sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Uma historia...a nossa historia...Magia e Imaginação


Olá pessoal

Começo por pedir imensa desculpa pelos dois ultimos episódios. Eles corresponderam a semanas de testes e tinha que descarregar a raiva em alguem, por isso coitada da historia, pois... por isso peço mesmo imensa desculpa.

Hoje vou tentar fazer um episodio decente para ver se consigo dar rumo a isto, não tem sido fácil pensar na história e num enredo que nem eu sei em que vai dar, estou sempre aberta a novas ideias e sugestões.

Divirtam-se.


A descoberta

Os seus poderes

O primeiro voo


O nosso grupo estava agora em Roma.

Uma cidade apelidada como "a cidade eterna". Quem mais os nossos jovens poderiamquerer de uma cidade assim? No entanto a primeira preocupação deles não era verem as vistas mas sim encontrarem a casa do avô de Nicleido.

- Tens mesmo a certeza que sabes aonde é? - perguntava pela milionésima vez Aran, não confiando demasiado nos dotes de orientação do seu amigo. Liliane, Miliane e Siena conversavam sobre a possibilidade de poderem ir explorar a cidade sem os rapazes atras delas.

- Já te disse que tenho Aran! Estás a ver aquele predio além? O meu avô vive lá.

Pois, o prédio de seis andares, estilo renascentista estava efectivamente lá, agora só faltava saber se Nic sabia realmente o que estava a fazer.

Primeiro tinham que atravessar uma larga praça onde uma fonte a meio de erguia dividindo aquele espaço em dois. De um lado estavam muitos pintores de rua parecia quase uma galeria, do outro lado as pessoas sentavam-se em bancos a comer o seu "gelato" de chocolate ou morango.

Ainda nenhum dos membros do grupo se tinha acalmado ou sequer acreditar que estavam ali, numa cidade maravilhosa.

- Venham. - chamava mais uma vez Nic ao ver as raparigas paradas a observar os quadros - temos de ir ter com o meu avô, depois podem fazer o que bem lhes apetecer.

- Mas Nicleido, eles são tão bonitos...

- Só por isso podes escolher um. - disse uma voz de uma pessoa mais velha atrás deles.

Todos se viraram contemplando um velho muito bem vestido com os olhos do mesmo tom que Nic, tinha que ser o seu avô.

- O que anda o meu neto a fazer aqui sozinho com quatro jovens?

- Olá avô. Queria perguntar se nos poderia alujar por algum tempo em sua casa.

Ainda estava surpreendido consigo proprio por não ter conseguido adivinhar de onde provinha aquele cheiro a canela que sentira desde que chegara ali. Tinha que ser ele.

- Claro. Venham, não faz nada bem ficarem aqui ao frio da manhã.

Todos eles seguiram-no até ao tal predio que Nicleido falava, poderam assim confirmar os seus dotes, se bem que quase todos julgassem ter sido apenas uma questão de sorte e não um poder revelado.

O apartamento era no ultimo andar, e como não havia elevadores tiveram de subir muitas e muitas escadas, mas foram recebidos por uma casa muito acolhedora.

Era em tons de vermelhos e brancos e muito mais moderna do que haviam suspeitado. Na sala um sofá vermelho convidava a que se sentassem nele, enquanto que uma janela aberta com uma pequena varanda permitia desfrutar de uma vista sobre a praça.

As raparigas sentaram-se logo enquanto que Giudito (avô de Nic) ***não me lembro do nome do avô por isso a partir daqui ele vai ser novamente baptizado de Giudito Parola*** , foi fazer um chá de erva cidreira.

- Então? O que acham? - perguntou com um sorriso Nicleido.

- Oh Nic! Isto tudo é tão fantastico! - respondeu quase teatralmente Miliane.

Todos se rira. Giudito não tardou a aparecer com as chavenas e uns bolinhos de chocolate.

- Então conte-me tudo sobre o porquê de vos encontrar aqui.

Começaram a narrar o que se passou, cada um contava o seu lado da historia, a sua aprendizagem e o porquê de se encontrarem ali. Revelaram tambem pequenos segredos como a transformação de Aran e o controlar do tempo de Siena, mas nem Miliane se descoseu sobre o que aprendera nos livros nem Liliane revelou o que acontecera naquele ultimo dia de treino.

Ele estava espantado mas depois a sua expressão suavisou. A narração dos factos levou quase toda a manhã pelo que quando acabaram o avô de Nic já estava a servir o almoço.

- Com que então vocês fugiram ao Sábio... a tua transformação Aran, não me apanhou desprevenido. É natural as pessoas mais habeis transformarem-se na sua alma quando quiserem.

- Então podemos transformar na forma da alma? - perguntou Liliane um pouco espantada. Conhecia bem a forma da sua alma, nunca mais se iria esquecer dela, mas daí até se transformar fisicamente nela...

- Em teoria é possivel. Gostaria que ficassem aqui pois poderia ensinar-vos mais sobre a arte oculta da magia. Prevejo grandes trabalhos para vocês.

Cada um sorriu interiormente tentando imaginar aquela aventuras que Giudito mensionava.

- Já agora que vos falei nisso, vão ver a cidade pois ela propria tem muitos segredos. Como quero começar já a ensinar-vos quero que tentei transformar-se na sua alma.

Aquele sorriso que surgira momentaneamente no rosto desapareceu quando viram o que o mestre Parola queria.

- Não se assustem, vão ver que é mais facil do que imaginam.

Cada um pousou as malas a um canto e saiu. O entusiasmo de ver a cidade não diminuiu e por isso, não querendo perder mais horas do dia cada um saiu.

Cá fora formaram dois grupos: Siena, Miliane, Liliane e Nicleido e Aran.

- Bem nós queremos ir ver a parte antiga de roma. A casa de Julio Cesar entre outros. Onde surgiu o imperio - disse Miliane, queria ver se a aprendizagem daquele mês e meio tinha surtido algum efeito.

- Então nós vamos para o lafo dos jardins. - aquilo era uma surpresa. Normalmente eram as raparigas que visitavam jardins não os rapazes. Mas partiram cada um num sentido.


Caminhavam agora pela primeira vez em silêncio. Os pensamentos agora voltavam-se só para si mesmos. As pessoas passavam por eles falando animadamente numa lingua estranha, Siena fechara o seu campo receptivo de pensamentos perante a quantidade de turistas e de culturas presentes.

Chegaram então à parte antiga de roma. Ao fundo avistava-se o enorme coliseu. Mas não era esse o seu destino eram as ruinas que estavam à sua direita.

- Não sei se sentem o mesmo que eu mas é como sentisse necessidade de vir aqui.

- Sentimos como se algo de muito importante estivesse aqui à nossa espera.

Entraram naquele espaço caminhando numa determinada direcção. Por momentos pareceu a Siena que recuara no tempo e via tudo como se fosse naquele tempo majestoso, até via as suas outras duas amigas com roupas brancas e vestidos da epoca romana.

Regressou ao presente com um safanão. O s edificios majestosos eram agora apenas pilares meio desfeitos, os jardins cheios de fontes e flores eram agora povoados por ervas daninhas. Todo aquele fulor de pessoas a passearem eram diminuido apenas para se ouvirem os turistas.

Era um bocado estranho e triste ao mesmo tempo.

Chegaram a uma parece muito velha coberta por heras.

- Não sei porquê mas penso que isto é uma porta. - declarou Liliane numa voz pensativa - tens as chaves? - perguntou a Miliane.

- Tenho mas não sei o que pensar para abrir.

- Não penses - disse Siena convicta - apenas usa-as.

Miliane trémula pegou numa chave que ainda não tinha usado, uma chave maior qur as outras e com uma pega muito retorcida. Encaixou perfeitamente numa racha da parece, uma fechadura escoldida.

A porta abriu-se.

- Acho isto muito estranho. - declarou Miliane segurando ainda no mesmo sitio as chaves.

- Vamos entrar.

Liliane entrou primeiro seguida de perto por Siena e por fim Miliane.

A sala era redonda mas muito grande. O chão feito de mosaicos parecia não ter sido pisado nos ultimos milénois. Um orificio no tecto dava claridade a sala iluminando-a com uma luz quase sobrenatural.

- Esta é a sala da magia onde tinhamos aulas.- disse miliane não acreditando que tinha dito aquilo. estava a falar da sua antiga vida.

Olharam umas para as outras. Um torrente de conhecimentos inundou-lhes as mentes fazendo com que ficassem petrificada.

- Acho que já sei fazer o que o Mestre Parola nos pediu - disse meio surpreendida Siena.

- Olha que não és a unica - concordou Miliane.

Liliane correu para a rua, para perto do miradouro onde se via todo aquele império em ruinas. O sol já se estava a por. Mas ainda tinha tempo de concretizar o seu sonho de criança, voar.

Olhou para as suas duas amigas. Elas sorriam carinhosamente. Cada uma abriu os braços e inspirou fundo. Deixaram que a alma se apoderasse do corpo, sentiram a magia a percorrer os membros.

Ao abrirem os olhos sabiam já não serem humanas.

Liliane abriu as suas asas translucidas. Não era um dragão azul que se encontrara dias antes, antes um dragão branco. E voava, via a cidade do alto, sentia o vento, era simplesmente maravilhoso sem palavras para descrever.

Olhou para as suas amigas. Siena era um gato persa cinza com uns olhos verdes muito sabedores Miliane era algo que nunca suspeitara ver. Um animal mitico dos contos, um unicornio puro. Mas depois transformou-se num pegasus.

"Como consegues fazer isso?" perguntou Liliane pela mente "Mudar de forma?"

"É o meu dom."


Este episodio fica por aqui, não tenho mais tempo para escrever.
Imagem de Liliane a pensar

Espero que gostem

Até sabado ou sexta

Iruvienne


sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Uma história...A nossa História...Magia e Imaginação


Olá malta

Hoje para vos compensar vou escrever um dia antes.

Bem este vai ser um episodio um bocadinho mais calmo, não pode ter sempre acção.

Espero que gostem.


Mudança de planos

Umas ferias merecidas.


Já estavam há bastante tempo de olhos fechados, seguindo aquele rumo de liberdade.

De repente sentiram que chegaram a algum lugar. Mas que ainda não era o destino.

- Onde estamos Miliane? - perguntou Liliane que recuperara um pouco daquele estado de frieza, parecia-se mais com a antiga Liliane que eles conheciam, se bem que eles não soubessem que aquilo era apenas outra mascara.

Siena já tentara alcançar os pensamentos da amiga, coisa que agora raramente fazia, o seu grupo tinha pensamentos particulares e segredos que por vezes não gostavam de ver revelados. No entanto, quando tentara perscurtar os pensamentos de Liliane apenas via escuridão

- Tenho que descansar, por isso este é um pequeno lugar que eu achei há ja algum tempo.

Era um local abrigado. Uma especie de gruta, abrigada do mundo exterior. Ouvia-se ao longe um mar a embater lentamente numas rochas. Deviam estar perto de uma praia muito longe do lugar de onde escapavam.

Não foi preciso dizerem mais nada. Adormeceram devido ao cansaço e a tensão sentida quando ainda não estavam juntos e que agora se desvanescia. Liliane e Aran alem de Miliane Siena e Nicleido dormiam mais sossegados sabendo que podiam estar em segurança em relação aos seus segredos.


Nicleido acordara mais cedo que os seus amigos. Não gostava de dormir até tarde, e aquela era a oportunidade de estar perto do seu elemento, a água.

Levantou-se e dirigiu-se à entrada da gruta. Dali viu uma pequena praia de areia branca e um extenso mar azul muito calmo. Parecia um lago. Caminhou até à entrada da água, estava fria, maravilhosamente agradável.

Sentiu ali a sua energia renovada. De repente lembrou-se que devia ter avisado os seus colegas, iriam ficar provavelmente preocupados. Ao voltar-se assustou-se.

Ao pé dele, com um vestido lavado azul, estava Liliane. Olhava para o mar um tanto ou quanto reflectiva.

- Como fizeste?

Ela olhou-o como se tivesse feito uma questão muito dificil.

- Apenas caminhei fazendo parte da natureza.

- Isso parece uma questão vinda de mim e não de ti.

Ela olhou para a gruta. Parecia que nem ligava ao que ele dizia.

- Elas estão a acordar e viram para aqui.

- Entretanto podes ensinar-se a fazer isso? A caminhar fazendo parte da natureza?

Nicleido pensou que seria algo bom e util de aprender, pelo menos visto as aventuras que via pela frente. Procurou a sua amiga mas ela já não se encontrava onde estivera momentos antes. Estava antes à sua frente a sorrir e fazendo sinal para que fosse ter com ela.

Ele começou a caminhar pensando que ela o ia ensinar, mas depois começou a sentir a água nos seus pés, e foi aí que reparou que ela estava a andar sobre a água.

- Tens de sentir que fazes parte da água uma continuação dela. - dizia ela - Miliane! Siena! Aran! Venham também - chamava ela.

Os seus amigos como Nicleido ficaram tambem de boca aberta, mas logo se puseram a tentar.

Miliane, Siena ainda ficou por descobrir a manha, conseguiu quase de imediato ir ter com Liliane. As duas olharam-se como irmãs, coisa estranha pois antes andavam sempre a discutir uma com a outra.

Aran tambem foi ter com elas e depois encorajou os unicos dois elementos que ainda tinham ficado para tras. Siena e Nicleido estavam a ter problemas. Liliane não entendia porquê, eles estava concentrados mas mesmo assim não conseguiam.

Siena foi ter com Nicleido.

- Passa-se algo.

- Tambem notei.

Olharam com desconfiança para a água. Os olhos de Siena encontraram os de Liliane e comunicou imediatamente a ela a sua suspeita. Ela ficou séria e acenou como se tivesse compreendido a mensagem.

- Todos para terra rápido! - ordenou Liliane fazendo com que Miliane e Aran ficassem a olhar para ela mas apressaram a cumprir o que ela disse sentido algo de grave na ordem dela.

Ao chegarem a terra Siena explicou a situação.

- Alguem nos observa. Não sei de onde nem porquê, mas temos de sair daqui o mais depressa possivel.

Miliane pegou na chave mas Nicleido retirou-a das suas mãos, ela olhou-o um pouco aparvalhada mas ele sorriu enigmaticamente. Concentrando a energia na chave pensou na casa do seu avô em italia, mais precisamente roma.

Sorriu ao ver a casa na sua mente. Os seus amigos não sabiam mas ficariam encantados ao sairem para umas ferias e divertirem-se um pouco numa cidade maravilhosa cheia de coisas fantasticas.

- Uma pequena surpresa para vocês. - sussurrou ele.

Cada um atravessou o portal um tanto ou quanto curiosos.

Luz...Escuridão...

Viram-se em frente a uma fonte grandiosa, toda ela circundada de muitos turistas. No ar, uma atmosfera de antiguidade e irrealidade sentia-se e preencia a alma enchendo-os de vontade de explorar tudo e fazerem muitas aventuras.

Estavam todos de boca aberta.

- Isto é fantastico!! - exclamou Miliane de boca aberta.

- Onde estamos? - perguntou Aran.

- Isto é a fonte de Petri, meus amigos. Bem vindos a Roma, bem vindos a Itália.


Num salão de luz alguem observava a cena.

"Fizeste bem meu pequeno pupilo"

- Niela - chamou dirigindo-se a uma criada - chama a minha filha.

- Com certeza senhora.

Estava a ficar velha para aquela posição. Visionar o mundo, lutando e jogando contra a sombra estavam a mata-la de cansaço e ao mesmo tempo de ansiedade, tentando prever as jogadas da sua rival

- Mandou-me chamar mãe? - perguntou uma figura à entrada da porta.

- Sim Yena aproxima-te.

Yena movimentava-se à vontade nos paços do palacio da luz.

- Quero saber como vai a tua busca pela filha da escuridão.

- Ainda não encontrei nada, mas penso que morar na casa de um dos teus escolhido me far-me-á aproximar-me dela.

- Eles agora estão em roma. - Yena abriu muito os olhos, nunca suspeitara que eles se encontrassem tão longe - mas o que eu quero agora é que conheças mais o planeta e as suas maravilhas, tambem te fará bem umas férias.

- Obrigada mãe.

- Agora vai. Estou cansada.


Peço imensa desculpa por este episodio ser tão pequeno, mas não tenho tempo para mais, para a semana esmero-me mais.


Espero que mesmo assim gostem

Até sabado

Iruvienne


sábado, 18 de outubro de 2008

Uma historia...a nossa historia...Magia e Imaginação


Olá pessoal.

Antes de tudo desejo boa sorte e felicidades a quem anda a estudar e quem conseguiu entrar para a universidade (ainda me faltam uns aninhos)

Eu tambem n tou com muito tempo para vir aqui escrever mas vou tentando fazer os possiveis para vir aqui todos os sábados.

O blog agora é oficialmente meu, se acharem que tá mal eu mudo de aparencia, vou tentar.

Bem n vou chatear mais divirtam-se com a historia.


Como tornar-se fria

A fuga decidida



Liliane bem tentava fazer o que o mestre queria que ela fizesse, no entanto não conseguia esconder as suas emoções. Aquele castelo estava a sufoca-la, sentia que nunca mais iria conseguir fugir dali.

Galbierena pensava o mesmo, estava a ficar ainda mais chata do que antes sempre a queixar-se de tudo. As aulas mesmo assim avançavam normalmente.

Chegara o dia da surpresa do mestre, as duas colegas até se arrepiavam de pensar o que seria, mas como ele repetia sempre "devemos enfrentar as situações com cabeça erguida"

Com os seus vestidos azuis de estudo foram ao salão ter com o mestre. Ele esperava-as com um sorriso no rosto.

"Mau, vem aí coisa má" pensou Liliane

Pararam a uma distancia prudente.

- Boa tarde, minhas alunas. - dizia o professor bem humorado - como estamos quase a completar o treino e eu quase a dar-vos a espada definitiva, temos de começar a preparar o espirito.

- Preparar o espirito? Ainda mais do que temos andado a fazer até aqui? - perguntava incredula Galbierena.

Liliane olhava tanto para Galbierena como para o mestre, continuava a ter a sensação de que não ia gostar nada das provações do mestre.

- Para já quero apenas que venham comigo.

Galbierena e Liliane caminharam atras do mestre para uma ala da fortaleza onde ainda não tinham ido. Parecia mais dedicada ao estudo das forças ocultas e magia proibidas. Viam-se retratos de pessoas com caras malevolas e animais embalsamados de todas as especies.

Pararam em frente de umas enormes portas azuis, como quase tudo ali.

- Conhecer-se a si próprio até ao recanto mais profundo da nossa alma pode ser uma coisa que nos modifica, no entanto tambem nos dá mais poder.

- O que quer dizer com isso? - perguntou Liliane com a sua voz limpida pela primeira vez.

- Atras destas portas está o lago da alma ou o espelho da alma.

Ambas se assustaram pois perceberam o que estavam prestes a fazer.

- Uma de vós vai entrar, e depois a sair. Apenas peço a quem tiver coragem.

- Eu posso ser a primeira - respondeu de imediato Galbierena.

Ela avançou decidida para a porta e empurrou-a, lá de dentro apenas se via escuro. Galbierena começou a ficar receosa e olhou uma ultima vez para Liliane, ela teve uma pontada de pena mas fez-lhe um sinal de coragem.

A porta fechou-se.

O seu professor sentou-se como se já estivesse muito cansado no entanto Liliane continuou de pé imovel, uma habilidade que até o professor elogiava.

Passado meia hora Galbierena voltou muito chorosa e a tremer muito, como se tivesse visto o pior dos seus pesadelos.

- Liliane não vás, é demasiado - dizia Galbierena chorando e abraçando-se à sua amiga

Liliane não disse nada. Apenas se separou dela e seguiu para a porta. Podia ser demasiado, no entanto ela tinha de saber.

O mestre olhava aprovadoramente. Abrindo a porta entrou.

Lá dentro tudo era banhado por uma luz matina. Um lago de água cristalina ocupava quase toda a sala. Ela mergulhou ouvindo apenas o seu corpo a entrar na água, ela estava gelada.

Não sabia muito bem o que fazer, esperou olhando para todos os lado. Onde deveria ver a sua alma? Passado pouco tempo, vindo de nenhures, apareceu uma especie de névoa cinzenta, formando uma imagem à sua frente.

A imagem de um pequeno dragão azul surgiu.

"Olá" disse ele numa voz cristalina e perigosa como gelo.

"Tu és a minha alma?"

"Sou."

"És lindo"

"Tem cuidado, linda por fora mas perigosa por dentro. Já te esqueceste das garras e do fogo interior?"

" Tens razão"

"Vejo-te preocupada pelos teus amigos, não te preocupes eles vêm amanhã à noite, mas já estaras diferente"

Liliane ficou espantada perante a sua alma, ela parecia mais velha do que realmente o corpo era, mais sábia, alem disso, sabia mais sobre o futuro do que na realidade.

"Agora vai, até a uma proxima vez"

O dragão desapareceu no mesmo nevoeiro estranho, e Liliane saiu do lago para o corredor onde Galbierena e o professor aguardavam.

Ninguem se prenunciou. Galbierena olhava assustada para ela e o professor um tanto ou quanto admirado.

- Então? - perguntou ele

- Fui e vim - respostas aprendidas ao ongo daquele tempo de treino - falei com a minha alma, aprendi.

- Optimo. Agora estão prontas para o teste final. Venham.

Liliane caminhou desta vez ao lado de Galbierena mas sem nunca olhar para ela, sentia-se mais distante dos problemas mundanos do que quando entrara por aquela porta azul.

Caminhavam em silencio ao longo daqueles aterradores corredores. Chegaram desta vez a umas portas pretas com relevos prateados. O professor entrou seguido pelas suas duas alunas.

Era uma arena de terra batida. Uma espada branca brilhante reluzia num podio onde supostamente estava a bancada do professor. Nenhuma das duas percebia aquilo.

- Mestre, o que viemos exactamente aqui fazer? - perguntou Liliane agora realmente assustada.

- Vão lutar uma contra a outra até a morte.

Demoraram um pouco a reagir, até que recuaram assustadas. O professor lá ia sentando-se confortavelmente.

- Isso mesmo, quem ganhar fica graduado e ganha aquela espada.

Liliane tomou uma decisão, a pior de todas, fazendo representar bem qual é a sua familia.

- Galbierena peço desculpa mas acho que vamos mesmo de fazer isto.

Ela olhou assustada para oo olhos violetas de Liliane.

- Vamos terminar as nossas treguas e lutar como guerreiras que somos.

Cada uma se afastou desembainhando a sua espada de treino. Olhando-se cada uma nos olhos a luta começou.

Liliane era rápida e letal, Galbierena era mais calculista e força, estavam bem equiparadas. Mas a luta era um tanto ou quanto obvia, Liliane tinha as armas que eram precisas para cumprir aquilo que o mestre pedira.

Com aquele combate conseguira obter a frieza que o mestre tanto falara. Galbierena assustou-se ao ler morte nos olhos da sua amiga. Nunca a tinha visto assim. Correu para ela, mas aquelas saias estorvavam-na, acabou por tropeçar e cair.

A sua espada soltara-se da mão. Levantou a cabeça para contemplar a sua amiga pela ultima vez.

- Liliane.... - murmurou ao ver aqueles olhos frios.

A unica coisa que sentiu foi algo frio e cortante o resto foi escuridão acolhedora. A ultima coisa que ouviu foi a voz da sua antiga inimiga e uma nova amiga a pedir-lhe desculpa.

- Bravo - aclamou o mestre - um combate excelente.

Liliane sentia algo de estranho. Algo que despertara no seu intimo com aquela morte. Não ligou ao professor e dirigiu-se à sua nova espada. Pegando-lhe viu que ela servia-lhe na perfeição.

- Parabens Liliane, graduaste-te - dizia o mestre ao aproximar-se tanto - deixa-me olhar para ti.

Ela virou-se e foi aí que o mestre se arrependeu daquele combrate. Liliane não era a mesma, os seus olhos tinham-se tornado frios, algo que ele nunca julgou voltar a ver. Apercebeu-se de algo que não tinha dado conta.

- Liliane quem são os teus pais? - tinha uma suspeita, no entanto ao ver a sua cara a sorrir novamente tornando-a tão perigosa como se estivesse com a mascara de fria assustou-se ainda mais.

- Não sei.

- Estás dispensada, daqui a tres dias acaba o prazo, daqui a quatro dias voltamos ao templo.

Liliane saiu. No seu quarto a primeira coisa que fez foi chorar, chorou tanto que depois não tinha mais lagrimas para chorar. A seguir foi tomar um banho e foi dormir, esquecer aquele maluco dia.

O dia seguinte, comportava-se como se nada se tivesse passado no entanto uma parte da sua alma chorava inconsolavelmente aquela perda. Vestiu-se toda de negro e colocando a espada à cinta e uma capa pelos ombros saiu para a rua.


Os seus amigos chegaram. Ficou tão feliz. Mas eles pareciam assustados, então tentando com que as lágrimas não povoassem novamente os seus olhos fez o melhor sorriso que pode.

- Estou tão feliz por vos voltar a ver.

Abraçaram-se. Parecia que tudo tinha voltado ao normal.

Siena, Aran, Miliane e Nicleido. Todos ali. Agora podia desabafar os seus problemas com as suas amigas e aprender novas coisas. Estavam novamente juntos.

- Bem agora vamos. - disse Aran

- Vamos para onde? - perguntou Liliane

- Vamos passar uns dias em casa dele - respondeu Siena como sempre com a voz amigável

- e depois logo se vê. - Sorriu Miliane

Então juntaram-se todos numa roda. Miliane abriu uma porta de luz e todos passaram. Todos avançaram em direcção aos seus destinos, em direcção ao futuro. Pois nunca mais vão ser os mesmos.


A história fica por aqui.


Espero que gostem

Até sabado

Iruvienne


sábado, 11 de outubro de 2008

Uma História... a nossa historia...magia e imaginação

Olá pessoal!

Td bem? espero que sim

No ultimo episódio falei em como Siena, Miliane e Aran escaparam do templo e encontraram Nicleido à espera. Bem hoje vou explicar como Nicleido soube que eles viriam e como vão encontrar Liliane

Espero que gostem.



O poder da amizade
Uma pequena grande surpresa


Nicleido estava relativamente feliz naquela pacata vida. Levantava-se, lavava-se, tomava o pequeno almoço e depois ia ter com o druida e começava a aprender magia. Conseguia finalmente ignorar aqueles dois malandros compinchas de Galbierena, Sebastian e Laurant.

Eles, por seu turno, tambem tinham deixado de chatear Nic ficando agora um tanto ou quanto aprumados no estudo das propriedades das ervas. O mago compreendera finalmente o erro que cometera ao seleccionar aqueles dois alunos da pequena lista que lhe deram.

Hoje, o dia estava quente e ameno e o mestre dera-lhe folga, dissera algo de levrar dois paspalhos a apanharem morangos, por isso ele decidio apanhar uns raros raios de sol.

Ao deitar-se no meio de um campo particularmente verdejante, apercebeu-se que o dia ia ser tudo menos normal. Começou por sentir na sua pele uma lijeira impressão de frio, significava que dentro em pouco tempo ia chover, no entanto não havia uma unica nuvem no ceu.

"Algo não esta nada bem"

Depois lembrou-se se algo de mal teria acontecido aos seus amigos.

"E se Miliane fez uma das suas partidas e estivesse metida em apuros? E se Aran, com os seus resmungos, tivesse realmente muito mais doente do que levara a crer, ou se estava doente? Acalma-te Nic, estás a afectar-te demasiado, já nem dizes coisa com coisa, está tudo bem"

Mas a impressão não desaparecia.

"Mas que raio" pensava ele levantando-se e correndo em direcção à sua suposta casa enquanto estudava "isto não é um sinal qualquer, não posso ignora-lo, tenho a certeza que algo se passa"
No seu simples quarto, onde só havia uma cama e uma pequena arca para arrumar as suas coisas, procurou pelo seu espelho de clarividencia. Tinha-o a apenas duas semanas, quando andara com o mestre a aprender a ver o presente de alguem num espelho.

Remexia tudo dentro da arca, mas não o encontrava, estava a começar a ficar desesperado.

"Vá lá aparece, se aconteceu alguma coisa a eles não me perdou"

Lá conseguiu encontrar o espelho no meio de toda aquela barafunda de livros e roupa. sentou-se na cama e tentando acalmar-se disse o feitiço. Imediatamente viu naquela superficie prateada a imagem dos seus tres amigos.

Vê-los sãos e salvos encheu o seu coração de alivio, mas depois reparou nas suas mochilas às costas preparados para fugirem. Ao ver a imagem desaparecer apercebeu-se que eles vinham busca-lo. Já não estaria só.

Ficou paralisado tamanha a alegria que o percorria.

"Mas o que é que eu estou aqui a fazer parado? Eu preciso de estar pronto quando eles aqui chegarem."

Numa mala começou a arrumar a roupa e alguns mantimentos. Notou que lá fora o sol já se tinha posto e em breve o mestre druida estaria a chegar. Ele com certeza compreenderia o motivo para ele fugir.

Colocando uma capa pelos ombros saiu para a rua deixando pelo caminho uma carta onde explicava o motivo da sua fuga. E sentado numa pedra banhada pela luz da lua, esperou...


Uma luz no meio da noite fê-lo acordar do seu sonho. E foi aí que os viu. Aran estava um tanto ou quanto mudado, parecia muito mais aberto e alegre e menos resmungão do que da ultima vez que o viu, Miliane parecia aliviada daquilo que escapava, no entanto os seus olhos denunciavam que ela havia acalmado um pouco e Siena, a pequena Siena estava muito mais alegre.

Correu para eles e abraçou-os a todos, sentindo que algo tinha preenchido o vazio que sentia desde que se tinha separado.

- Estão todos bem? - perguntou ansiando por novidades.

- Tudo bem. - respondeu Siena

- Não, tudo mais do que bem, optimo - concordou Miliane

- Temos de nos despachar - interrompeu Aran aquele momento - se queremos fugir todos antes do nascer do sol temos de nos despachar e ir buscar Liliane.

Liliane! Agora que pensava nela. Como é que ela estaria? Recebe-los-ia com a mesma alegria que ele os recebera? Teria aquele brilho alegre e acolhedor no olhar?

- Então do que estamos à espera? Vamos logo.

Juntaram-se novamente atras de Miliane. Nicleido observava tudo com muita atenção. Miliane pegava numa chave e abria uma porta no ar. Pensou em Liliane, tal como todos os seus amigos faziam e pensando nela atravessaram juntos a porta.


Luz, luz a envolve-los e depois escuridão, a negra escuridão ....


Sentiram que chegaram aonde Liliane estudava e abriram os olhos. A paisagem era muito morta, serras e montanhas sem uma unica vegetação. A noite, que agora tinha pequenos reflexos de luz laranjas, a anunciar a manhã, tornavam aquele lugar aterrorizante.

- Têm a certeza que viemos ter ao lugar certo? - perguntava um tanto ou quanto duvidoso Aran.

- Penso que sim. - concluiu Miliane olhando de soslaio a chave que usara.

- Sim este é o lugar certo. - disse uma voz fria como o gelo.

Todos levantaram logo a cabeça para verem quem falava. Era uma figura muito direita, vestida de negro com uma capa preta a ondular ao vento com um capuz a tapar-lhe a cabeça. Às costas trazia uma espada.

- Liliane? - perguntou a custo Siena, não gostava do que os seus olhos viam. Não! Aquela não podia ser a alegre e calorosa Liliane, aquela rapariga sonhadora e sempre alegre.

Aquele ser murmurou qualquer coisa e uma rajada mais forte de vento puxou-lhe o capuz para tras podendo mostrar o seu rosto.

Uns cabelos negros emolduravam um rosto muito pálido e uns olhos violetas mostravam um gelo de morte, parecia que tinha uma mascara que escondia os seus sentimentos posta.

Depois aquela cara iluminou-se um pouco com um sorriso, o sorriso habitual nela, mas que depois de a verem de outra maneira os aterrorizou ainda mais.

- Sim, Siena. Eu sou a Liliane. - a sua voz mudara da noite para o dia, sendo agora uma voz animada, calorosa e um tanto ou quanto cativadora.

- Bem vindos. Estou tão alegre. - realmente agora parecia. Mas como teria ela mudado tanto?



Hoje o episodio fica por aqui.

Desculpem a falta de criatividade, mas tenho tido uma semana trabalhosa e não tenho tido muito tempo para pensar na história.

Prometo que para a proxima faço melhor.


Espero que gostem

Até sábado

Iruvienne

sábado, 4 de outubro de 2008

Uma história...A nossa História...Magia e Imaginação


Olá malta.

Consegui mais uma vez sobreviver a mais uma semana de aulas.

Hoje disse que ia falar de Nicleido, mas eu tinha-me esquecido de Siena (coitada ainda bem que ela não me ouve), mas depois de ler os comentarios e de ter nascido uma ideia ao longo destes 6 dias achei melhor não fazer de uma pessoa individual mas sim de um grupo.

Vocês depois entendem

Agradeço a uma pessoa que comentou pois deu-me a ideia genial para este episodio.

Espero que gostem


Um plano genial

A fuga
Uma demanda a 3




Siena ficara surpreendida ao descobrir o segredo de Aran. Mesmo notando nele aquele brilho especial no seu olhar na primeira vez que o vira nunca imaginara que ele se convertera num imenso lince.

No entanto aquela pequena fugida dera-lhe uma nova perspectiva sobre o que se passava à sua volta. Aran tinha razão acerca de uma coisa, tinham de escapar dali o mais depressa possível, dissessem os professores o que disessem.


Aquele local estava a altera-los de tal maneira que já não confiavam os seus segredos uns nos outros. Estava-se a abrir um enorme fosso entre eles e só fugindo dali é quqe podiam sobreviver.


Siena compreendia agora porque é que o antigo grupo dos Guardiães morrera muito jovens, por usaram-se deles até não poderem mais.

Reuniam-se cada vez com mais regularidade, no entanto permaneciam em silencio, um silencio acolhedor e um tanto perturbador. Todos os outros colegas já se afastavam deles não suportarem aquele ambiente.

- Temos de fugir daqui. – disse uma vez Miliane, relendo um de dois livros mais interessantes na sua vida, um acerca do mundo fantástico e outro sobre a historia completa daquele mundo.

Começavam entam a imaginar como sair dali, avisar os outros e ir para um sitio agradável longe daquele templo patético, onde todos tinham planos para eles.

- Alguém já pensou alguma coisa? – perguntou Siena após mais um dia de aulas.


- Vamos fugir amanhã à noite, levamos apenas o essencial, depois através de uma pequena magia vamos ter com os outros.

Ficaram a olhar para Miliane, perceberam que aquele suposto entusiasmo pelos livros tinha que ter alguma manha por trás. Não podiam estar mais errados.


Miliane pensava naquele grupo de chaves que recebera havia há já algum tempo do povo de vierno e que lhe permitia viajar de mundo em mundo

Começaram a planear como tudo se iria passar, como arranjariam comida, para onde iriam, e finalmente como iriam encontrar os seus colegas.

- É que já passaram mais de um mês e meio, está quase a terminar o prazo, não acham melhor esperarmos por eles? – perguntou Aran


- Acho que eles se tranformaram tal como nós e tenho medo do que iria encontrar. - confessou Siena preocupada com as possiveis mudanças.


- Vamos para onde? Não me apetece aparecer à porta dos meus pais depois de uma suposta visita de estudo que durou quase dois meses!


- Podem vir para minha casa. – opinou Aran – a única pessoa que lá vive é Yena.


- É uma hipótese.


Ouviram ao longe uma campainha, campainha que indicava que era a hora de irem jantar e depois recolherem-se nos seus quartos. A hora de fugirem estava proxima e estavam cada vez mais entusiasmados.

A noite já ia longa, daqui a uma hora tinham de sair. Tinham inventado a desculpa perfeita se fossem apanhados, Miliane tinha umas chaves na mão e ao seu lado estava Siena segurando uma ampulheta preparada para voltarem atras no tempo se algo corresse mal.

- Sabes não te contei tudo sobre mim – confessou Siena


- Nem eu.


- Eu consigo controlar o tempo.


- E eu viajo entre os mundos.

Ficaram a olhar uma para a outra sentindo que aquela vida que levavam como simples raparigas já não lhes parecia tão proxima como no inicio do plano. Já não se considerariam simples pessoas.


Notaram tambem que partiam dali mudadas, já não se comportavam como infantis mas como algo as fizesse percorrer um caminho já destinado tornando-as mais donas de si proprias e que conseguissem tomar as suas proprias decisoes.

De mãos dadas cada uma pegou na sua mochila e saiu indo de encontro a Aran, ao encontro de um destino incerto.


Os corredores estavam vazios. As duas raparigas sentiam-se mais vivas que nunca, alem disso, a ansia de ver os seus amigos e de sair dali, libertava um nó no coração há muito preso. Era como se voltassem a voar depois de muito tempo fechadas numa gaiola.

Aran esperava encostado a uma grande arvore no jardim. Estava meio escondido por causa da sombra projectada pela enorme copa de folhas verde escuras. Aos seus pés tinha uma mochila e um pequeno punhal dançava nas suas mãos.

- Estava a ver que nunca mais apareciam.


- Estivemos a acertar uns certos pormenores


- Então vamos?


- Claro.

Miliane avançou para o tronco com uma chave na mão. Siena deixou-a fazer o que deveria fazer, no entanto Aran não estava a entender nada e momentos mais tarde interrogou Siena acerca do que se estava a passar. Ela contou-lhe o que descobrira momentos antes no seu quarto.

Passado pouco tempo, onde havia um tronco rijo estava agora uma porta luminosa.

- A porta já está aberta. Foi mais difícil pois eu não quero ir para outro mundo mas sim para outro local dentro do nosso próprio mundo.


- E para onde iremos? Não quero ir parar no meio do mar ou no meio de um pântano – repicou Aran como era seu costume.


- Não, nada disso. Ao passarmos pela porta pensaremos em Nicleido, e…


- … em teoria devemos ir ter ao pé dele. Não é assim Miliane? – perguntou Siena


- Exactamente.


- Então de que estamos à espera? Falta pouco tempo para o nascer do sol.

Avançaram para a porta sendo logo engolidos por aquela luz.

Sentiam as mãos dadas, e quase podiam ouvir os pensamentos todos virados para o seu amigo.

Passado pouco tempo sentira que a luz mudara. O cheiro já não era o de um jardim cuidado mas sim um cheiro a alecrim e o ambiente húmido.

Ao abrirem os olhos viram que já não estavam no templo mas sim numa enorme clareira entre duas serras onde havia uma pequena casa e um lado. Parecia um momento calmo em que a Natureza se fundia com o ser humano.


Um pouco mais à frente ao pé do lago estava Nicleido, sereno e calmo e com um porte um tanto ansioso. Tinha uma enorme capa verde seco nos ombros que o cobria quase até aos pés onde repousava uma mochila.


Fitaram-se.


Miliane foi a primeiraa correr de encontro ao amigo seguinda depois pelos outros.


Fundiram-se todos num abraço. Um abraço que despedaçava por completo o gelo da aflição e da preocupação que sentiam pelo seu amigo, mas tambem eram aquecidos por dentro por estarem de novo juntos.


- Agora só falta uma pessoa e podemos ir embora de uma vez por todas - afirmou calmamente Nicleido fazendo com que Aran, Siena e Miliane se lembrassem que naquela noite ainda tinham mais uma missão.



Hoje fica por aqui.

Para a semana é a vez de Nicleido. Como ele soube que os amigos viriam e como encontraram Liliane.


Espero que gostem

Até sábado

Iruvienne