terça-feira, 30 de junho de 2009

Uma historia... a nossa história... magia e imaginação



Oi malta.


Desculpem não ter estado a cumprir os horarios mas é que isto tem andado tão baralhado e tenho estado envolvida em tantos projectos que nem tenho tido muito tempo para vir aqui.


Deixo-vos então o episódio:




Reforços




Liliane apareceu na masmorra com Siena. Tinham sido prudentes o suficiente para por as suas mãos à frente da boca de Alsan para ele não gritar. Ele parecia um tanto ou quanto assustado com tudo aquilo, mas ao ver as caras calmas de Siena e Liliane acalmou-se também.


Quando ele finalmente acalmou retiraram as mãos.


- Onde estamos? - perguntou ele.


- Fala baixo. - replicou Siena retirando uma espada curta e de formato estranho que Liliane arranjara ali - estamos numas masmorras perto do deserto para salvar os nossos amigos e uma rapariga.


Ele arregalou os olhos espantado mas mais espantado ficou quando Liliane lhe entregou uma outra espada muito parecida à de Aran. Quanto a si, não dispensou a criação de uma espada fina e comprida.


Quando passou para uma silenciosa inspecção Siena notou que Liliane parecia diferente.


- Onde está a tua espada?


- Ficou no passado.


Começaram a avançar. Não foi preciso andarem muito quando ouviram uma discussão numas das celas e pelas vozes só podiam ser quem eles procuravam.


- Será que eles nunca estão bem? - perguntou Alsan ainda mirando a espada fazendo com que as raparigas sorrissem. Já estavam habituadas ao temperamento dos seus outros companheiros.


Quando Miliane e os outros as viram chegar calaram-se logo a sorrir. Também repararam numa rapariga de aspecto carrancudo.


- Nós já vos tiramos daí. Siena, queres ter a honra?


- Estás muito bem disposta. - concordou Siena invocando o seu poder da terra para afastar as grades da cela. No entanto eles pareciam estar um pouco reticentes o que surpreendeu Siena e Alsan.


- O que se passa? - perguntou ele, parecia estar ansioso com alguma acção e ainda não tinha visto nenhuma.


- Alguem teu conhecido está cá, Liliane.


Liliane espantou-se, quem é que podia ser?


- Fazemos assim - começou logo ela - Alsan? Tu vens comigo o resto levem a miuda para fora.


A rapariga estranha levantou-se e avançou muito direita para Liliane. Os outros afastaram-se, normalmente não discutiam muito com Liliane uma vez que ela os ajudara mais do que uma vez, mas aquela rapariga iria tentar a sua sorte.


- Ninguém me diz o que devo ou não fazer.


- Ai não? E porquê?


Ailiene estava a ficar zangada e espetou-lhe um dedo como se estivesse a pregar um sermão.


- Ninguém diz a uma princesa o que fazer. Ouviste bem?


Liliane olhou-a nos olhos intimidando-a. Ela afastou-se até bater com as costas em Aran.


- Aran, podes tomar a gentileza de levar a principessa. - gozou ela fazendo Ailiena corar


Aran entrou na brincadeira e fez uma vénia a Liliane e a Siena.


- Com certeza Senhora, terei todo o prazer.


Nicleido ainda não tinha dito nada. Mas quando todos se estavam a ir embora perguntou-lhe se ela iria ficar bem.


- Está descansado, apenas me vou divertir um bocadinho, além de que este jovem quer alguma aventura.


Nic sorriu e avançou com os outros. Já se ouvia o barulho dos seus companheiros a lutarem com os guardas e a tentarem escapar dali. Liliane olhou para Alsan, este parecia pular de pé para pé ansioso.


Recordava-lhe a primeira vez que tinha entrado numa luta a sério, por assim dizer. Mas agora não tinha tempo para aquilo tinha de ir resolver de vez as coisas com o seu conhecido, conhecido esse que mal viu a sua imagem na mente dos seus amigos lhe fez crescer uma ira imensa.


Começou a correr para o interior do edificio. Alsan acompanhava-a sem questionar, mas por vezes era dificil segui-la.


- Para onde vamos?


- Vamos ver um amigo. - respondeu ela com um sorriso estranho na cara fazendo com que Alsan estremecesse e questionasse se tinha sido uma boa ideia ir com ela enquanto os outros fugiam. Afinal o que quera ela fazer de tão importante para alem de escapar?

Liliane começou a ir pelo caminho contrário aos seus amigos com Alsan ao seu encalço. Viu na cara de Alsan aquela ansia que ela também sentira quando primeiro aprendera a pegar numa espada.


- Acalma-te, isto não é algo que depois nos orgulhamos.


Chegaram a uma unica porta. Liliane não se importou e abriu-a, lá dentro estavam alguns guardas a comer e a beber, mas mal viram aquela estranha rapariga de cabelos soltos mas com uma espada na mão pegaram imediatamente nas suas armas.


Alsan queria passar à frente de Liliane, mas ela fez sinal para que não, mas fixou alarmado quando viu eles a avançarem para ela e ela sem reagir, sem levantar a sua espada.


- Queria falar com o mago - disse Liliane com uma voz calma mas fria.


Os guardas afastaram-se assustados. Alsan não compreendia aquela reacção, mas se ele tivesse visto os seus olhos frios como a morte ou então tivesse sentido aquela pontada de poder negro que ela mandara não se atreveria em questionar-se.


Ela avançou com Alsan atrás dela impressionado. Agora sentia-se mais orgulhoso em te-la como professora. Continuaram a subir, aquilo devia ser uma torre enorme. Mais uma porta, ela atravessou-a sem interromper a sua marcha. Alsan começava a questionar se ela não temia o que estava do outro lado.


Desta vez a sala era muito mais luxuosa e maior. Tinha uma forma retangular e de um lado havia muitas janelas deixando passar um sol radioso. Alsan afastou-se um bocado.


- Não te afastes muito - disse como um sussurro Liliane - e não deixes a guarda em baixo, isto vai ser a tua luta e não minha.


Alsan olhou para ela, compreendeu a grande responsabilidade que ela estava a por sobre os seus ombros, mas pareceu-lhe uma coisa simples.


- Voltamo-nos a ver não é Liliane? - perguntou um homem que estava a olhar lá para fora. Ao ter aquela preocupação com a segurança de Alsan nem sequer tinha visto que por entre aqueles raios de sol que entravam pelas janelas estava um homem.


- Parece que não foi à muito tempo.


- Num entanto foi numa outra era. A era das lendas ou lá como se chamava.


-Desta vez não vou ser eu a lutar contigo mas sim o meu amigo Alsan.


Liliane empurrou Alsan que avançava com a espada erguida mas a tremer como varas verdes. Ela soube que seria um combate perdido, mas foi ao ouvir o riso do mago que ela decidiu tomar alguma atitude.


Avançando também pegou melhor na sua espada fina e afastou Alsan do caminho.


- Mas o que..?


- Vais observar e aprender, isto é algo muito grande para ti, ainda..


Alsan fez uma cara feia mas encostou-se a ver como Liliane e o mago se olhavam. Agora que observava Liliane ela parecia um pouco diferente do que aquela que encontrara lá em sua casa na america.


- As coisas entre nós não ficaram bem esclarecidas como da ultima vez. - disse Liliane


- Nem sequer tivemos oportunidade de lutar.


O mago retirou uma espada e colocou-se em posição de combate, mas Liliane decidiu à ultima da hora testar os seus poderes de Senhora da Escuridão e da Morte. Ao ver ela avançar novamente para Alsan o mago ficou desconcertado.


- Guarda-me a espada, e tudo o que vires fica para ti.


Ele segurou na espada e viu como ela se afastava.


- Então como vais lutar? - perguntou o mago


- És mago não és? Vou mostrar-te quem realmente sou.


Ele avançou com uma esfera de energia em riste, mas viu que Liliane sorriu e invocou o seu poder. Alsan assustou-se quando viu as sombras da sala a alongarem-se e a segurarem o mago pelos pulsos parando-o.


Ele nem soube o que se passou olhando para ela. Viu que Liliane sorria e que os seus olhos transmitiam morte.


- Quem és tu? - perguntou um pouco assustado


Ela segurou com a mão a cara do mago e disse suavemente


- Sou a senhora da escuridão meu querido. Alsan acaba com ele.


Ela virou costas enquanto Alsan avançava tremulo com a espada na mão. Colocou-a debaixo do pescoço e olhou para Liliane. Ela não deveria estar à espera que ele cortasse aquele pescoço. Ela olhava para ele espectante.


- Desculpa Liliane mas não consigo.


Liliane não disse nada. Mas avançou retirando a espada da mão de Alsan e espetou-o no coração do mago fazendo com que o sangue se espalhasse pelo chão. Alsan estava aterrorizado, nunca tinha visto alguem ser morto.


- Isto é um trabalho sujo mas é o que te respera se vieres connosco. Agora vamos embora.


E saiu da sala deixando Alsan plantado a olhar para o sangue no chão.


"será que é isto que eu quero?"








1 comentário:

olímpio disse...

Sim, o olímpio ainda anda por perto, era só para dizer que ainda seigo esta (maravilhosa) hist´roia :D no fim de ler este episodio , lembrei-me de como tudo começou, o nosso blog, e a nossa reacção aos primeiro comentários da tua hisotira e principalmente de como eramos tão unidos para manter este blog em pé, tens nas tuas mãos um dos nossos maiores tesouros (á Liliane, Siena, Nicleidio, Arane, Miliane .. por todos )continua(*)