sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Uma historia...a nossa historia...Magia e Imaginação


Olá malta.

Hoje vou vos compensar mas têm que perceber que a minha imaginação esta semana anda como o tempo um tanto ou quanto mole e sem querer trabalhar.


Tentando...


Um começo desastroso


Os quatro amigos estavam agora presos num passado incerto. Aquela floresta a que tinham ido parar era intemporar, por isso não havia nenhum ponto de referencia relativamente à data.

- Penso que ficamos mesmo aqui presos. - disse Aran a certa altura quando a meio da caminhada pela estrada de pó tinham parado para tentarem mais uma vez abrirem um portal.

- Oh! Aran! Tens um sentido tão apurado para comentar o que é obvio! - disse Miliane já irritada. Ela tomava aquilo como insultos pessoais, sabia muito bem que a culta de estarem ali presos era sua e de Siena mas não tinha de ouvir aquilo vezes sem conta do seu amigo.

Os unicos que não se queixavam era Nic, Liliane e Siena. Estavam mais preocupados sobre descobrir onde estavam e o que haviam de fazer para acharem o caminho de volta a casa. Discutiam numa conversa privada nas suas mentes para não chatearem mais Miliane.

"Penso que viemos aqui parar por alguma razão." comentava Liliane acreditando que alguem os levara para lá e os prendera ali.

"Tambem peso assim, mas assim sendo devemos estar à quatrocentos anos atras, talvez até quinhentos" disse Nic

"Esta estrada deve levar a alguma localidade, aí podemos obter alguma informação"

A verdade era que as roupas que levavam não eram adequadas, tinham partido do deserto e agora estavam ali na fria floresta. Apressaram-se imediatamente a invocar roupas mais quentes. Liliane ficou espantada com aquilo, pois não sentia muito frio.

"Siena, acho que pelo que sentes a partir da minha mente sabes o que eu fiz e no que me tornei" disse Liliane erguendo barreiras para ela ser a unica a ouvir aquela frase

"Sei, vou avisando certas coisas para que não descaia a tua mascara, como as diferenças de temperatura, como estás...digamos...adormecida..."

"Obrigada Siena, obrigada mesmo"

A floresta seguia igual. Era chato assim, sempre os mesmos troncos castanhos e os arbustos densos. O leve cheiro humido da terra.

A certa altura Liliane parou e pediu para os outros fazerem o mesmo.

-O que se passa? - perguntou Nic em voz baixa.

- Penso que vem aí alguem.

Era verdade. A uns minutos depois viram como uma pequena carroça chegava. Pertencia a um casal de camponeses e transportavam cestos com frutas.

Para espanto deles a carroça parou.

- Querem boleia amigos? - perguntou o homem com um sorriso na cara. A mulher que ia com ele fez sinal para que subissem para junto dos cestos. Sem hesitar uma segunda pergunta subiu imediatamente.

- Sabem eu não devia fazer isto da maneira como as coisas andam... - começou a conversa

Ficaram um pouco espantados. De que maneira é que as coisas andavam? Liliane e Miliane como eram as mais calmas, encontaram-se junto do banco da frente prontas a ficarem a saber o que se passava.

- Poderiam-nos dizer como andam as coisas? - perguntou Miliane sem pensar um pouco antes. Liliane salvou-a contando logo uma mentira, contou-a com tanta facilidade que até mesmo os seus colegas por momentos acreditaram.

- É que viemos de um país longinquo, e não sabemos nada sobre o que se está a passar.

O agricultor olhou para eles, pareceu acreditar. A mulher entretanto escolhera umas maças e passara-lhes para as mãos. Eram saborosas.

- Bem acontece que estamos a sofrer uma invasão por parte da Escuridão. Andamos cheios de medo pois há traições e atentados por todos os lados.

- A nossa unica esperança são os guardiões. - declarou a mulher sorridente fazendo notar de que lado estava naquela guerra. Liliane fez-se de ingenua para saber mais.

- Quem são eles?

- Já deve ter ouvido sobre os deuses elementares: ar, água, terra, fogo e energia. Bem digamos que esses guardiães são a personificação desses deuses. Ah! Estamos quase a chegar.

Eles tentaram espreitar por cima dos ombros dos condutores da carroça e viram lá no fundo na encosta uma aldeia um tanto ou quanto à mediaval. Notavam que ela estava preparada para enfrentar um confronto grande.

- Esta aldeia é Akym uma das mais importantes do país. Depois desta só a capital bate os recordes de turismo, bem talvez isso fosse antes da guerra.

Passaram por arcos góticos, casas caiadas a branco um pouco sujo. As pessoas que andavam apressadas pelas ruas davam a notar que o preriodo pelo qual estavam a passar não era o melhor.

Numa praça, onde decorria a feira habitual, desceram e agradeceram aos agricultores que seguiram o seu caminho.

"E agora?"

"Sabemos que os guardiães estão neste mundo, devem andar por aqui não?"

"Eu acho que deviamos explorar esta terra, acho que podemos aprender um pouco mais descobrindo" sugeriu Siena ao olhar para uma banca que vendia fitas para o cabelo "já agora Liliane acho que todas nós precisamos de uma fita"

Dirigiram-se à banca e olharam uma senhora muito velha que parecia observar com atenção. Miliane seguiu o seu olhar e viu o anel de Aran a brilhar no seu dedo como alimentado por um fogo misterioso, Liliane tinha o seu colar em forma de dragão a brilhar no seu peito branco, Siena remexia na sua ampulheta para ver se ela funcionava e Nic tinha o seu colar por cima de uma camisa branca. Miliane por fim olhou para si a sua pulseira brilhava também.

"Isto não pode estar a acontecer"

"Já notaste também" respondeu liliane "aqui temos mais poder, por isso os nossos simbolos reagem, deveriamos ter tido mais cuidado"

"Vamos tentar fazer de conta que não vimos nada"

- Desculpe podia dizer-nos quanto custa estas fitas - perguntou Siena

A velha sem dizer nada entregou-as, uma para cada uma das raparigas.

Elas apressaram-se a atar os cabelos, Liliane chegou mesmo a fazer a sua habitual trança que agora lhe chegava quase até aos joelhos.

- Vocês....vocês não são....não podem ser os guardiões, eles estão na capital e quase nunca saiem sozinhos, não...

Aquilo tinha chamado à atenção da população que começava a juntar-se

- Acho que é o melhor sair daqui - sugeriu em voz baixa Aran.

- Lá estas tu com a mania de constatar o obvio.

Começaram a correr para a saida da aldeia mas depararam-se com um beco. Quando se preparavam para dar meia volta e começar a correr por outro lado chegaram os guardas.

Liliane puxou pela sua espada que ali parecia brilhar no escuro. Os outros meteram-se imediatamente longe dela para Liliane ter espaço de atacar.

- Baixa a espada menina, você ainda não tem idade para a manejar, ainda nem sequer saiu das saias de sua mãe - disse o guarda. Para espanto de todos Liliane baixou a espada mas não a embainhou.

- O que quer? - perguntou num tom gelido. Miliane e os outros arrepiaram-se e notaram que as sombras se adensavam um pouco e que um frio anormal preenchia o beco.

- Vocês podem têm de ser presos por ordem do governador.

- Acusação?- os guardas começaram-se a mexer incomodados por algo.

- Imitarem os Guardiões, fazerem-se passar por eles.

Liliane sorriu e aproximou-se dele. Ao ouvido disse-lhe baixinho

- Temes a morte? - perguntou suavemente como um predador alicia a presa.

- Tu é que devias teme-la não eu.

Liliane estalou os dedos e o homem pareceu asfixiar e cair lentamente para o chão.

Juntou-se aos aigo depois.

- Desculpem, não consegui resistir.

- Fizeste bem.

- Não sei se é bom mas eu começo a sentir-me um pouco com sono - disse Aran.

Nic voltou-se imediatamente. Viu um vulto de pé à entrada do beco

"Oh não!"

- O que foi Nicleido? - perguntou Siena enquanto se apoiava já em Miliane.

- Feitiço de sono, quando aplicado só quem o controla o pode retirar.

Todos começaram a sentir o efeito do sono e um a um cairam no chão adormecidos.

"Não são os unicos a poderem usar magis" ainda ouviram nas suas mente.



- Sim mãe, mandou-me chamar? - perguntou Yena no palácio branco da Luz.

- Sim, chamei-te. Tenho uma missão para ti.

- Estou aqui para a servir.

- Passa pela porta do tempo e vai para o tempo em que os guardiães existiram pela ultima vez, para o tempo em que tudo começou.

- Tudo começou? - perguntou um pouco curiosa, ao voltar-se para a sua mãe

- Sim onde houve o primeiro grande jogo, quando o as rivalidades começaram e as profecias foram feitas. Vai à era dos sonhos e das lendas.


Este episódio fica por aqui

Espero que gostem

Até sábado

Iruvienne




sábado, 24 de janeiro de 2009

Uma história...A nossa História...Magia e Imaginação


Olá a todos

Bem a história sofreu uma pequena alteração como viram no episódio passado, não foi bem que eu desejasse mas já estava um bocadinho cansada de a batalha final fosse sempre entre o bem e o mal, não poderiam então ser provocada por outra coisa? Uma traição? Uma descoberta? Qualquer outra coisa?

É verdade que tenho outros planos para as personagens mas também é verdade que na ultima vez o episódio não saiu como eu queria, estava um pouco zangada por isso é que ocorreu tudo um pouco depressa de mais, vou tentar ter um pouco mais de calam e pensar antes de escrever.

Obrigada por terem votado naquilo que queriam ver, vou modelar as minhas ideias (que são muitas) para conseguir escrever algo de acordo com os votos.

Espero que se divirtão.


Uma viagem armadilha



O aparecimento subito de Liliane no meio daquele deserto provocou um alvoroço no acampamento. Apensas os seus quatro amigos é que percebiam o que se passava realmente.

- Voltas-te. - exclamava alegremente Miliane ao mesmo tempo que a abraçava.

- Nunca mais vos deixo, prometo - sussurrou ao ouvido de Miliane, sabia que era ali o seu lugar, sentia isso não queria voltar a deixa-los.

Todos sorriam. Cumprimentou-os a todos e depois foi puxada por Siena e por Miliane para aa suas tendas. Quando lhes perguntou porquê elas disseram que aquele vestido preto todo rasgado e sujo não se adequava à ocasião.

Elas não queriam mostrar mas Liliane conseguia perceber pelas suas caras que escondiam alguma preocupação.

- O que se passa? - perguntou ao mesmo tempo que vestia umas calças a fazerem balão e um top que deixava a barriga à mostra.

- Estás diferente, quando te abracei estava gelada como o gelo. - sussurrou Miliane um pouco envergonhada. Siena também olhava para Liliane à espera de resposta.

- Ouve pequenos imprevistos durante a minha viagem, não se preocupem. Mas e vocês o que andaram a fazer?

Os sorrisos voltaram com a mesma rapidez com que tinham desaparecido. Começaram-lhe a contar sobre o que tinha acontecido quando ela se tinha ido embora, sobre o encontro com o povo Vierno e a descoberta do avõ de Nicleido.

Ela ouvia com atenção. Pararam então um pouco na narração dos acontecimentos e foram-se sentar ao pé da fogueira onde os seus amigos já jantavam. Com eles Liliane esqueceu-se completamente de quem se tornra voltando a ser apenas Liliane, uma rapariga com os seus amigos que vivem aventuras fantásticas.

Também lhe passaram a comida, parecia deliciosa, e não se enganou. Aquela sopa tinha um sabor fantástico e ao mesmo tempo picante. Os seus amigos notavam que algo estava errado mas também eles esconderam esse receio quando a música começou.

A música era ritmada por tambores e por flautas. Depressa aquele povo do deserto que até agora lhes tinham dado privacidade estavam a dançar à volta da fogueira ao ritmo do tambor.

- Sabes nós temos tido um problema a conseguir as respostas para o nosso destino. - admitiu Aran.

- Temos andado à procura de soluções, mas o Zinty o chefe deste povo impôs uma condição para nos revelar o que sabe. - seguiu Nic

- Qual? - perguntou Liliane curiosa

- Uma rapariga qualquer está presa e deviamos ir resgata-la - disse Siena.

- Mas acontece que eu e Siena tivemos outra ideia para conseguir essas respostas.

Com aquela revelação que nem os rapazes estavam à espera deixaram todos de boca aberta.

- E sendo assim, se seguirmos o vosso plano, o que acontece a essa rapariga que deveriamos resgatar?

- Essa ideia ficava suspensa até ao fim do nosso plano, e depois iamos resgata-la.

- E qual é a vossa ideia? - perguntou Aran

- Bem, eu tenho a chave dos mundos, e Siena controla o tempo, se juntarmos os dois poderiamos, talvez, viajar no tempo.

Isso era uma ideia fantástica. Poderiam recuar até ao tempo da ultima grande batalha, falar com os antigos guardiões. Entretanto notaram que os dançarinos faziam sinal para eles se juntarem à festa.

- Eu concordo com vocês - disse Liliane sorrindo - mas agora vou dançar, à já há muito tempo que não danço.

Miliane sorriu ao sentir a deixa para ela a acompanhar. Saltando logo do lugar ela e Liliane juntaram-se aos dançarinos e começaram a dançar pela noite dentro.

"Partimos amanhã logo de madrugada" ouviram Nicleido dizer nas suas mentes enquanto ele e Aran se retiravam para dormir.


Miliane, Siena e Liliane dormiam sossegadas nas suas tendas quando ouviram um barulho do lado de fora.

- Meninas acordem já está na hora. - eram os rapazes já prontos para partirem.

Siena acordou logo seguida de Miliane, Liliane foi um pouco mais dificil de acordar, havia muito que ela já não dormia tão profundamente mas no fim já todos estavam alinhados em frente às dunas com capas pretas pelos ombros.

- Prontos? - perguntou Miliane

Todos assentiram debaixo do capuz da capa. Miliane avançou seguida de Siena. Na chave estava já a ampulheta do tempo. Ela abriu a tão tradicional porta de luz e eles entraram.


Luz...calma...e...


Abriram os olhos. Primeiro pensaram que tinha corrido mal. Afinal aquela floresta era igual à que tinham caminhado à muito tempo perto do tempo do equilibrio, não havia mais nada que denuciasse a viagem no tempo.

- Acho que alguma coisa deve ter corrido mal - queixou-se logo Aran.

- Não - afirmou Liliane avançando - este lugar é num outro tempo mas também não é no nosso mundo, viemos parar a um mundo paralelo.

- Vamos apenas voltar atrás e tentar novamente. - disse Nic voltando-se para Siena e Miliane. Elas estava devolta de qualquer coisa e pareciam estar embrenhadas em algum problema.

- Siena o que se passa? - perguntou Aran temendo algo.

- Não percebo. - murmurou Siena

- Tu não percebes e eu não acredito. A chave não funciona, ficamos presos neste mundo!



Peço desculpa deste episódio ser tão curto mas é que estou limitada de tempo e não posso estar aqui a escrever mais.


Espero que gostem

Até sábado

Iruvienne

domingo, 18 de janeiro de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação


Desculpem só ter posto aqui a história hoje, tenho andado tão atarefada que nem tenho tido tempo para vir aqui. Desculpem mas acho que hoje vou falar mais de Liliane, é que eu sinto-me um pouco mais inspirada para escrever hoje sobre ela do que sobre os outros.

Espero que gostem


Traçando plano

O encontro



Siena estava sozinha com Miliane na tenda. Os rapazes tinham ido com os jovens da tribo para estes lhe ensinarem a utilizar uma arma, talvez uma lança. Elas as duas tinham preferido ficar na tenda a arranjarem-se para a festa de logo à noite e a falarem.

- Sabes estive a pensar numa coisa - começou Siena ao mesmo tempo que punha de lado uma saia laranja e vermelha com muita roda e um top curto laranja um tanto ou quanto arrojado. Miliane ficou a ver o que é que ela escolhia e ficou admirada, Siena nunca tinha sido assim tão... digamos... espevitada. No entanto estava curiosa.

- O quê?

- Bem digamos, que por experiencia, ninguém vai dar informação de livre vontade, certo?

- Sim, aquele sujeito, o tal Zinty, disse que só nos daria informação se nós recuperássemos uma rapariga presa não sei a onde.

- Uma coisa que eu aprendi quando estivemos em Roma - continuando Siena começando se a vestir e sem ligar ao que Miliane dizia - é que nós normalmente aprendemos com o passado.

- O que queres dizer? Ainda não compreendi bem.

- Bem é simples se resultar. Os unicos que podem dar a informação verdadeira do que realmente aconteceu são os proprios guardiães logo se combinarmos o meu poder de recuar no tempo e a tua chave dos mundo poderiamos viajar no tempo.

Miliane ficou de boca aberta, aquilo era uma ideia estupenda. Tinham de ir contar aos outros, se aquilo resultasse podiam descobrir a verdade sobre eles proprios e sobre a sua verdadeira missão.

- Isso seria um máximo, mas acho que deveriamos esperar até que Liliane se junte a nós, seria injusto irmos sem ela.

- Espero que ela esteja bem.

- Também eu espero.


Liliane tinha saido bem cedo da casa da velha. Caminhava agora por entre ervas altas sem se importar de lhe rasgarem um pouco o vestido preto. Estava ciente de que ia fazer algo que lhe mudaria a vida, mas o seu coração dizia-lhe que tinha de fazer algo.

O sol lá no alto parecia menos brilhante, o grande vulcão no meio da ilha, adormecido, pertencia ao deus do fogo. Aquela ilha não era só a ilha dos deuses era a ilha dos elementos. Não sabia muito bem para onde ir mas o vento seu amigo guiava-a.

Ao chegar ao topo de uma encosta parou e sentou-se numa formação rochosa a comer uma maçã. Tinha de se despachar, sentia cada vez mais saudades dos seus amigos e sentia que fazia falta a eles.

Pegando novamente na sua determinação continuou a andar. Achou estranho não ver nem uma pequena criatura nem o mais pequeno animal. Não se deixando intimidar continuou.

A certa altura notou que mesmo as ervas altas iam desaparecendo dando origem a um caminho de pedras. Sem receio continuou a caminhar nele.

De repente ficou espantada. O caminho de pedras dava origem a umas escadas que desciam até às entranhas da terra.

"Que seja este o meu destino"

Retirando das costas a espada que ganhara quando matara alguém de quem gostava e invocando um globo de luz na mão oposta desceu. As escada pareciam nunca mais terem fim. Por vezes ouvia leves murmurios, mas nada que ela se assustasse.

Lembrou-se do tempo em que ela não sabia nada acerca dos guardiães, se nessa altura a ordenassem que entrasse ali, ela afirmaria logo que não. Muita coisa tinha mudado desde então.

No fim das escadas estava um lago trespassado apensa por um raio de luz numa pequena ilha ao meio. Liliane abriu a mente captando vários pensamentos, como se estivesse rodeada de pessoas, mas ouve uma que a abraçou com muita confiança.

"Liliane, em breve estarás junto a mim"

" Como chego a ti?"

No meio da ilha surgiu um cálice de prata com um liquido que ela não via. Andando sobre a água como mais não fosse do que um chão de vidro chegou à ilha e pegou na taça.

"Para chegares até mim, uma vez terás de morrer. Terás de te libertar da tua alma, do teu coração"

Liliane estremeceu. Estava com medo, teria de desistir de tudo, dos seus amigos, do seu sonho, tinha de desistir de si própria.

Tomando uma decisão ela bebeu o cálice todo, sentiu como aquele liquido entrava no seu corpo, como lentamente lhe tirava as energias, como lentamente a escuridão aumentava. Fechou os olhos. Quando os tornou a abrir estava numa sala escura com um trono à sua frente.

- Bem vinda minha filha, ao meu palácio.

Aquela voz! Tinha a certeza de já a ter ouvido, a escuridão! Mas é claro que era a escuridão em pessoa, mas o que aconteceria se... Um plano formou-se na sua cabeça, mal ela sabia que esse plano tinha surgido por influencia da Luz, tando esta a sorrir.

A escuridão aproximou-se e abraçou-a. Sabia bem aquele abraço maternal, mas também saba que havia alguma manha por de trás dele, e isso não se fez esperar. Sentiu um objecto afiado por detrás dela e desviou-se imediatamente. A Escuridão tentara-a matar.

- Agora vais-me explicar para que é que me tentaste matar sabendo que eu sou tua filha. - perguntou Liliane numa voz glacial pegando na sua espada, ali não tinha de esconder aquela fria atitude que escondia dos seus amigos.

- Precisamente. Por seres minha filha herdas-te ainda mais poder que eu és uma ameaça por isso é que trouxe até aqui para te eliminar.

Atacou-a. Mas Liliane também não se fez rogada, desviando-se atacou-a também. Ali estava um duelo que apenas se vê de alguns em algumas centenas de anos.

- Afinal não és tão má assim. Talvez julguei-te mal. - comentava a Escuridão desviando-se à ultima da hosta da espada de Liliane.

- Precisamente. - A escuridão escapara da espada, mas não reparou que na outra mão estava um punhal. por isso quando se desviou teve de lhe voltar costas, erro seu porque Liliane aproveitou essa oportunidade para lhe cravar um punhal de luz nas suas costas.

Um grito foi lançado pela escuridão não entendendo nada. Liliane aproximou-se e sussurrou ao seu ouvido.

- Parece que foi xeque-mate Escuridão.

Escuridão encarou-a e viu nela uma lider muito mais poderosa do que fora. Pela primeira vez desde há milenios sentiu medo.

Liliane por seu turno sentia uma força negra a convergir para si. Era o poder de governanta. Criados e outros acorreram à sala motivados pelo grito da sua soberana, mas apenas encontraram aquela rapariga.

- Quem és tu?

- Liliane, princesa da Escuridão, senhora da morte.

Então desapareceu daquele palácio. Tinha outra missão pela frente, encontrar os seus amigos. Pelo menos seria mais feliz com eles, e podia dizer que a escuridão não os voltava a ameaçar, se bem que viriam outros problemas.

Na ilha sentiu que o seu corpo estava diferente. Afinal tivera de pagar um preço pelo que fizera. A sua pele estava branca e gelada como gelo, o seu coração parecia ter adormecido por tempo indeterminado.

Tinha aparecido mesmo em frente à casa da velha.

- Senhora, vim e fiz o que devia, vou ter com os meus amigos.

A porta abriu-se e a velha assustou-se com o que viu.

- Então voltaste como princesa da escuridão. Então vai, vai e tem atenção com esse poder.

Então Liliane invocando as sombras desapareceu.


Siena e Miliane, juntamente com Nicleido e Aran estavam sentados à volta da fogueira. De vez em quando juntavam-se com aquele povo do deserto e com eles dançavam.

Tinham contado aos rapazes e eles concordaram com a ideia.

- Sabes. tambem gostava que Liliane estivesse aqui a divertir-se connosco. - sussurrou Aran

- Ela vai chegar dentro de poucos minutos. - afirmou Nicleido arrumando as runas de adivinhação no saco.

A verdade é que as sobras condesaram-se e todos os musicos pararam, pareciam persentir que algo se aproximava.

Os quatro levantaram-se para receber a sua amiga. À sua frente surgiu uma sombra e depois de dissipada viram que a sua amiga tinha chegado. Estava a sorrir muito contente.

- Voltei.

Não a deixaram dizer mais nada abraçando-a


O episódio fica por aqui.

Espero que gostem

Até sábado

Iruvienne





sábado, 10 de janeiro de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação

Prontos para mais um ano de aventuras e muita imaginação? Espero que sim porque eu estou super entusiasmada para continuar com esta história. Andei a pensar sobre aquilo que vocês disseram uns dias atrás, acerca de uma deusa ou uma princesa qualquer presa e quando menos esperava surgiu-me uma ideia.


Continuem comigo nesta jornada.





Revendo:


Os nossos quatro amigos tinham chegado ao acampamento do povo do deserto já à noite


Liliane que estava a caminho da ilha dos deuses para esclarecer algumas coisas.





Um deserto das memórias


Uma ilha de professias




Miliane, Aran, Nicleido e Siena já tinham descido dos camelos encontrando-se agora à frente do chefe daquele acampamento.

Encontravam-se um pouco espantados. Como é que aquele senhor sabia quem eles eram só de olhar para eles?

O estranho homem fez sinal para que seguissem atrás dele. Ele dirigia-se a uma tenda muito colorida. Era obvio que queria falar com eles em privado agora sobre o quê isso continuava um mistério.

- Bem devem estar a fazer muitas perguntas, pelo que sinto só daqui a uma eternidade é que sairiamos daqui com elas respondidas.

Quase ninguém prestou atenção ao que ele disse. Estavam todo mais atentos aos pormenores do interior da tenda. Viam-se várias almofadas espalhadas pelo chão em cima de uma carpete que os protegia das areias. Pequenas mesas e baús preenchiam um espaço da tenda e uma pequena salamandra aquecia o ambiente naquela noite gelada do deserto.

O velho deixou-os examinar bem tudo e depois tentou outra vez começar uma conversa.

- Então a escuridão começou a jogar ou têm outra razão de estarem aqui? - perguntou ele novamente deixando desta vez todos a olharem para ele. Aquela conversa de jogos irritava-os.

- Pedimos desculpa mas viemos parar aqui por acidente e depois resolvemos ficar um pouco para explorar.

- Fizeram bem. O deserto tem muitos segredos, segredos que quase ninguém se lembra, mistérios que relembram memorias dos povos anteriores. Por isso é que é chamado o deserto das memorias.

Siena olhou para Miliane, ambas notavam que o deserto afinal até nem tinha sido um mau sitio para irem. Parecia ter muitos misterios, e os misterios nunca vinham só, traziam sempre aventuras.

- Como se chama antes de tudo? - perguntou ainda desconfiado Aran, havia muito que tinha deixado de confiar no primeiro que lhe aparecesse à frente.

- Chamo-me Zinty, sou o sábio deste acampamento. Também conhecido como o guardador das memórias.

- Bem mas como nos reconheceu? Quase ninguém se lembra dos guardiões.

- Sou velho o suficiente para ter falado com os antigos.

Nicleido tentou fazer as contas. O homem que estava à sua frente parecia ter 75 anos mas segundo aquilo que ele contava deveria ter cerca de 450 anos! Era quase impossivel de acreditar.

- Bem devem estar cansados, esta tenda fica para vocês, eu tenho uma já organizada para mim no outro lado do acampamento, durmam bem.

Zinty saiu deixando-os em silêncio.

Sabiam bem que ali não era mais seguro do que de onde tinham fugido.

"Temos que estar atentos" disse Aran na mente de todos. Agora que todos sabiam falar com as mentes excluiam as vozes. Alguem podia-os ouvir do lado de forma.

"Eu achei que temos ainda muita coisa a aprender aqui, mais do que em Roma, no entanto, notei nele uma profunda tristeza" afirmou Siena

"Notaste isso? Eu também notei mas não me apeteceu perguntar sobre o que era."

"Vamos dormir, já é tarde e amanhã temos muita coisa para fazer" sugeriu sensatamente Nicleido, com as mentes ensonadas não se chegava a lado nenhum.

Amanheceu depressa demais naquele local cheio de areia. As raparigas e os rapazes levantaram-se e encontraram roupas novas para eles vestirem-se. As roupas eram essencialmente brancas e muito leves.

Ao sairem para a rua viram que no acampamento todos já haviam disperto e andavam muito atarefados. Crianças corriam atrás de uma bola de trapos, as mulheres vendiam produtos e os homens falavam uns com os outros comentando as coisas do deserto.

Partiram no meio daquele povo à procura de Zinty, queriam respostas. Notaram que havia poucas pessoas vestidas de branco como eles, eram mais de cinzento ou outras cores mais coloridas. Essa diferença faziam as pessoas olharem.

- Sinto-me mal com tanta gente a olhar - confessou Siena continuando timida.

- Então não penses assim, isto deve ter uma explicação qualquer. - acalmou Miliane

- Sim, e eu quero-a ouvir da boca daquele Zinty maluco - resmungou Aran como era seu costume.

Quando iam a chegar ao outro estremos do acampamento encontraram a tenda do sábio. Ele estava à entrada a contar histórias às várias crianças que ali se encontravam aos seus cuidados enquanto os seus pais iam trabalhar.

Parecia que lhe estava a contar uma história de fantasia em que uma princesa se encontrava presa numa terra distante à espera de ser resgatada. Era uma história muito gira até, se não fosse toda inventada.

Assim que viu que eles ali estavam à espera mandou as crianças irem brincar para outro lado.

- Vieram ver-me.

- Sim, já agora gostamos muito da história - sorriu Miliane

- Ia-vos conta-la mais tarde. Esta história é a história de uma rapariga do nosso provo presa pela escuridão. Temos estado à espera dos cinco desde há muito tempo, mas só quatro vieram.

- Então é isso que esperam de nós? - perguntou num tom acusador Aran, mais uma vez estavam a ser usados.

- Não, esperamos que encontrem as respostas que procuram. Já no passado vieram à procura delas.

Os quatro ficaram um pouco espantados, ali estava um pronto a ajuda-los e tudo o que pedia em troca era libertar uma simples rapariga sabe-se lá de onde.

- Já agora porque não participam esta noite na dança do fogo? - perguntou continuando a sorrir.

Descobriram então qual era o poder daquele homem, não era bem poder mas antes simpatia, alegria e confiança que fazia todos seguirem-no e fazerem o que ele queria. Eles deixaram-no e foram-se sentar um pouco mais longo numa duna a olhar para o horizonte.

- Isto está a tornar-se cada vez mais confuso. - disse Nic vendo ao longe uma caravana de camelos a regressar.

Miliane riu-se de repente muito alto o que fez todos olharem para ela.

- O que pensas Miliane? Também nos queremos rir. - queixou-se Aran

- Acho que Liliane faz muita falta aqui para nos guiar do que nos tinhamos apercebido.

- Ela deve estar bem e vai voltar mais cedo do que imaginas. - disse numa voz monotona Siena. Olhando para a primeira estrela do céu. Ia ser outra longa noite.


O comandante avistava a ilha do deuses passando imediatamente a informação a Liliane.

Liliane tinha vestido um vestido vermelho escuro e olhava pacientemente para o capitão. O seu destino estava quase junto dela. Quase nos seus ossos sentia a magia daquele lugar sagrado.

Quando atracaram junto a um pequeno porto o capitão chamou-a para falar com ela.

- Desculpa, mas é que tenho andado quase a noite toda a remoer o porquê de dizeres-me que eu tinha uma filha pura de alma.

Liliane sorriu e pousou as suas mãos nas enormes mãos do capitão.

- Eu queria que você pensasse que tem uma filha muito surtuda por não estar envolvida na malha do destino e que eu não era nada como ela.

- Mas és tão pura como ela, qualquer um que olhe para ti diz isso.

- Mas ao contrario de ela eu já matei, e traí alguém e isso é algo que ninguém deveria ter feito.

Ele tirou as mão das dela e olhou-a espantado. Quase odia ver o que acontecera. Pela primeira vez sentiu muito muito medo.

Liliane dirigiu-se para o interior da ilha. A paisagem era simples. Não havia uma unica arvore, tudo era coberto por arbustos e flores dos mais variados tipos. Um vento forte fazia-se sentir no entanto era acolhedor para Liliane como uma velha amiga que voltava a encontrar.

A ilha tinha vários montes, mas ela dirigia-se para uma pequena casa no fim daquela baía.

Ao chegar lá bateu à porta.

Do outro lado surgiu uma velha que olhou muito espantada para ela.

- Liliane! Há muito que te esperava.

- Quem és tu? - perguntou Liliane, sentia-se um pouco espantada e um pouco desconfiada com aquela senhora toda enrugada e curvada - como me conheces?

- A prometida à escuridão. A profecia era clara, ela renascerá servirá a escuridão não mais a luz. Ainda me lembro do nosso ultimo combate nas planicies do vento.

A velha devia estar doida. Mas continuou a falar enquanto procurava algo no interior da sua casa. Curiosa Liliane entrou, a porta aberta parecia um convite a entrar.

O interior era sobrio, as paredes eram repletas de prateleiras cobertas de livros papeis e utensilios que nem ela sabia muito bem para que serviam.

A velha procurava algo no meio daquela confusão. E no fim pareceu encontrar.

- Isto tem sido guardado para ti.

Liliane abriu a folha mostrando um mapa da ilha e um itinerario marcado.

- Isto aqui assinalado é onde tu deves ir para teres as tuas respostas. Quando conseguires volta aqui. Quero ver-te pela ultima vez talvez e falar um pouco contigo.

- Posso só passar aqui a noite?

A velha abriu muito os olhos, mas fez sinal que sim.


Estava presa naquela cela à muito tempo. O seu vestido verde estava já muito sujo. A cela era imunda e não a protegia nada bem do calor do deserto no pico do dia. Estava ali à quase 2 anos.

Ouviu o trinco da porta a abrir-se. Era o soldado que a guardada que lhe vinha trazer água e libertar por uns bocadinho os pulsos.

- Então? Mais um dia? - disse deixando a bacia com agua junto dela.

- Parece que sim. - respondeu desanimadamente.

O guarda voltou a fechar a porta e ela aproximou-se da água. A ntes de a beber olhou para o seu reflexo. Uma cara estranha com cabelos ruivos e uns olhos verdes desanimados apareceu.

- Só mais um pouco Annya - falou para consigo - só mais um pouco e já te vêem salvar.

Não se lembrava já quando tinha começado com aquela mentira, mas ela dava-lhe coragem para enfrentar mais um dia.


No dalão escuro tudo era preparado. Nunca em mais de 2000 anos o salão da Escuridão estivera tão movimentado do que naqueles dias. A Escuridão essa estava ansiosa com o dia que se aproximava.

No inicio ainda lhe perguntavam para quê tanta azáfama, e ela deixou claro que iam receber uma visita muito importante.

"Daqui a pouco, estarás aqui na palma da minha mão debaixo da minha visão, onde tudo será mais facil" pensava a Escuridão sentada no seu trono "Acabaste de perder uma peça, Luz"


A Luz estava contente, a Escuridão tinha caído na sua armadilha.

"Podes pensar que ganhas-te com aquel amaldição que lançaste à mais de 400 anos, mas eu ainda tenho um trunfo"

O som da sua gargalhada ecoou por todo o salão, uma gargalhada um tanto ou quanto maliciosa que fez com que a sua filha Yena se assustasse e temesse por algo. Sempre que aquilo acontecia algo ia acontecer.

Bem hoje fica por aqui. Não tenho bem a certeza de como ficou mas espero que tenha saido alguma coisa de jeito. Não sabia muito bem o que escrever então para iniciar bem o ano falei um pouco de todos.

Para a proxima semana sai alguma coisa mais bem pensada.

A imagem, foi uma imagem que eu gostei muito, não sei se assenta bem no contexto da história, mas pronto. Interpretem à vossa maneira, pode ser Liliane na baía a caminha da casa da velha como pode ser qualquer um dos outros no deserto (ou Siena ou Miliane).

Espero que mesmo assim gostem

Até sábado

Iruvienne