sábado, 6 de junho de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação


Olá malta


As férias estão aí (pelo menos as minhas) e por isso vou tentar escrever mais do que uma vez por semana, mas nada de promessas porque ainda não sei como vão ser as coisas.

Quanto à história, ando um pouco perdida mas como tudo penso que um dia ou outro vou achar o rumo certo.

Já coloquei o primeiro episodio no outro blogue (ver no meu perfil) espero que gostem.


Um destino a tomar



Tinham passado a noite pelo parque onde momentos antes tiveram a descansar. A verdade é que não dormiram quase nada pois pessoas sem casa estavam quase constantemente a incomoda-los.

Foi então quase com alegria que viram as primeiras luzes da alvorada começando logo a percorrer as ruas de Nova Iorque. Miliane estava estranhamente calada mas seguia de mãos dadas com Natanael.

Aram ficou impressionado com a rapidez com que Natanael e Jolayne se adaptavam a cada situação. No entanto era seu desejo regressar a casa para ver como iam as coisas por lá, o que ele não sabia é que isso era desejo de todos os seus colegas.

- Já que estamos aqui podiamos ir à china town, sempre tive um fascinio em ir lá. - propros Siena. Era de esperar aquele entusiasmo já que ela e os seus familiarem tinham origem na china.

Todos foram fazer esse passeio. Afinal tinham de aproveitar estar em New York.

Quando lá chegaram foi como se tivessem entrado numa china em tamanho reduzido. Estavam todos encantados correndo para as montras das mais variadas lojas. Liliane segurou Miliane pelo braço, queria saber o que se passava com ela.

- O que é que aconteceu? - perguntou seriamente. Miliane fez uma cara um tanto ou quanto preocupada.

- Nós antes de ir para o passado estavamos no deserto. Não saldamos uma divida para com Zinty.

Liliane começou a pensar. Já tinha passado algum tempo, talvez até meses, mas era verdade. Tinham prometido salvar uma rapariga qualquer em troca de informação mas tinha ido ao passado não podendo cumprir aquela promessa.

- Miliane´- chamou ela - está descansada que vai ser a coisa que vamos fazer o mais brevemente possivel, mas entende que primeiro temos que ir a casa ver se ninguem foi procurar-nos lá.

Miliane compreendeu. Foi a partir daí que se pôs mais alegre, sendo novamente a alma do grupo juntamente com Jolayne.

Siena e Nicleido chamavam-nos do alto de umas escadas. Aran e os outros depressa correram para ver a nova descoberta da amiga. Era um templo chinês e parecia que estavam a comemorar algo. Pelo menos via-se todos de kimono festivo e pequenas crianças seguravam balões nas mãos.

Jolayne sorriu e tentou perguntar o que se passava mas a lingua que ela falava não era compreensivel aos demais. Liliane questiou-se então como eles conseguiam comunicar-se entre si.

- O presente aprende com o passado - disse uma voz atrás de si. Viu que era uma rapaz parecido ao elfo que a ajudara no passado - olá

Os outros que o conheceram na batalha também ficaram a olhar para ele.

- Olá. Porque disseste isso? - quis saber Liliane aproximando-se dele.

- Desde pequeno que a minha mãe me dizia que um dia esta frase iria fazer sentido, mas a verdade é que nunca entendi verdadeiramente. Já agora quem são?

- Sou a Liliane e estes são os meus amigos. Jolayne, Natanael, Miliane, Siena, Nicleido e Aran. Viemos dar uma volta.

- Mas hoje é um dia muito importante, vamos a minha casa, vocês precisam de se arranjar para o festival.

- Que festival? - Siena não conseguiu conter-se muito mais.

- Ora essa, vêm aqui sem saber do festival. O festival do regresso.

Ficaram a olhar uns para os outros. Aquilo só podia significar alguma coisa, mas não disseram nada. Aquele rapaz já avançava para outras zonas daquela zona para uma zona ainda mais antiga revelando lojas que era verdadeiramente as jóias escondidas do oriente.

Entraram por uma porta e depressa se viram dentro de uma casa mesmo ao estilo chines. Desde as janelas redondas ao bambú. Uma mulher, que se apresentou como sendo mãe de Alsan, como o rapaz se chamava, ao saber que não tinham para onde ir, ofereceu-se para o acomodar ali.

Depois de pedir a Alsan para ajudar os rapazes a mudar de roupa, puxou pelas raparigas para o seu quarto. Estava lá uma mulher mais velha que abriu a boca ao vê-los entrar.

- Mãe - disse a mãe de Alsan, então aquela velha deveria ser a avó do jovem - estas raparigas e alguns rapazes vão passar alguns dias aqui em casa, seja simpatica.

A mulher levantou-se e pos-se a olhar.

- Vai então, eu arranjo-os para o festival, eles devem estar presentes - disse com uma insinuação na voz. O que teria descoberto aquela senhora só de olhar para elas.

A mãe de Alsan saiu um tanto ou quanto espantada com a atitude daquela velha. Quando fechou a porta atrás de si apenas o silencio reinou lá dentro.

- Com que então o jogo começou - resmungou a velha - e como sempre vocês regressaram ao ponto de inicio para percorrer o longo caminho.

- O que quer dizer? - perguntou Jolayne. Liliane e as outras interrogaram-se a velha tinha compreendido. Pelos visto compreendera porque lhe respondera na mesma lingua.

- Minha filha, eu sou mais velha do que aparento. Já cá andava quando o jogo anterior começou, tão velha que ainda me lembro do primeiro festival que se realizou aqui. O festival do regresso.

Levantou-se e começou a retirar umas caixas empoeiradas de um armário atrás dela.

- Chamava-se assim porque foi a altura em que cada um dos guardiães regressava da sua missão. Mas isso foi à muito tempo.

Empurrou na direcção de cada uma uma caixa. Cada uma abriu revelando uns kimonos luxuosos da mais pura seda oriental. Aquela generosidade era demais. Quando olharam para a velha viram-na a fazer uma vénia.

- É uma honra servir os guardiães uma vez mais.


Alsan falava com os rapazes sobre o festival e sobre o que se fazia nele. Falava por vezes no que se passava pelo mundo mas não muito. Nicleido e Aran falavam do lugar de onde tinham vindo antes da viagem ao passado. Natanael falava pouco preferindo manter-se no silencio mas ouvia tudo atentamente.

Quando já estavam prontos sairam viram que as raparigas estavam a beber chá com uma senhora muito velha e que sorria muito.

- Avó! - exclamou espantado Alsan - o que... como... porquê?

- Bem meu neto, alguma vez tinha que sair daquele quarto alem disso é um bom dia para ir a um festival.

- A minha avó raramente sai do seu quarto - sussurrou Alsan aos seus novos companheiros

Natanael, só tinha olhos para a sua Miliane. Ela vestia um kimono azul escuro com pequenos bordados prateados. O seu cabelo loiro estava penteado num penteado elaborado deixando o seu pescoço todo à mostra.

Só quando puxaram pelo seu braço é que reparou que a maioria já estava a ir para a rua. Reparou nas outras raparigas. Os seus kimonos eram também bastantes luxuosos, não se comparavam em nada aqueles que envergaram momentos antes em várias ocasiões.

As pessoas na rua afastavam-se admiradas não só por aqueles trajes mas pela anciã que seguia na frente. Ao chegarem ao templo ela mirou os que estavam presentes. As lanternas já estavam acesas e depressa a noite deveria chegar.

- Meus companheiros - disse ela de forma bem audivel - aqui estou de novo para abrir este festival. Temos como convidados os guardiães que regressaram de mais uma missão, peço que lhes dêem as boas vindas.

Todos aplaudiram. A anciã abraçou-os e sussurrou-lhes ao ouvido.

- Não se preocupem, eles pensam que isto é uma ensenação uma vez que fazemos isto todos os anos. Agora divirtam-se.

A velha afastou-se deixando-os ali a ver as festividades. Alsan depressa os levou para longe daquelas confusões para a parte detrás do templo. Ali havia um lugar de calma, um lago onde a lua prateada estava reflectida e arvores de bambú o circundavam.

Eles aproximaram-se do lago. Viram então algo de estranho na superficie do lago parecendo a batalha que eles tinham presenciado à uns dias.

- Parece que o portal voltou a abrir-se aqui. - sussurrou Liliane com pena. Não queria separar -se dos seus amigos, Natanael e Jolayne. Alsan estava em silêncio olhando para eles com espanto. Não queria intrometer-se.

- Está na altura de escolherem se querem ficar ou se querem voltar para o vosso tempo.

Jolayne e Natanael entreolharam-se e Jolayne deu um passo em frente.

- Gostei muito de conhecer-vos mas ser a unica aqui não me parece a minha melhor escolha. Vou voltar para casa.

Olhanto-os saltou para aquela janela do passado desaparecendo. Natanael sentiu-se só, mas não queria ir sozinho.

- Miliane, eu amo-te muito, queres vir comigo? - perguntou ele.

Miliane corou muito e segurou-lhe na mão.

- Gostava muito ir, mas não posso, não os posso deixar sozinhos - disse referindo-se ao seus outros amigos e guardiães.

- Compreendo, mas nunca te esqueças de mim. Para dizer a verdade, acho que também estou neste mundo, só tens de me encontrar, novamente.

Miliane sentiu que as lágrimas começavam a rolar pela sua face. Natanael fez então uma coisa que nunca se tinha atrevido antes, beijou-a.

- Então adeus. - disse saltando para a janela.

Todos ficaram ali a olhar para o lago negro onde os seus colegas tinham regressado para as suas respectivas casas. Percebiam que agora tinham alguma calma e que nada seria tão repentino como no passado, mas o tempo tinha colocado os seus jogadores mais austuciosos.

- Vamos regressar a casa dentro em breve, mas primeiro temos que descansar.

- Alsan queres vir connosco? - perguntou repentinamente Siena.

Todos se riram incluindo Alsan. Aquela pergunta não era para ser feita naquela altura. Estavam a meio de um festival e cansados.

- Vamos mas é divertir um pouco mais, amanhã perguntas outra vez. - aconselhou Nicleido voltando para o festival. Onde a praça em frente ao templo estava iluminada por centenas de lanternas e tradicionais dragões dançavam no meio da praça.

Siena e Miliane não aguentaram aquele apelo de festa e puxandoa mão de Alsan foram todos dançar para o meio da praça.

- Onde está Liliane? - perguntou Nicleido a Aran no meio da dança reparando na ausencia da amiga.

- Acho que ficou lá.


Liliane estava a olhar para o lago pensativa. Com a mão criou uma flor de lotus e pousou-a com cuidado a flutuar no lago. Sentia-se um tanto ou quanto deslocada.

- Vai e ilumina o caminho dos escolhidos.

"Será que alguem me espera também?"


O episodio fica por aqui. Deixo a pensar se existe alguem a pensar também em Liliane e se sim quem.

Espero que gostem

Até sexta ou sábado

Iruvienne











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