siena. Era de esperar aquele entusiasmo já que ela e os seus familiarem tinham origem na china.

Todos foram fazer esse passeio. Afinal tinham de aproveitar estar em New York.

Quando lá chegaram foi como se tivessem entrado numa china em tamanho reduzido. Estavam todos encantados correndo para as montras das mais variadas lojas. Liliane segurou Miliane pelo braço, queria saber o que se passava com ela.

- O que é que aconteceu? - perguntou seriamente. Miliane fez uma cara um tanto ou quanto preocupada.

- Nós antes de ir para o passado estavamos no deserto. Não saldamos uma divida para com Zinty.

Liliane começou a pensar. Já tinha passado algum tempo, talvez até meses, mas era verdade. Tinham prometido salvar uma rapariga qualquer em troca de informação mas tinha ido ao passado não podendo cumprir aquela promessa.

- Miliane´- chamou ela - está descansada que vai ser a coisa que vamos fazer o mais brevemente possivel, mas entende que primeiro temos que ir a casa ver se ninguem foi procurar-nos lá.

Miliane compreendeu. Foi a partir daí que se pôs mais alegre, sendo novamente a alma do grupo juntamente com Jolayne.

Siena e Nicleido chamavam-nos do alto de umas escadas. Aran e os outros depressa correram para ver a nova descoberta da amiga. Era um templo chinês e parecia que estavam a comemorar algo. Pelo menos via-se todos de kimono festivo e pequenas crianças seguravam balões nas mãos.

Jolayne sorriu e tentou perguntar o que se passava mas a lingua que ela falava não era compreensivel aos demais. Liliane questiou-se então como eles conseguiam comunicar-se entre si.

- O presente aprende com o passado - disse uma voz atrás de si. Viu que era uma rapaz parecido ao elfo que a ajudara no passado - olá

Os outros que o conheceram na batalha também ficaram a olhar para ele.

- Olá. Porque disseste isso? - quis saber Liliane aproximando-se dele.

- Desde pequeno que a minha mãe me dizia que um dia esta frase iria fazer sentido, mas a verdade é que nunca entendi verdadeiramente. Já agora quem são?

- Sou a Liliane e estes são os meus amigos. Jolayne, Natanael, Miliane, Siena, Nicleido e Aran. Viemos dar uma volta.

- Mas hoje é um dia muito importante, vamos a minha casa, vocês precisam de se arranjar para o festival.

- Que festival? - Siena não conseguiu conter-se muito mais.

- Ora essa, vêm aqui sem saber do festival. O festival do regresso.

Ficaram a olhar uns para os outros. Aquilo só podia significar alguma coisa, mas não disseram nada. Aquele rapaz já avançava para outras zonas daquela zona para uma zona ainda mais antiga revelando lojas que era verdadeiramente as jóias escondidas do oriente.

Entraram por uma porta e depressa se viram dentro de uma casa mesmo ao estilo chines. Desde as janelas redondas ao bambú. Uma mulher, que se apresentou como sendo mãe de Alsan, como o rapaz se chamava, ao saber que não tinham para onde ir, ofereceu-se para o acomodar ali.

Depois de pedir a Alsan para ajudar os rapazes a mudar de roupa, puxou pelas raparigas para o seu quarto. Estava lá uma mulher mais velha que abriu a boca ao vê-los entrar.

- Mãe - disse a mãe de Alsan, então aquela velha deveria ser a avó do jovem - estas raparigas e alguns rapazes vão passar alguns dias aqui em casa, seja simpatica.

A mulher levantou-se e pos-se a olhar.

- Vai então, eu arranjo-os para o festival, eles devem estar presentes - disse com uma insinuação na voz. O que teria descoberto aquela senhora só de olhar para elas.

A mãe de Alsan saiu um tanto ou quanto espantada com a atitude daquela velha. Quando fechou a porta atrás de si apenas o silencio reinou lá dentro.

- Com que então o jogo começou - resmungou a velha - e como sempre vocês regressaram ao ponto de inicio para percorrer o longo caminho.

- O que quer dizer? - perguntou Jolayne. Liliane e as outras interrogaram-se a velha tinha compreendido. Pelos visto compreendera porque lhe respondera na mesma lingua.

- Minha filha, eu sou mais velha do que aparento. Já cá andava quando o jogo anterior começou, tão velha que ainda me lembro do primeiro festival que se realizou aqui. O festival do regresso.

Levantou-se e começou a retirar umas caixas empoeiradas de um armário atrás dela.

- Chamava-se assim porque foi a altura em que cada um dos guardiães regressava da sua missão. Mas isso foi à muito tempo.

Empurrou na direcção de cada uma uma caixa. Cada uma abriu revelando uns kimonos luxuosos da mais pura seda oriental. Aquela generosidade era demais. Quando olharam para a velha viram-na a fazer uma vénia.

- É uma honra servir os guardiães uma vez mais.


Alsan falava com os rapazes sobre o festival e sobre o que se fazia nele. Falava por vezes no que se passava pelo mundo mas não muito. Nicleido e Aran falavam do lugar de onde tinham vindo antes da viagem ao passado. Natanael falava pouco preferindo manter-se no silencio mas ouvia tudo atentamente.

Quando já estavam prontos sairam viram que as raparigas estavam a beber chá com uma senhora muito velha e que sorria muito.

- Avó! - exclamou espantado Alsan - o que... como... porquê?

- Bem meu neto, alguma vez tinha que sair daquele quarto alem disso é um bom dia para ir a um festival.

- A minha avó raramente sai do seu quarto - sussurrou Alsan aos seus novos companheiros

Natanael, só tinha olhos para a sua Miliane. Ela vestia um kimono azul escuro com pequenos bordados prateados. O seu cabelo loiro estava penteado num penteado elaborado deixando o seu pescoço todo à mostra.

Só quando puxaram pelo seu braço é que reparou que a maioria já estava a ir para a rua. Reparou nas outras raparigas. Os seus kimonos eram também bastantes luxuosos, não se comparavam em nada aqueles que envergaram momentos antes em várias ocasiões.

As pessoas na rua afastavam-se admiradas não só por aqueles trajes mas pela anciã que seguia na frente. Ao chegarem ao templo ela mirou os que estavam presentes. As lanternas já estavam acesas e depressa a noite deveria chegar.

- Meus companheiros - disse ela de forma bem audivel - aqui estou de novo para abrir este festival. Temos como convidados os guardiães que regressaram de mais uma missão, peço que lhes dêem as boas vindas.

Todos aplaudiram. A anciã abraçou-os e sussurrou-lhes ao ouvido.

- Não se preocupem, eles pensam que isto é uma ensenação uma vez que fazemos isto todos os anos. Agora divirtam-se.

A velha afastou-se deixando-os ali a ver as festividades. Alsan depressa os levou para longe daquelas confusões para a parte detrás do templo. Ali havia um lugar de calma, um lago onde a lua prateada estava reflectida e arvores de bambú o circundavam.

Eles aproximaram-se do lago. Viram então algo de estranho na superficie do lago parecendo a batalha que eles tinham presenciado à uns dias.

- Parece que o portal voltou a abrir-se aqui. - sussurrou Liliane com pena. Não queria separar -se dos seus amigos, Natanael e Jolayne. Alsan estava em silêncio olhando para eles com espanto. Não queria intrometer-se.

- Está na altura de escolherem se querem ficar ou se querem voltar para o vosso tempo.

Jolayne e Natanael entreolharam-se e Jolayne deu um passo em frente.

- Gostei muito de conhecer-vos mas ser a unica aqui não me parece a minha melhor escolha. Vou voltar para casa.

Olhanto-os saltou para aquela janela do passado desaparecendo. Natanael sentiu-se só, mas não queria ir sozinho.

- Miliane, eu amo-te muito, queres vir comigo? - perguntou ele.

Miliane corou muito e segurou-lhe na mão.

- Gostava muito ir, mas não posso, não os posso deixar sozinhos - disse referindo-se ao seus outros amigos e guardiães.

- Compreendo, mas nunca te esqueças de mim. Para dizer a verdade, acho que também estou neste mundo, só tens de me encontrar, novamente.

Miliane sentiu que as lágrimas começavam a rolar pela sua face. Natanael fez então uma coisa que nunca se tinha atrevido antes, beijou-a.

- Então adeus. - disse saltando para a janela.

Todos ficaram ali a olhar para o lago negro onde os seus colegas tinham regressado para as suas respectivas casas. Percebiam que agora tinham alguma calma e que nada seria tão repentino como no passado, mas o tempo tinha colocado os seus jogadores mais austuciosos.

- Vamos regressar a casa dentro em breve, mas primeiro temos que descansar.

- Alsan queres vir connosco? - perguntou repentinamente Siena.

Todos se riram incluindo Alsan. Aquela pergunta não era para ser feita naquela altura. Estavam a meio de um festival e cansados.

- Vamos mas é divertir um pouco mais, amanhã perguntas outra vez. - aconselhou Nicleido voltando para o festival. Onde a praça em frente ao templo estava iluminada por centenas de lanternas e tradicionais dragões dançavam no meio da praça.

Siena e Miliane não aguentaram aquele apelo de festa e puxandoa mão de Alsan foram todos dançar para o meio da praça.

- Onde está Liliane? - perguntou Nicleido a Aran no meio da dança reparando na ausencia da amiga.

- Acho que ficou lá.


Liliane estava a olhar para o lago pensativa. Com a mão criou uma flor de lotus e pousou-a com cuidado a flutuar no lago. Sentia-se um tanto ou quanto deslocada.

- Vai e ilumina o caminho dos escolhidos.

"Será que alguem me espera também?"


O episodio fica por aqui. Deixo a pensar se existe alguem a pensar também em Liliane e se sim quem.

Espero que gostem

Até sexta ou sábado

Iruvienne











sexta-feira, 29 de maio de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação

Olá malta


Como já vos disse o outro blogue vai começar em funcionamento dentro em breve, penso que não passa deste fim de semana.





Quanto a esta historia vou continuar hoje tal como sempre, mas com as férias tão proximas pensei em fazer como o ano passado e tentar escrever mais do que uma vez por semana.





Agora a história





Em Nova Iorque
Um novo rumo
Um novo destino



Nicleido olhava em volta vendo-se no meio da confusão. Viu como Liliane embainhava a sua enorme e fina espada para não chamar à atenção, como Miliane e Siena tentavam passar um pouco mais despercebidas, mas mesmo assim as suas roupas e ainda por cima cheias de pó e um pouco de sangue atraía alguns olhares.

Natanael e Jolayne olhavam para aquilo abismados. Nunca nas suas vidas tinham visto prédios tão altos ou carros.

- Voltamos. - exclamou Aran um tanto ou quanto extasiado. Tentava absorver com os olhos tudo o que se passava à sua volta também era um sonho ir a Nova Iorque.

- Nem sei como voltamos mas é melhor começarmos a andar, estamos a atrair muitas atenções. - recomendou Liliane começando a andar puxando Jolayne por um braço para lhe mostrar a loja mais proxima, comportando-se como se fosse uma simples adolescente. Os outros seguiram-na, assim passariam por jovens de um clube de teatro.

- O que é isto? - perguntou assustado Natanael a Miliane apontando para os carros.

- É parecido às vossas carruagens mas sem os cavalos.

- Temos que falar melhor vamos procurar um sitio mais sossegado. - sugeriu Nicleido caminhando em direcção a um jardim. Tinha ido ali com o seu avô quando tinha 4 anos. Muita coisa tinha mudado mas o seu sentido de orientação ainda continuava a ser único.

Natanael e Jolayne não paravam com as perguntas. Pareciam incomodados mas pareceram que ficavam mais aliviados quando viram surgir em frente deles o grandioso central park. Aquele pequeno oásis no meio de tanta poluição era algo mágico.

Sentaram-se no meio daquela erva tantando descansar e aliviar o stress.

- O que é que se passou exactamente? - perguntou de repente Jolayne suscitando na cara dos nossos cinco guardiães uma cara preocupada.

- Não sabemos. Apenas notamos que o tempo se cruzou com o nosso e decidimos apanhar uma boleia, pelo caminho vieram vocês.

- Então e a batalha? - perguntou Natanael.

- Já te dissemos que sabemos tanto como vocês os dois. - ralhou Aran também irritado por ter mais perguntas que respostas.

Liliane e os outros ficaram um pouco em silêncio a olhar para o decorrer do dia naquele local, num lago viam os patos e crianças a passearem, pareciam um sitio onde não iam obter nenhumas respostas mas foi nesse local de reflexão que surgiu um rasgo de compreensão.

- Acho que sei de um sitio onde podemos buscar essas respostas. - disse de repente Liliane

- Onde? - perguntou Miliane um tanto ou quanto ansiosa.

- Aquela batalha ocorreu à cerca de 500 ou 400 anos atras, logo no museu de historia deve haver algum registo ou então na biblioteca.

Siena abraçou-a.

- Excelente ideia. Vamos. - disse levantando-se

- Espera. Não podemos andar por aí vestidos como se fossemos do seculo passado. - afirmou Nicleido

- Mas nós viemos do seculo passado - gozou Jolayne.

Com um ligeiro aceno trocou a sua roupa por uns jeans e uma t-shirt branca. Não conseguiu fazer desaparecer a espada, mas ali naquela cidade tudo era preciso. Os outros imitaram-na e Jolayne e Natanael tiveram uma pequena ajuda.

Depois seguindo mais uma vez a intuição de Nicleido deram com um edificio muito estranho. O museu. Ao entrar viram que não estava vazio, várias pessoas passavam divagando as mais variadas peças.

Siena tirou um panfleto e procurou a era que andavam à procura.

- Fica no piso três.

Foram para os elevadores sendo preciso convencer os dois visitantes do seculo XXI de que era seguro e partiram para o terceiro piso. Mal as portas abriram-se viram que de um lado e do outro haviam várias replicas de roupas e armas.

Andando por entre os vasos e pequenas gravuras viram mesmo no fundo uma placa de pedra com inscrições e umas gravuras.

Representava a batalha e viram lá no topo os cinco guardiães e viram como no céu tinham representado aquela estranha aurora boreal.

- Precisão de ajuda? - perguntou uma voz atrás deles em fluente inglês.

Ao virarem-se vira uma jovem que nitidamente se adivinhava ser a guia do museu. Ficaram um pouco aparvalhada mas Miliane conseguiu apresentar-se e perguntou imediatamente se lhes podia explicar como acabou a batalha.

Primeiro ficou a olhar para eles espantada. Pareciam saber mais do que ela sobre aquele assunto, tinham inclusivé nas mãos, à cintura ou às costas armas pertencentes àquela epoca.

Explicou-lhes então que a batalha durou muito, dizia a lenda que umas deusas tinha encarnado em duas pessoas muito especiais chamados os eleitos. No fim a luz derrotou a escuridão nem sem a promessa de uma vingança.

- .... e depois eles viveram felizes, mas fala-se nos diários deles de coisas muito estranhas de modo que não sabemos o que é verdade e o que é mentira. Fala-se de pessoas vindas do futuro e de pessoas do passado que foram para o futuro. Parvo não é?

- Com certeza que é. Obrigada pela sua disponibilidade.

- De nada. É o meu trabalho.

Ela virou costas e afastou-se. Ainda olhou pela ultima vez para aquele estranho grupo de jovens. Viu como olhavam para aquilo como se estivessem a recordar algo, estranho, mas não queria interferir mais.

- Não nos adiantou mais. - concluiu Aran um pouco frustrado.

- Pelo menos agora temos alguma paz. Podemos descansar um pouco e depois estava a pensar irmos dar um passeio até à nossa casa. - pensou Miliane

- Então e nós? - inquiriu Jolayne e Natanael.

- Vocês vêm connosco e depois, quando a altura chegar vocês vão escolher entre ficar connosco ou partir para o vosso tempo.

- Mas até lá temos de arranjar um local para ficarmos, eu cá quero ir tomar um bom banho - disse Siena

- Nós já vamos tratar disso. Agora temos de sair daqui - afirmou Liliane encaminhando-se novamente para o elevador para sair daquele local onde a historia e memorias passadas conviviam lado a lado, onde o tempo convergia no presente...

Longe dali num sitio luminoso alguem consultava o seu padrão no tear.

- Mãe eles voltaram - disse uma voz

- Sim Yena eu sei, fizeste um bom trabalho, acho que podes também voltar.

- Então vai limitar-se a olhar? Não vai fazer nada? - Yena estava um pouco incredula com a reacção calma de Luz.

- Tem calma filha, já tenho planos.


O episodio fica por aqui.

Espero que gostem

Até sexta ou sábado

Iruvienne

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação

Olá malta

Bem tem sido uma semana dos diabos, tanto trabalho que nem sei para onde me virar. Mas sinceramente não há nada melhor do que escrever um bocadinho para descontrair.

Tenho uma novidade. Eu já tinha escrito na parte lateral, mas eu criei um outro blogue (ver no perfil) onde será colocada aquela historia que vos falei há umas semanas, não ainda, mas daqui a algumas semanas quando tiver mais tempo. Quando colocar alguma coisa eu aviso.

Esta historia ainda vai ter muitas aventuras e podem estar certos que ainda vai faltar um pouco para acabar, mas quando colocar a outra vão ser as duas ao mesmo tempo.

Hoje como vos disse vou escrever sobre a parte da batalha enquanto Liliane treinava.
Espero que se divirtam...


Uma surpresa em campo

Inicio de uma batalha



Siena estava reunida com Doroteia e Helidoro. Desde que previra uma mudança no padrão do tempo tinham andado a estudar uma maneira de voltar ao seu tempo. Quanto a Aran e a Nicleido estavam sentados a apanhar sol.

- Achas que vamos conseguir voltar? - perguntou Aran sentindo-se um tanto ou quanto confuso com tudo aquilo.

- Claro que vamos, o que diria os nossos pais se nós não voltassemos?

Miliane apareceu a correr puxando atrás de si uma jovem. Ao inicio não perceberam bem quem era mas depois de olharem bem de perto viram que era Jolayne. Não a reconheceram pois vestira um uniforme militar e depois porque nunca imaginaram uma sereia no meio de um campo de batalha.

- O que andas a fazer por aqui? - perguntou Nicleido

- Fomos todos convocados para batalha, onde pára Natanael? E os outros? Gostava de os voltar a ver também.

- Os outros como sempre estão a planear mais detalhadamente a batalha, Liliane nem sei onde pára e Siena está com Doroteia e Helidoro a fazer não sei o quê.

- Oh. Então vou sentar-me aqui, está um dia fantástico.

Dali podiam ver o campo todo. Havia uma leve brisa pelo campo e um ou outro passarinho a voar ali. Do outro lado via-se uma linha negro marcando um exercito composto pelas mais negras criaturas existentes em todo aquele mundo.

- Este dia está a ser um pouco chato não acham? - perguntou Miliane ficando já um pouco farta de estar ali sentada sem fazer nada. De repente algo mudou. O sol encobriu e veio um vento mais forte.

Ouviram como os guardas se preparavam e se punham apostos. Sem se aperceberem o que se passava Miliane, Aran, Nic e Jolayne levantaram-se imediatamente e foram ter com os outros. Encontraram pelo caminho Siena, Doroteia e Helidoro.

Em frente da tenda branca e a olharem para o outro lado do campo estavam os antigos guardiães e Natanael.

- O que se passa? - perguntou Jolayne.

- Parece que vai começar. - disse Gium preocupada mas virou-se logo para eles com ar de comando - Siena e Siue vão ter com os curandeiros e ajuda-os com as curas. Nicleido ficas aqui com Biel a comandar e a observar os movimentos.

- Então e nós? - perguntou Jolayne

- Nós vamos divertir-nos um bocadinho - disse uma voz saindo do pinhal atrás deles.

Ao virarem-se viram que Liliane avançava por meio das tropas com uma pessoa atrás. Miliane sem pensar correu e abraçou-a. Ela estava diferente mais alegre mais ela propria. Agora o grupo estava completa.

- Então chega de choraminguices e vamos mas é a isso. - disse Aran

Ambos se voltavam para a batalha. Pelo caminho ouviram uma trombeta arrepiante e um canto suave e calmo ecoou pelo campo.

- Um hino pelos vivos, um hino pelos mortos, pedindo força aos deuses - sussurrou Doroteia olhando para a frente com os olhos velados.

Perceberam que era um oração e juntamente com os outros guardas começaram a canta-la. Notaram que do outro lado as criaturas também a cantavam. Quando acabou todos gritaram os seus gritos de guerra e as primeiras ordens.

A primeira fileira avançou e depois Lin e Liliane avançaram desembainhando as suas enormes espadas e começando a lutar com um sorriso de satisfação no rosto, como se aquilo fosse uma festa.

Aran e Hayl lutavam sem tanta estrategia mas com mais a sua força, Doroteia e Helidoro servia-se da magia estando mais recuado que os outros. De vez em quando Nicleido e Biel gritavam algo e os outros soldados apressavam-se a cumprir.

A certa altura viu que as tropas da escuridão eram reforçadas com trolls e outros monstros.

"Temos que nos juntar outra vez" gritou com a mente Nicleido para a mente dos amigos.

Muito a custo todos conseguiram juntar-se no cimo daquela colina que dava para o campo de batalha. Até Siena tinha deixado os cuidados médicos e juntado a eles. Quando se juntaram olharam para o céu.

- Já começou - disse Siena vendo o céu começar a mudar de tom e surgir uma rara aurora burial. Viram como dois seres desciam e encarnavam em dias pessoas, duas pessoas que iam lutar como se fosse a propria escuridão e como se fosse a propria luz.

O tempo tinha colidido, misturava-se tornando-se num só. De repente Natanael e Jolayne juntaram-se ao grupo e depois... apenas uma luz muito forte. Jolayne gritou e agarrou-se a Nicleido e Natanael segurou-se em Miliane enquanto os outros davam as mãos.

O barulho da batalha desapareceu, mas aquele cheiro de suor e sangue da batalha ainda estava bem proximo deles, aquelas memorias, ver aqueles rostos a tombar no chão, os seus amigos, tudo parecia ter desvanescido, tal como um sonho em que passado pouco tempo de desperta.

Quando abriram os olhos estavam num sitio bastante mais diferente que o usual. Era no meio de uma cidade, muito trânsito e enormes arranha céus. Do céu azul muito pouco se via, pessoas passavam apressadas comprometidas.

-Voltamos.


Não tenho mais tempo para escrever.
Espero que gostem

Até sexta ou sábado

Iruvienne

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação




Olá malta






Vou explicar a situação em que me encontro e que decisão tomei. Na semana passada escrevi que a batalha final ia ser dasemana passada a dois dias. Para isso acontecer ou eu escrevo muito depressa e avanço com os acontecimentos muito depressa ou então dedico este episodio ao que se passa junto de Liliane e do povo de Eyliam e o outro episodio conto só o começo da batalha e o que se passa lá.



Eu escolhi a segunda opção, pois eu quero desenvolver o que se passa junto do estranho povo dos elfos. Peço desculpa se desagradei alguem.



Em relação à enquete sobre uma nova história... essa ideia vai ficar por enquanto suspensa, se houver novidades eu aviso.






Agora o episodio...






Um treino estranho






Liliane estava agora vestida de branco sentada debaixo de uma queda de água. Sentia a água a cair-lhe lá do alto e a molhar-lhe os cabelos caidos pelas costas. Adkerson observava-a também ele meditando à beira do lago. Tinha-lhe dito que aquilo ia purificar-lhe a alma e retirar-lhe a maldição mantendo-a pura, mas Liliane não estava muito convicta.



Ao abrir os olhos sentiu então a diferença, sentia-se em equilibrio com o que a rodeava. Adkerson pareceu também notar a diferença e fez sinal para ela sair. Ela levantou-se e foi ter com ele à sombra onde lhe colocou uma toalha pelas costas.



- A primeira tarefa está concluida. Tens a maldição retirada agora vais ter de aprender a controlar os teus poderes alem de teres uma divida para connosco.



Liliane não estava particularmente satisfeita com a segunda parte. Tinha medo dos seus poderes, sempre que utilizara realmente os seus verdadeiros poderes fora de forma quase instintiva.



- O que se passa? - perguntou Adkerson vendo que se enconlhia na toalha.



- Há medos em mim que não consigo evitar. - sussurrou Liliane como se estivesse a confessar algo.



Para seu espanto viu como o seu professor e companheiro se ria. Devia ser algo relacionado com a parte seguinte do seu treino. Ele pegou na sua mão retraindo-se quando a sentiu fria e levou-a para uma gruta escura, uma gruta muito parecida com uma em que dera a sua alma para se encontrar com a Escuridão.



Adkerson tinha nas suas mãos a espada de Liliane.



- Vai lá dentro, enfrente os teus medos e reconsilia-te com o passado. Deixa a tua espada como quem deixa os problemas para trás das costas. Demora o tempo que precisares.



Liliane pegou na sua espada, a espada que tanto lhe custara a ganhar. Deu-lhe a toalha e entrou na caverna. Assim que foi abraçada pelas sombras começou a ouvir os seus medos. Parecia pior que os seu pesadelos, mais realisticos.



Lembrou-se desde os momentos antes de conhecer os seus colegas em que era rebaixada apenas por ser diferente e por ter sonhos diferentes, depois conheceu uns amigos espectaculars e esses não foram mais os seus problemas. Fantasmas desapareceram.



Suspirou continuou em frente.



Viu pouco depois viu uma restia de luz. Provinha de uma fenda pode constatar. Desembainhando a espada, viu como ela reflectia a luz.



"Tu desde mais trabalho, foste-me fiel, agora está altura de seguir o meu caminho"



Ela enterrou-a e viu como a luz esmoreceu um pouco. O vento assolou por momentos antes de se acalmar novamente. Liliane levantou-se à espera que fosse Adkerson a vir dizer que estava pronta para continuar, mas ficou pálida quando viu a surgir das sombras a sua antiga inimiga e entretanto amiga Galaduine.



-Liliane, tu mataste-me. - acusou ela



Liliane pôs-se de joelhos e colocou-se à sua frente.



- Eu não queria... por favor perdoa-me...



Viu como a sua amiga a segurava pelos ombros e abraçou-a.



- Desculpa eu Liliane, não queria que fosse obrigada a matar-me. Não te preocupes comigo, eu estou bem.



- Vais estar sempre no meu coração.



A sombra esfumou-se e ela saiu. Parecia que o seu coração estava mais leve e não era só o seu coração mas sim toda aquela tensão que o seu corpo parecia guardar. Começou a ver a luz a surgir ao fundo da caverna.



Tudo parecia mais claro e mais reconhecivel, até mesmo Adkerson parecia diferente, mais nitido. Como se um véu tivesse de repente tivesse sido retirado.




Liliane ia tentar mais tarde perceber o que lhe dera, mas mal se viu livre daquela gruta correu e abraçou Adkerson.




- Por favor diz-me que não vou ter de voltar ali. - murmurou Liliane sentindo que ele retribuia o abraço tentando consola-la




- Não, nunca mais vais ser obrigada a entrar novamente ali. Mas agora - separou ele olhando para ela - está na hora de começarmos o outro treino. Mas primeiro vamos comer.




Juntos caminharam para o salão do palácio. Agora Liliane conseguia sentir ainda mais o equilibrio em que tudo se encontrava. Via também como o seu professor a olhava pelo canto do olho sorrindo com os resultados dos treinos.




No salão já estavam um grupo de elfos sentados à mesa. Liliane ficou espantada como eles se comportavam em sociedade, como um gesto parecia fazer parte de uma dança. Sentou-se ao lado de Adkerson e começou a falar com um elfo que estava a seu lado e ela começou a comer silenciosamente.




Apercebeu-se de uma energia que estava ao seu lado e pronta a ser usada. Ao roçar nela viu que era uma energia escura. Com medo deixou-a ficar lá quietinha antes que fizesse asneira. Viu que Adkerson olhava para ela e depois acenou-lhe com a cabeça fazendo sinal que tinha feito bem.




Depois de comer Adkerson foi falar em privado com o rei regressando com um embrulho nos braços, pareceu-lhe um tanto ou quanto carrancudo como se tivesse recebido uma má noticia e que não lhe agradasse minimamente.




Fez-lhe sinal para o seguir indo para o meio da aldeia.




Ele conduziu-a até perto de uma loja de roupa.




- O que se passa? - perguntou Liliane espantada.




- Vais arranjar-te e depois vamos viajar. A batalha vai começar dentro em breve e precisas de ir bem preparada, vais lutar com os nossos costumes e com as nossas armas por isso vou buscar as minhas coisas encontramo-nos aqui.




Liliane ficou ali a ve-lo afastar-se e depois entrou dentro da loja. Viu várias raparigas a rirem-se e a falarem umas com as outras, mas calaram-se ao ver Liliane entrar.




- Desculpem, mas é que Adkerson mandou-se entrar ele falou de uma vez que vou para uma...




- Nós sabemos, anda. - ela reconheceu Valye junto delas e com sorrisos puxaram-na para a parte de trás da loja.




Minutos mais tarde....




Liliane saiu da loja com uma capa a esvoaçar um pouco. Tinham conseguido convence-la a vestir um kimono mas de mini-saia e uns calções por baixo. Ainda estava para descobrir como é que ia lutar num campo de batalha sem protecções.




Quando saiu para a rua viu que Adkerson a esperava com um saco às costas. Quando a viu abriu um pouco a boca apressando a fecha-la.




- Está pronta Adkerson, vê se te cuidas que eu quero voltar a ver-te inteiro. - disse Valye que tinha saído atrás de Liliane e que olhava para o saco de viagem de Adkerson um tanto ou quanto duvidosa.




- Está descansada eu vou voltar.




Depois de se despedirem voltaram-se para um caminho que conduzia para fora da aldeia. A noite ia tomando lugar no vale. Liliane não sabia porquê mas tinha a sensação que seria a ultima vez que voltava a ver aquela aldeia, aquele vale.




Olhou para as estrelas, elas pelo menos podiam dizer que o que vinha aí ia ser um pouco melhor do que deixava para trás das costas. Seguiu Adkerson até ele parar.




- A partir de agora vou ser teu amigo, não teu professor nem teu superior, apenas um amigo. - declarou ele sorridente. Tinha também um pressentimento que não ia estar muito tempo perto dele.




Sorri e fui ter com ele.




- Ainda não me disseste como podia controlar os meus poderes.




- Antes de tudo, quero dar-te algo. - ele passou-lhe aquele embrulho para as mãos. Ao desembrulhar viu que era uma espada enorme, um pouco maior que a anterior. A bainha era toda azul, muito bonita e quando a desembainhou viu que a lamina era finissima.




- Tu deixaste-nos a tua espada e nós damos-te uma. A lâmina vai ser sempre a mais fina e foi feita de proposito para o teu poder. Vais poder controla-la bem




- É linda. Obrigada - disse Liliane segurando-a bem.




- Quanto ao teu poder, tu já o controlas bem, mas se te deixares levar pelo instinto também não há problema, o poder pertence-te por isso agora sem maldição já deves conseguir controlar.




Liliane sorriu e deixou-se envolver por aquela magia negra que há muito mantinha guardada para alguma emergencia. Era maravilhoso.




- Vá não te canses, vais ter uma batalha pela frente e vais ter de andar todo o caminho. - sugeriu ele.




A espada tinha uma tira e Liliane colocou-a à tiracolo enfrentando de cabeça erguida o proximo caminho.




O episodio fica por aqui. Desculpem a demora, não tenho tido muito tempo. Espero mesmo assim que gostem.




Até sexta ou sábado


Iruvienne














sexta-feira, 8 de maio de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação


Olá

Aqui estou para mais um episodio. Tenho uma surpresa preparada para a batalha mas não se preocupem, quando chegarmos lá logo verão do que se trata.

Sabem, acho que hoje não vai precisar de nenhuma apresentação especial, apenas que vou escrever hoje um episodio, que eu espero que fique do vosso agrado, e ainda não tenho nenhuma ideia. Hão de surgir à medida que vou escrevendo.


No episódio anterior:

Liliane encontrou o povo elfico, povo Eyliam. Contaram-lhe lá que podiam retirar-lhe a maldição em troca de algo. Mas o que é que ia sacrificar mais? por outro lado o resto do grupo chegou finalmente ao campo de batalha. O que acontecerá por lá?


Iniciando o treino

Treinando para a batalha



Liliane acordou com uma pessoa a bater-lhe à porta. Levantou-se rapidamente e vestiu o seu roupão à pressa. Ao abrir verificou que era Valye, a rapariga que a acompanhara ao quarto, que trazia um tabuleiro nas mãos.

- Peço desculpa em acorda-la mas o rei mandou-me chama-la e eu vim ajuda-la a arrumar-se.

- Com certeza. O que achas que devo vestir? - perguntou Liliane abrindo as portas do roupeiro do quarto. Valye parecia pensativa mas acabou por escolher um vestido verde escuro com bordados em dourados.

- Simples mas com um pouco de requinte. - Sorriu ao passar-lhe o vestido. Vestiu-o rapidamente e pegando num pequeno pão de leite que ela lhe tinha trazido e foi quase a correr para o salão. Ainda disse um breve obrigado a Valye à medida que avançava no corredor.

Quando chegou à porta do salão parou ao pé dos guardas.

- Estás cansada - comentou um. Aquele comentário valeu um breve sorriso.

- Vim o mais rápido que podia. Podem avisar o rei Kian que eu já me encontro aqui.

- Com certeza.

Um guarda abriu a porta e anunciou que ela ali estava. Fazendo sinal Liliane entrou. Tudo parecia estar igual ao dia anterior, porem tudo estava mais luminoso e animado. Ao lado do rei estava uma mulher que ela supôs e muito bem ser sua mulher. Do outro lado estava um rapaz jovem, que aparentava serem da mesma idade,e ... muito bem aparentado.

Liliane adorava saber quem seria.

- Bom dia Liliane - saudou o rei.

- Bom dia sua majestade - disse Liliane fazendo uma vénia de cortesia.

- Tal como foi combinado pensaste na proposta que te fiz ontem

- Concerteza - afirmou Liliane pensando na proposta de remoção da maldição - estou apta para fazer for o que for para retirar a maldição, porém não sei o que dar em troca.

O rei reflectiu, mas depois o jovem sussurrou algo ao ouvido do rei com que ele pareceu concordar. A rainha porem não desviava os olhos de Liliane.

- Tens uma coisa que podes dar e fazer. Este jovem, Adkerson, vai ser teu instrutor e vai dizer-te o que precisas de fazer para pagares a tua divida para connosco, também é ele que te vai treinar.

Liliane sentia-se grata.

- Quando é que começamos? - perguntou Liliane em geral.

- Quando tu quiseres. - respondeu o tal Adkerson - Queres ir ver as vistas?

Ele fez aquela pergunta como qualquer pessoa daquela idade faria, mas isso valeu um severo olhar do rei e um riso da rainha. Depois de um assentimento os dois sairam para a rua. Ali Liliane pode ver melhor como era Adkerson. Tinha uns cabelos castanhos e uns olhos castanhos e tinha uma cara de estar quase sempre a sorrir.

- Já agora como te chamas? - perguntou sorridente encaminhando-se para um caminho de pó que seguia até uma serra proxima.

- Liliane. - tinha a noção que iam ser bons amigos.

Quando chegaram ao topo avistaram todo o vale até ao horizonte. Era uma vista absolutamente fantastica e que dava a Liliane a vontade de voar. Sabia porem que estava na presença de um estranho, e que tecnicamente era superior a ela, era seu professor.

Ele parecia olhar para o vale com o mesmo olhar ansioso que ela. Nenhum deles quebrou o silêncio até que Adkerson falou.

- Aprendeste bem o valor da paciencia, isso é bom. Mas como é obvio tens tanto desejo de voar como eu.

- Isso é bem verdade. Mas se não me engano também tu desejavas voar.

Ele sorriu, Liliane tinha acertado em cheio.

- Deram-me a missão de te ajudar porque tal como tu posso voar e tenho alguns dons bem poderosos na área da magia.

- Então e como é que isto vai processar-se?

- Quais sãos os teus medos? Os teus principais medos e fraquezas?


Aran estava a descarregar os seus alforges na tenda a que lhe estava destinado. A ele e a Nicleido. Encontrou no meio das suas coisas a espada que Liliane lhe tinha dado para treinar, havia tanto tempo que não praticava...

Doroteia entrou. Trazia na mão um punhal um pouco maior do que era habitual e parecia tão calma com o que se passava como se estivesse a passear num jardim. Pareceu espantada ao vê-lo com a espada na mão.

- Quando te vi não vi essa espada, quem ta fez? - perguntou curiosa

- Foi Liliane, fez uma arma para cada um de nós.

- Vim perguntar se quererias ir treinar comigo, acho que o confronto vai ser daqui a dois dias se os do outro lado não mudarem as suas decisões.

- Pode ser. Onde estão as outras?

- Miliane está a treinar com as outras jovens no tiro ao arco, Siena está a treinar com o meu irmão Helidoro e Nicleido está com os guardiães a colaborar na elaboração do plano de ataque.

- Ok eu vou contigo treinar.

Doroteia saiu com Aran para uma pequena arena onde alguns soldados treinavam e outros ficavam apenas a ver. Começaram a olhar para Doroteia com um bocado de incredulidade e sorrisos manhosos.

Onde é que uma rapariga, uma dama ia para o campo de batalha? E quando é que combatia com um punhal com um rapaz e numa arena publica? Mas depressa mudaram as opiniões mal começaram a combrater.

Aran podia ser rápido e ter golpes certeiros, mas Doroteia com os dons de prever o futuro previa todos os ataques de Aran bloqueando-os. Aran ficou surpreso quando passado pouco tempo já tinha o pequeno punhal no seu pescoço.

- Penso que vais ter de treinar mais nestes proximos dias, não queremos que este pequeno pescoço seja manchado de sangue.

- Não penses que vais levar a melhor da proxima vez. Quero a desforra.

Depressa começaram outra vez a lutar e a combater até que quando o sol já se estava a por pararam. Estavam estoirados mas mesmo assim tinham feito progressos. Aran já conseguira vencer pelo menos três vezes Doroteia, se bem que ainda estava para descobrir como.

Foi cada um para a sua tenda, mas quando Aran entrou na sua encontrou Nicleido com a sua lança, Miliane com o arco e um seta e Siena com aquela estranha espada. Pareciam prontos para um ataque não fossem as roupas um bocadinho mais arranjadas que o esperado.

- O que se passa? - perguntou Aran intrigado.

- Houve uma alteração no padrão tempo e espaço.

- O que queres dizer com isso? - perguntou intrigado.

- Segundo a lenda do povo Vierno a batalha passava perto do antigo templo do equilibrio numa planicie árida e que apenas três dos cinco estavam presentes - recordou Miliane

- O que não acontece. Além de que sinto que daqui a dois dias os padrões do Tempo vão ser muito fortes. - adiantou Siena agarrando a sua ampulheta

- O que quer dizer que vamos ter uma oportunidade de regressar - concluiu Nicleido - porem falta Liliane e não me apetece deixa-los sem a nossa ajuda.

- E ainda não descobrimos nada daquilo que queriamos.

Ficaram ali no silencio da tenda de Aran sem mais nada a adiantar. Aquilo era uma opção dificil e que só com muita calma e ao analisar todas as situações podiam chegar a uma decisão.


Hoje fica por aqui. Não tenho mais tempo, se bem que eu adoraria estar aqui a noite toda a escrever. A imagem é de Liliane com o povo Eyliam. Espero que gostem

Até sexta ou sábado

Iruvienne



sexta-feira, 1 de maio de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação



Olá malta


Agora hoje vou tentar escrever um episodio decente. Achei o inicio de uma história que já tens uns bons 4 ou 3 anos. Achei-a tão interessante que decidi continuar.


Agora o episodio.


Liliane anda à procura de um povo lendário mas que nem sequer sabe se existe. Os outros encaminham-se para o campo de batalha.




Um povo estranho


Uma solução


O campo de batalha




Liliane caminhava agora por entre montes. Ali só havia erva e pequenos arbustos, o vento fustigava a capa e os cabelos dela. Sabia que mais cedo ou mais tarde tinha de achar o povo de que andava à procura, no entanto sabia também que mais cedo ou mais tarde a batalha começaria e ela tinha que voltar.


Estava mesmo prestes a dar meia volta quando sentiu que alguem se aproximava por trás, voltou-se para encarar quem vinha ter com ela. Ficou espantada ao ver um velho com uma bengala que a olhava serenamente.


Ela curvou-se numa saudação honorifica. Ele olhou-a com aqueles olhos como a avalia-la e depois sorriu.


- Olá jovem, andas à procura de algo? - perguntou amistosamente.


- Li num livro acerca de um povo fantástico andava à procura deles.


Ouve um momento em que se fez silêncio. Ambos olharam para o sol que se estava quase a por-se iluminando aqueles montes e vales com um tom alaranjado. Apenas se ouvia o vento.


- Vejo em ti o poder da escuridão e ao mesmo tempo a maldição da mesma. O mundo de hoje anda meio baralhado.


- Bem pode dize-lo.


O velho sorriu e virou-lhe costas.


- Vem, segue-me, eu mostro-to o povo de Eyliam.


Liliane não entendou o que se passara no meio daquele monte mas a sorte tinha-lhe sorrido. Seguindo o homem começou a descer até aos luxuosos vales onde um rio corria no meio de uma luxuriante floresta.


Fora precisamente por causa das florestas que tinha decidido subir ao monte, estava farta de troncos de arvores. Porem dessa vez estava um tanto ou quanto ansiosa por ir encontrar um povo estranho e que ninguem tinha encontrado durante tanto tempo.


O homem encaminhou-se para a parte mais densa e negra. O rio porem parecia ter luz propria reflectindo a lua que entretanto se tinha erguido.


Pouco tempo depois começou a ver casas. Casas simples ligadas cada uma à natureza. Viu aqui e ali pequenos pares de olhos a espreitarem e a olharem com curiosidade para os vizitantes.


O velho parecia não ter reparado e encaminhou-se para a casa maior que parecia um salão. Liliane começou a sentir-se nervosa. As altas portas de madeira abriram-se revelando um circulo de pessoas a falarem sobre algo.


Eram pessoas estranhas, cada uma parecia mais bela que a outra. Tinham um par de orelhas pontiagudas com argolas e outros tipos de brincos. Envergavam mantos magnificos e de todos os tipos de cores.


Havia um homem sentado numa cadeira de espaldar alto, Liliane presumiu que fosse o chefe daquele povo e por isso fez uma vénia. Permaneceu assim quieta e silenciosa sem saber o que mais fazer ou dizer.


O homem levantou-se e dirigiu-se a ela colocando uma das suas delicadas mãos no ombro de Liliane. Parecia que estava a dizer para ela se levantar. Percebeu então que estava na presença dos ultimos elfos daquele mundo passado.


- Tu és uma dos jovens da profecia. Liliane a que tem o poder e a maldição da escuridão.



Liliane estava espantada com o conhecimento daquele homem. Como é que ele sabia acerca do futuro? Parecia ter um olhar yão paternal que se sentiu logo reconfortada. Sabia que tinha uma maldição, as histórias sobre a batalha que se avisinhavam assim o contavam, que antes que a escuridão fosse derrotada profetizara que uma ia nascer com os seus poderes, mas que para isso tinha de matar.


- Eu sou Kian rei e senhor do povo de Eyliam. Bem vinda. Posso saber o que te trás até nós?


- Está a acontecer uma batalha entre a luz e a escuridão, a primeira delas, precisamos de ajuda.


- No entanto vieste tu. Podia ter vindo outra pessoa qualquer. Porquê


- Li uma história acerca de que podiam remover maldições, e bem fiquei na esperança de que me pudessem ajudar.


- Sabes, estavamos ansiosos que viesses, claro que vamos remover essa tua maldição mas para isso vais ter de dar algo em troca. Algo que tenha o mesmo preço da tua maldição. E depois disso vais ter que ficar aqui a treinar algum tempo antes de ires para o campo de batalha.


Liliane pensou. Que mais tinha ela para dar. Não podia dar a sua alma pois há muito que a tinha dado para conseguir matar a escuridão. Tinha que pensar nisso. E depois havia o treino, ia ficar mesmo em cima da hora de começar a batalha.


Aceitou mesmo assim a oferta que ele estava a propor. Falaram sobre a ajuda que seria essencial para a batalha e de mais alguns pormenores mas por fim Liliane ficou tão cansada que estava mesmo a fechar os olhos.


- Valye - chamou o rei Kian. Surgiu uma rapariga mais ao menos da mesma idade de Liliane com um vestido verde - guia a nossa convidada para um quarto. Amanhã voltamos a reunirmos para falarmos melhor acerca de ti. Está descansada com os outros, nos vamos ajuda-los de uma maneira ou de outra.


Liliane agradeceu e seguiu a rapariga. Aquilo afinal era um palácio e não apenas um salão. Os corredores todos em madeira davam a impressão de estarem a andar no meio do tronco de uma enorme arvore.


Chegou ao seu quarto. Como era de esperar a mobilia era feita de madeira negra. A colcha da cama era branca e a janela mostrava o vale todo e o céu estrelado.


- Amanhã chamo-a para se encontrar com Kian.


- Obrigada Valye.


Agora sozinha no quarto, sentia que a batalha ia ser dura e temia que os seus amigos não conseguissem aguenta-la. Mas sentiu também algo que há já algum tempo não sentia, medo. Tinha medo de muita coisa, tinha medo do que era, do que vinha, do que mais tinha que sacrificar para manter o equilibrio dentro de si e em seu redor.


"Quem me dera voltar ao tempo em que todos pertencemos realmente" suspirou pensando na sua casa e na vida que tinha antes de tudo aquilo lhes acontecer.



Nicleido já estava cansado de cavalgar quase dia e noite parando apenas para os cavalos não morrerem de exaustão. Ele, Aran, Siena e talvez até Miliane.


Invejava agora não terem todos à procura daquele povo e deixar a tarefa de ir para o campo de batalha com os antigos guardiães. Pois esses pareciam estar na maior, sem se queixarem e sem se preocuparem muito.


Miliane agora andava muito com Natanael de modo que também não dava conta do pessimismo em que o grupo andava. Por isso foi sem grande entusiasmo que começou a cavalgar por mais um dia.


Siena passado pouco tempo abriu muito os olhos como se não estivesse a acreditar naquilo que via.


- O que se passa Siena? - perguntou Aran


- Nunca vi uma clareira tão grande. - murmurou não querendo acreditar. Os antigos guardiães sorriram-lhes e incentivavam a andarem mais depressa.


Doroteia e Helidoro também avançaram mais depressa, nunca tinham viajado para tão longe da cidade das ilusoes, por isso aquele mundo era tão novo como para os nossos amigos.


Depressa chegaram ao local onde toda a acção se ia passar. Era uma clareira enorme, sem arvores e de terra batida. De um lado estavam tendas com todas as cores e com estandar-tes a adejarem ao vento. "O nosso acampamento" pensou Miliane. E do outro lado tendas negras.


Parecia que estava tudo calmo mas aqui e ali via-se alguma actividade.


- Bem vindo ao campo de batalha - saudou Gium continuando a andar para a maior tenda que se via destacando-se por ser a unica tenda branca no meio de tantas tão coloridas.


O episodio fica por aqui. Desculpem não ter posto ontem mas não tive tempo.


Espero que gostem

Até sexta ou sabado

Iruvienne