sábado, 22 de novembro de 2008

Uma história...A nossa História...Magia e Imaginação

Olá pessoal


Quero começar por agradecer a todos os que seguem a história e aos comentadores e amigos que me dão o alento e a capacidade de continuar a escrever e me lembram de coisas que já me quesci (obrigada por me lembrarem dos pais e professores, esqueci completamente essa parte).


Bem mais algumas notas que eu me lembre estão no final, vamos mas é a história que é isso que interessa.





Os nossos amigos estavam agora mais esclarecidos sobre o que era o Guik Jiam através da conversa com a especie de espirito de Galbierena. Liliane não se sabe bem porquê (ponto de vista do grupo pois nós sabemos bem porquê) fugiu a correr mal viu a figura da sua ex-rival.


O avô de Nic tem uma conversa estranha com alguem. Quem será esse alguem?





A verdade de Liliane


Uma partida




O dia amaneceu um tanto ou quanto chuvoso naquela cidade eterna. Os quatro amigos já estavam levantados mas preocupados pois não sabiam aonde a sua amiga Liliane tinha passado a noite.

- Temos que dividirmo-nos e ir procura-la. - sugeriu Aran

- Aquela miuda só nos dá é problemas. - resmungou Siena. - eu digo-vos mais, ela está muito diferente desde que voltou dos estudos.

- Não foi a unica, tu que nunca resmungavas e que só sugerias coisas estás neste momento a comportar-te como Aran - reconheceu Nic fazendo enruburizar Siena.

Estavam todos já prontos para se irem embora da casa de Giudito com umas capas impermeaveis que acharam bem no fundo das suas malas quando ouviram barulho de passos vindos do corredor.

A pessoa de quem eles mais queriam passar despercebidos apareceu mesmo à sua frente com uma caneca de chocolate quente fumegante nas mãos. Usava um robo roxo e notava-se pelos seus olhos que não tinha dormido mais do que eles.

- Aonde vão tão matutinamente? - perguntou ele meio desconfiado. Eles olharam um tanto ou quanto repticentes uns para os outros e Miliane tomou conta da situação.

- Então mas o que isto senhor Giudito? Nunca ouviu dizer que as gotas de chuva da manhã são magicas para a inspiração?

O avô olhou espantado para ela e recuou como se tivesse sido picado por uma abelha. Eles aproveitaram aquela reacção para se poderem escapar. Ao chegarem à rua felicitaram Miliane por aquela desculpa e aconchegando-se melhor nas suas capas separaram-se.

Andar sozinhos pelas ruas daquela enorme capital não os assustava, estavam diferentes, sentiam-se como se pudessem mudar o destino, mal sabiam eles a veracidade dos seus pensamentos.

Miliane caminhava em direcção à pequena cidade do Vaticano, estava um tanto ou quanto ceptica de ir encontrar Liliane ali, não fazia o seu género no entanto era um caminho a ir.

Olhou em redor. No meio daquela rua estreita apenas iluminada pela pequena claridade do sol filtrada atraves das nuvens escuras sentia-se um bocado sozinha, sentia falta da alegria dos tempos em que vivia na sua casinha e que se escapava de noite para perto do povo Vierno, povo de alegria e música, dos seus amigos...

Foi de encontro a uma outra pessoa com uma capa. Pediu desculpas imediatamente só depois é que se lembrou que ali não se falava português mas sim italiano. Ia para repetir em inglês lingua universal, quando reparou que conhecia aquele rapaz.

O seu amigo do povo de Vierno, Lionel (**não me lembro como se chamava por isso este é o novo nome dele, amigo de Miliane que lhe deu as chaves com o chefe do acampamento de Vierno, primeiros episódios**) .

- Lionel! O que fazes aqui? - perguntou um pouco surpreendida. Abraçando o seu amigo.

- Miliane? És tu? O que fazes aqui? - perguntou ele um tanto ou quanto surpreendido.

- É uma longa história, vou ao Vaticano à procura de uma amiga, queres vir? - perguntou de repente Miliane, não era nada de mau ter alguma companhia naquele dia sombriu.

Lionel aceitou.

Pelo caminho conversaram sobre a tradição de lua de Yena a quem o povo Vierno prestavam a sua homenagem, contou-lhe as aventuras que vivera com o seu povo. Por sua vez Miliane contou-lhe as aventuras que vivera com aquele pequeno presente daquele estranho povo, as chave dos mundos.

- então sempre conseguiste encontrar o teu lugar no mundo. - afirmou Lionel um tanto ou quanto feliz pela sua amiga.

- nem por isso, sei que tenho um papel importante nesta trama mas por vezes gostava que isto nunca me tivesse acontecido.

- nós sabemos um pouco sobre isso, vem ter conosco e trás os teus amigos, temos que falar sobre isso.

Ela ficou a olhar para ele. Aqueles olhos castanhos estavam diferentes. Algo tinha acontecido, já não tinha a mesma alegria nos olhos, a mesma animosidade, algo tinha acontecido. Pararam ao pé do rio. A chova caia agora acompanhada por vento.

Ela olhou directamente para ele.

- O que se passou Lionel? - perguntou ela directamente. Agora tinha a certeza de que tinha algo haver com o problema que afectava o mundo, um problema que se tecia à volta deles, os cinco guardiães como um emaranhado casulo.

Ele olhou-a tambem nos olhos, notou o quanto ela tinha crescido, notou que ela sabia qual era o problema. Soube então quase com a certeza absoluta que ela pertencia a algo.

- Quem és tu? - perguntou Lionel examinando-a bem - quem é essa amiga que andas à procura?

Miliane olhou para o rio estava escuro e a corrente notava-se forte. Sabia que contar tudo a Lionel era um risco mas ela já não estava a aguentar mais.

- Sou Miliane portadora da chaves do mundo, uma dos Guardiães, portadora da chama do espirito e da energia.

Lionel ficou totalmente boquiaberto, uma lenda estava à sua frente. A história já estava a correr

- então tudo começou. Mais uma vez.

Ela afastou-se e ficou de repente zangada, não era aquilo que queria ouvir. Começou a andar para atravessar a ponte, sentiu o capuz da capa a cair mas tambem não se esforçou para voltar a ergue-la.

Sentiu que ele tentava alcança-la a correr.

- O que se passa? Não te queria chatear.

Ela voltou-se furiosissima levantando um dedo espetando-o com força no peito do amigo.

- Tu e todos os outro dizem a mesma coisa, começo a ficar farta. "Começou outra vez" ou talvez "recomeçaram a jogar" o que somos nós então? Peões prestes a ser sacrificados? Vocês não nos conhecem, nem a mim nem aos meus companheiros.

- Conheces realmente os teus companheiros? - disse ele com uma voz grave.

Miliane entendeu então que ele sabe mais sobre eles do os próprios amigos.

- Liliane está ali na cidade do vaticano, mais precisamente dentro daquela igreja, utiliza os teus poderes para conseguires entrar sem seres vista, hoje está fechada ao publico.

Ficou surpreendida com a amabilidade repentida de Lionel. Começou a correr pela avenida. Pelo caminho retirou do seu colar as chaves mágicas. Eram algumas as pessoas que se afastavam do seu caminho ficando a olhar para ela.

Sentia dentro de si que algo de mal se passava. Abriu a porta de luz ali no meio da rua e passou imediatamente por ela.

Notou no meio daquela luz que começava a ficar habituada, que estava completamente encharcada em água. De repente como de costume viu-se no local pretendido. A igreja estava totalmente às escuras. A claridade provinha apenas da abobada e das janela.

Todo os espaço era muito grande e fazia eco dos seus passos. Retratos de santos e anjos pareciam observa-la com espectatica como se algo que ela fizesse pudesse alterar aquela condição de pinturas.

- Liliane? - chamou baixinho, no entanto aquela voz fez um eco estranho aumentando exageradamente de volume.

Um movimento atrás dela chamou-lhe à atenção. Correu pela coxia central e colocou-se à frente do altar. Ouviu algo, um som inesperado, uma voz, uma voz que não era de Liliane a chama-la.

- Quem está aí? - perguntou assustada.

- Também os ouves? - aquela sim era Liliane.

Voltou-se e viu ali a sua amiga, tinha as suas faces cheias de lágrimas. Parecia assustada e ao mesmo tempo muito triste. Ao aproximar-se dela notou que ela tinha um vestido azul fora do vulgar.

- Chamam-se os Conselheiros - anunciou Liliane - pessoas de todo o mundo vêm aqui para rezarem e estas vozes dão orientação para a vida.

- O que se passa Liliane? - perguntou preocupada Miliane sentando-se num banco ali perto.

- Eu tenho-vos mentido, Glabierena e eu fomos amigas durante o nosso treino, notamos que tinhamos coisas em comum e que afinal não era tão má como isso.

- Não gostaste de a ver novamente? Não estava com saudades?

- Não entendes. No final do treino o nosso professor Dyelmo mandou-nos fazer um duelo, um duelo até à morte.

Miliane ficou um tanto ou quanto horrorizada, que professor mandava as suas alunas lutarem até à morte?

- Eu matei-a - confessou Liliane - lembro-me desse dia como se fosse hoje. Senti-me perdida mas depois encontrei-vos e tudo voltou a ser o que era de antes, mas eu preciso de partir.

Ela ficou a olhar para Liliane, não queria que a amiga se fosse embora no entanto sentia que era algo que ela devia fazer, mas tambem deveria contar-lhe algo. Sentiu então uma força algo ali dentro que as movia naquela teia do destino.

De repente começou a trovejar algo que não era nada de bom prenuncio.

- Liliane levanta-te. - ordenou Miliane à amiga que se levantava à sua frente.

Primeiro mirou-a. Aquele vestido azul fazia-a parecer outra pessoal, aqueles olhos liláses brilhavam misteriosamente naquela dia, o cabelo negro que caia pelas suas costas parecia mover-se com uma brisa inexistente transportando consigo uma escuridão estranha.

- Liliane, promete-me que nos voltamos a ver.

- Prometo Miliane, não contes aos outros aquilo que te disse, não ainda. Prometo que voltarei e que vos encontrarei sempre.

Liliane abracou Miliane e voltou-se para se ir embora. Miliane ficou a ve-la abalar. Tinha que ir ter com os outros e dizer-lhes o que Liliane tinha decidido. Tinha de preparar com os seus amigos as questões a colocar ao Povo Vierno acerca do seu futuro.

De repente incentivada pelas vozes misteriosas, os tais Conselheiros, correu em direcção à entrada onde Liliane ainda estava.

- Liliane - gritou - tenho de te contar uma coisa acerca dos teus pais.

Ela voltou-se imediatamente olhando-a um tanto ou quanto na espectativa, demorou um pouco de tempo a perceber o que é que a amiga lhe dizia, foi aí que a agarrou pelos pulsos e exigiu saber quem eram os seus pais.

- Por favor por tudo o que é de mais sagrado diz-me quem são os meus pais? - perguntou Liliane exasperada.

Lá fora a chuva continua a cair, um ou outro trovão dava um efeito um tanto ou quanto terrorifico ao dia. Um dia marcado por encontros e despedidas, descobertas de noticias esperadas e inesperadas.

Duas amigas prestes a separarem-se a esclarecerem todos os segredos entre elas. Um inicio de algo novo, de uma caminhada de descoberta e redescoberta de uma vida vivida na mentira.


Bem por hoje o episódio fica por aqui. Para a proxima vez conto quem são os pais de Liliane e o que o povo de Vierno sabe sobre o grupo.

A imagem é Liliane a ir embora


Espero que gostem

Até sábado

Iruvienne


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