sábado, 18 de outubro de 2008

Uma historia...a nossa historia...Magia e Imaginação


Olá pessoal.

Antes de tudo desejo boa sorte e felicidades a quem anda a estudar e quem conseguiu entrar para a universidade (ainda me faltam uns aninhos)

Eu tambem n tou com muito tempo para vir aqui escrever mas vou tentando fazer os possiveis para vir aqui todos os sábados.

O blog agora é oficialmente meu, se acharem que tá mal eu mudo de aparencia, vou tentar.

Bem n vou chatear mais divirtam-se com a historia.


Como tornar-se fria

A fuga decidida



Liliane bem tentava fazer o que o mestre queria que ela fizesse, no entanto não conseguia esconder as suas emoções. Aquele castelo estava a sufoca-la, sentia que nunca mais iria conseguir fugir dali.

Galbierena pensava o mesmo, estava a ficar ainda mais chata do que antes sempre a queixar-se de tudo. As aulas mesmo assim avançavam normalmente.

Chegara o dia da surpresa do mestre, as duas colegas até se arrepiavam de pensar o que seria, mas como ele repetia sempre "devemos enfrentar as situações com cabeça erguida"

Com os seus vestidos azuis de estudo foram ao salão ter com o mestre. Ele esperava-as com um sorriso no rosto.

"Mau, vem aí coisa má" pensou Liliane

Pararam a uma distancia prudente.

- Boa tarde, minhas alunas. - dizia o professor bem humorado - como estamos quase a completar o treino e eu quase a dar-vos a espada definitiva, temos de começar a preparar o espirito.

- Preparar o espirito? Ainda mais do que temos andado a fazer até aqui? - perguntava incredula Galbierena.

Liliane olhava tanto para Galbierena como para o mestre, continuava a ter a sensação de que não ia gostar nada das provações do mestre.

- Para já quero apenas que venham comigo.

Galbierena e Liliane caminharam atras do mestre para uma ala da fortaleza onde ainda não tinham ido. Parecia mais dedicada ao estudo das forças ocultas e magia proibidas. Viam-se retratos de pessoas com caras malevolas e animais embalsamados de todas as especies.

Pararam em frente de umas enormes portas azuis, como quase tudo ali.

- Conhecer-se a si próprio até ao recanto mais profundo da nossa alma pode ser uma coisa que nos modifica, no entanto tambem nos dá mais poder.

- O que quer dizer com isso? - perguntou Liliane com a sua voz limpida pela primeira vez.

- Atras destas portas está o lago da alma ou o espelho da alma.

Ambas se assustaram pois perceberam o que estavam prestes a fazer.

- Uma de vós vai entrar, e depois a sair. Apenas peço a quem tiver coragem.

- Eu posso ser a primeira - respondeu de imediato Galbierena.

Ela avançou decidida para a porta e empurrou-a, lá de dentro apenas se via escuro. Galbierena começou a ficar receosa e olhou uma ultima vez para Liliane, ela teve uma pontada de pena mas fez-lhe um sinal de coragem.

A porta fechou-se.

O seu professor sentou-se como se já estivesse muito cansado no entanto Liliane continuou de pé imovel, uma habilidade que até o professor elogiava.

Passado meia hora Galbierena voltou muito chorosa e a tremer muito, como se tivesse visto o pior dos seus pesadelos.

- Liliane não vás, é demasiado - dizia Galbierena chorando e abraçando-se à sua amiga

Liliane não disse nada. Apenas se separou dela e seguiu para a porta. Podia ser demasiado, no entanto ela tinha de saber.

O mestre olhava aprovadoramente. Abrindo a porta entrou.

Lá dentro tudo era banhado por uma luz matina. Um lago de água cristalina ocupava quase toda a sala. Ela mergulhou ouvindo apenas o seu corpo a entrar na água, ela estava gelada.

Não sabia muito bem o que fazer, esperou olhando para todos os lado. Onde deveria ver a sua alma? Passado pouco tempo, vindo de nenhures, apareceu uma especie de névoa cinzenta, formando uma imagem à sua frente.

A imagem de um pequeno dragão azul surgiu.

"Olá" disse ele numa voz cristalina e perigosa como gelo.

"Tu és a minha alma?"

"Sou."

"És lindo"

"Tem cuidado, linda por fora mas perigosa por dentro. Já te esqueceste das garras e do fogo interior?"

" Tens razão"

"Vejo-te preocupada pelos teus amigos, não te preocupes eles vêm amanhã à noite, mas já estaras diferente"

Liliane ficou espantada perante a sua alma, ela parecia mais velha do que realmente o corpo era, mais sábia, alem disso, sabia mais sobre o futuro do que na realidade.

"Agora vai, até a uma proxima vez"

O dragão desapareceu no mesmo nevoeiro estranho, e Liliane saiu do lago para o corredor onde Galbierena e o professor aguardavam.

Ninguem se prenunciou. Galbierena olhava assustada para ela e o professor um tanto ou quanto admirado.

- Então? - perguntou ele

- Fui e vim - respostas aprendidas ao ongo daquele tempo de treino - falei com a minha alma, aprendi.

- Optimo. Agora estão prontas para o teste final. Venham.

Liliane caminhou desta vez ao lado de Galbierena mas sem nunca olhar para ela, sentia-se mais distante dos problemas mundanos do que quando entrara por aquela porta azul.

Caminhavam em silencio ao longo daqueles aterradores corredores. Chegaram desta vez a umas portas pretas com relevos prateados. O professor entrou seguido pelas suas duas alunas.

Era uma arena de terra batida. Uma espada branca brilhante reluzia num podio onde supostamente estava a bancada do professor. Nenhuma das duas percebia aquilo.

- Mestre, o que viemos exactamente aqui fazer? - perguntou Liliane agora realmente assustada.

- Vão lutar uma contra a outra até a morte.

Demoraram um pouco a reagir, até que recuaram assustadas. O professor lá ia sentando-se confortavelmente.

- Isso mesmo, quem ganhar fica graduado e ganha aquela espada.

Liliane tomou uma decisão, a pior de todas, fazendo representar bem qual é a sua familia.

- Galbierena peço desculpa mas acho que vamos mesmo de fazer isto.

Ela olhou assustada para oo olhos violetas de Liliane.

- Vamos terminar as nossas treguas e lutar como guerreiras que somos.

Cada uma se afastou desembainhando a sua espada de treino. Olhando-se cada uma nos olhos a luta começou.

Liliane era rápida e letal, Galbierena era mais calculista e força, estavam bem equiparadas. Mas a luta era um tanto ou quanto obvia, Liliane tinha as armas que eram precisas para cumprir aquilo que o mestre pedira.

Com aquele combate conseguira obter a frieza que o mestre tanto falara. Galbierena assustou-se ao ler morte nos olhos da sua amiga. Nunca a tinha visto assim. Correu para ela, mas aquelas saias estorvavam-na, acabou por tropeçar e cair.

A sua espada soltara-se da mão. Levantou a cabeça para contemplar a sua amiga pela ultima vez.

- Liliane.... - murmurou ao ver aqueles olhos frios.

A unica coisa que sentiu foi algo frio e cortante o resto foi escuridão acolhedora. A ultima coisa que ouviu foi a voz da sua antiga inimiga e uma nova amiga a pedir-lhe desculpa.

- Bravo - aclamou o mestre - um combate excelente.

Liliane sentia algo de estranho. Algo que despertara no seu intimo com aquela morte. Não ligou ao professor e dirigiu-se à sua nova espada. Pegando-lhe viu que ela servia-lhe na perfeição.

- Parabens Liliane, graduaste-te - dizia o mestre ao aproximar-se tanto - deixa-me olhar para ti.

Ela virou-se e foi aí que o mestre se arrependeu daquele combrate. Liliane não era a mesma, os seus olhos tinham-se tornado frios, algo que ele nunca julgou voltar a ver. Apercebeu-se de algo que não tinha dado conta.

- Liliane quem são os teus pais? - tinha uma suspeita, no entanto ao ver a sua cara a sorrir novamente tornando-a tão perigosa como se estivesse com a mascara de fria assustou-se ainda mais.

- Não sei.

- Estás dispensada, daqui a tres dias acaba o prazo, daqui a quatro dias voltamos ao templo.

Liliane saiu. No seu quarto a primeira coisa que fez foi chorar, chorou tanto que depois não tinha mais lagrimas para chorar. A seguir foi tomar um banho e foi dormir, esquecer aquele maluco dia.

O dia seguinte, comportava-se como se nada se tivesse passado no entanto uma parte da sua alma chorava inconsolavelmente aquela perda. Vestiu-se toda de negro e colocando a espada à cinta e uma capa pelos ombros saiu para a rua.


Os seus amigos chegaram. Ficou tão feliz. Mas eles pareciam assustados, então tentando com que as lágrimas não povoassem novamente os seus olhos fez o melhor sorriso que pode.

- Estou tão feliz por vos voltar a ver.

Abraçaram-se. Parecia que tudo tinha voltado ao normal.

Siena, Aran, Miliane e Nicleido. Todos ali. Agora podia desabafar os seus problemas com as suas amigas e aprender novas coisas. Estavam novamente juntos.

- Bem agora vamos. - disse Aran

- Vamos para onde? - perguntou Liliane

- Vamos passar uns dias em casa dele - respondeu Siena como sempre com a voz amigável

- e depois logo se vê. - Sorriu Miliane

Então juntaram-se todos numa roda. Miliane abriu uma porta de luz e todos passaram. Todos avançaram em direcção aos seus destinos, em direcção ao futuro. Pois nunca mais vão ser os mesmos.


A história fica por aqui.


Espero que gostem

Até sabado

Iruvienne


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