quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Uma história...A nossa História...Magia e Imaginação


Peço imensa desculpa por não ter escrito na segunda feira, esta coisa de começo de aulas ir aqui ir ali buscar os livros, ir á escola dá cabo do meu tempo livre.

Agora só vou ter tempo de escrever uma vez por semana, e isso vai depender o tempo livre da escola, mas eu aviso para quando vai ser esse dia, quando tiver o horário, se não tiver tempo livre vai ter de ser a um sábado ou domingo.

Então agora é a vez de Liliane


Têm de aprender a ocultar os sentimentos

A serem frias



Liliane meditava sentada em cima de uma rocha. Tinha chegado aquela montanha fria e cheia de rochas só com uma especie de fortaleza de pedra onde ela e Galbierena tinham um quarto.

Tinham de fazer aquele exercicio pois segundo o Professor chamado Dyelno conseguiam unir o espirito à espada. Ela tinha prática de anos a fio a lutar e a treinar com o seu pai, mas faltava-lhe algo mais, algo que lhe desse sentido á vida.

- Ainda não conseguiste Liliane? - perguntava Galbierena.

Ela abriu os olhos fitou-a. Tambem a sua inimiga havia mudado, tinha deixado de ser arrogante, bem...menos do que o habitual, tomando agora duro o treino, pois queria superar Liliane.

Tornara-se um pouco mais amavel, coisa que Liliane desconhecia nela.

- Já no entanto isto mantem-me calma. - respondeu com sinceridade.

-Vamos o mestre quer falar connosco.

Liliane levantou-se e seguiu-a pela fortaleza.

A primeira vez que a viu sentiu-se um tanto ou quanto desprotegida, ali no topo de uma montanha árida sem uma unica árvore, mas os dias começaram a passar e o comodismo do interior começou a achar que ali, no fim do mundo tambem havia uma beleza que necessitava de ser admirada.

O mestre como sempre aguardava-as no pátio interior. Ao seu lado estavam duas gazelas acabadas de apanhar. Debatiam-se com todas as forças contra as cordas que as aprisionavam. Tanto Galbierena com Liliane não sabiam qual seria a funcionalidade delas, mas tinham aprendido a esperar o inesperado.

- O vosso treino tem de evoluir, aindo acho que estão muito mansas, eu quero-as duras, rápidas e mortiferas tal pesadelo num sonho. Hoje o vosso treino vai ser mais duro.

Tanto Liliane como Galbierena ficaram confusas. Viram como Dyelno soltava aqueles animais e como eles fugiam pelas escarpas da montanhas atraves de uma porta.

- A vossa missão de hoje é trazerem-me as cabeças dos animais.

Elas deviam ter feito uma expressão de horror pois o Mestre logo a seguir deu uma longa reprimenda sobre o que é o dever de cumprir todas as missões sem nunca se mostrar arrependido ou que não lhe apetece, etc. etc...

Acabanco com algo assim:

- Vocês têm de aprender a esconder as vossas emoções pois numa situação perigosa elas podem denunciar-vos, ou então esqueção os sentimentos tornem-se frias.

Elas assentiram. Cada uma correu para o seu quarto pegaram numa capa, na sua espada de treino e numa mochila onde tinham algumas setas, o arco ia na mão.

Juntaram-se as duas no portão.

- Pronta? - perguntou Liliane com uma sorriso. A cara de Galbierena estava verde, não sabia se de medo por andar sozinha pela montanha ou enojada com a missão.

- Quem chegar primeiro ganha. - murmurou ela. Temia que se abrisse demasiado vomitasse.

Liliane viu Galbierena a afastar-se saltitando de rocha em rocha, mas ela nem se mexeu estava à espera de um amigo de um aliado. Ele não se fez rogado e passado um bocado um vento veio de encontro a ela trazendo os mais diferente odores.

Soube para onde se dirigia Galbierena e sube onde se dirigia a segunda gazela. Com aquela nova informação tambem ela partiu em sentido oposto ao da sua inimiga.

Ali ninguem conseguia iguala-la a saltar, parecia voar com a capa a ondular atrás de si. Ela não sentia medo como Galbierena ou os demais ao deparar-se com um fundão de vários metros entre as rochas.

O dia estava especialmente quente e Liliane começava a sentir os seus efeitos. Parou por um momento para beber água. Agradeceu ao céus por lhe lembrarem de levar água. E continuou. No entanto pelo caminho pensou no que o mestre lhe havia dito "tens de ser fria"

"Tens de ser fria, sim isso é muito facil de dizer" pensava Liliane "gostava de te ver quando eras mais novo"

Quando se apercebeu onde estava parou. Mais à frente estava um planalto cheio de erva, e lá estava a sua gazela a pastar calmamente pensando que despistara o seu perseguidor.

Pegou no seu arco e retirou uma flecha. Sentiu-se estranha a pegar naquele arco simples. Sentia que não se adequava a ela, aquele arco era rude feito de uma madeira qualquer, sem nada que o identificasse.

"Bem é só o que tenho de momento"

Fazendo alvo o pescoço da gazela, lançou.

Foi tiro certeiro, a gazelo morreu num repente e sem muito sangue, porem não era ao corpo que Dyelno queria, era só à cabeça, compreendeu porque é que ele queria fazer aquilo.

- Devemos esconder as emoções não é? - falando para ninguem.

Pegou na espada, era diferente tambem, quando acabasse o treino iria arranjar uma que se adequasse a ela. Ergueu-a e com um só golpe cortou a cabeça.

- Não é assim tão dificil. - concordou ela retirando um saco opaco da mochila e colocando a cabeça lá dentro.

Sentia lá no fundo do seu cérebro algo diferente, um sentimento diferente, no entanto fechou-o à chave para só se abrisse quando estivesse sozinha.

Regressou. O sol já se estava a por. Pelo caminho encontrou Galbierena, trazia tambem o saco preto na mão, no entanto ninhuma das duas falou, apenas trocaram um aceno de cabeça o que para as duas significava "missão cumprida".

O mestre estava à sua espera no mesmo sitio com uma almofada roxa ao seu lado, ninhuma compreendeu o que estava em cima dela.

- Vejo que regressaram e cumpriram a vossa missão.

- Sim mestre.

o mestre voltou costas e retirou da almofada dois conjuntos de dous guizos com um fio e uma argola para pendurarem onde desejarem.

- Estes são os guizos da sorte. Podem ser um simples adereço mas são uteis, com o tempo descobriram o quando é a recompensa por esta missão.

- Obrigado mestre.

- Agora retirem-se.

As duas foram juntas para a mesma rocha onde de manhã Liliane estiveram. Nenhuma falou por um momento até que Liliane quebrou o silencio segurando os guizos ao nivel dos olhos.

- Não foi o mesmo que imaginamos que seria, este treino.

- Pois não.

- Parece que vamos ter de nos unir para conseguirmos superar isto psicologicamente.

- Vamos fazer tréguas.

- Sim.

Cada uma ali derramou lágrimas e partilhou sorrisos. Ali naquela pedra formou-se uma especie de aliança temporaria, no entanto não sabiam o quanto mudadas iriam sair dali. O quanto diferentes iriam enfrentar novamente a sociedade.


O episódio fica por aqui.

Não sei se na proxima segunda vou ter tempo para escrever. Digo o novo horario para a proxima semana.

Enviem comentários para o e-mail magia.imaginacao@sapo.pt


Como pensam que seram os nossos cinco amigos depois dos treinos?


Espero que gostem

Iruvienne

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