sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Uma História...A nossa História...Magia e Imaginação




Mais um episódio....






Uma noite longa



Um pequeno medo






Miliane caia mais uma vez no chão com uma careta de cansaço. Não era a unica, Siena e até mesmo os rapazes estavam a ficar estoirados de uma noite de treinos com Liliane. Ela ensinava-os em como defenderem-se e como lutarem.



Mas ela exigia demasiado, mantinha uma expressão distante, ninguem entendia porquê, mas repetia vezes sem conta conselhos como se a defesa deles fosse a coisa mais importante. Estava a amanhecer e ela ainda nem uma gota de suor nem cansaço demonstara.



- Vamos parar aqui. Neste momento vocês sabem defender-se razoavelmente. - disse Liliane sentando-se novamente sozinha a um canto. - Lembrem-se, quando se defenderem tentem sentir-se como parte do mundo que os rodeia e não como meros seres que vagueiam num sitio desconhecido, liguem a tudo, mas nunca, nunca mostrem os vossos sentimentos.



Nic levantou-se, nem ele tinha escapado aos golpes da sua amiga, não compreendia onde ela ia buscar tanta fúria para lutar assim, ou entao tanto autocontrolo. Estavam a dois passos de terem uma corda ao pescoço e ela só conseguia pensar uma maneira de se salvarem.



Aran não ficou por ali, só ficarem a pensar e com um dedo apontado foi direito aonde estava Liliane acusando-a.



- Tu és um horror, desculpa, mas estás a matar-nos, antes melhor a corda.



Liliane olhou-o com um olhar frio. Aran sentiu-se incomodado mas mesmo assim continuou.



- Pensas que isto nos vai salvar? Que são uns simples golpes de karaté ou lá o que é isto que nos vai salvar da forca? É que não me parece.




Ele calou-se e olhou para ela à espera que respondesse, mas Liliane apenas desviou o olhar. Siena decidiu intervir antes que aquilo se tornasse numa coisa que ninguém queria.




Liliane levantou-se e atirou-se a ele. Não suportava as insinuações do amigo. Aquilo era demais. Nem a pequena palha no chão fez a queda ser mais confortavel.




Aran tentou contra-atacar mas tudo o que conseguiu fazer foi levantar um pouco a cabeça para ver os seus amigos estupfactos. Ninguém queria que aquilo chegasse àquele ponto.




Siena olhou para os outros prisioneiros que tinham adormecido a um canto depois de verem muitos treinos. Tentando ver se alguem tinha sido atraido por algum barulho, os olhos de Miliane pousaram em cima de uns esqueletos presos a umas parede, como não vira aquilo antes?






Nic olhava preocupado para Aran, Liliane tinha estado a ensinar-lhes e a lutar com eles para treinar, mas naquele ataque não sentia nenhuma brincadeira nos movimentos de Liliane. Tentou recorrer aos seus poderes para separar os amigos mas, mais uma vez, frustrado, apenas encontrou uma parede de gelo a bloquear o seu acesso à magia.




Aran estava com medo daquele ataque. Virou a cabeça e olhou para a cara de Liliane, naquele negrume de madrugada, não conseguiu ver a face da sua amiga, apenas uns enormes olhos violetas frios mas no entanto quase a brilharem de lágrimas e uns enormes cabelos pretos a flutuarem a um vento inexistente.




Sorrindo misteriosamente disse baixinho. Levantando-se ao mesmo tempo libertando-o daquele ataque surpresa.




- Aran, se e te estou a ensinar isto é porque vai ser util, se eu estou a ser assim tão cruel porque não desistes logo. Sabes que mais esquece. Quem desiste sou eu.




Liliane afastou-se, sentou-se e fechou os olhos. Não sentia sono e sabia que mais cedo ou mais tarde viriam busca-los para o seu destino. O que aconteceria ao presente se os Guardiães morressem?




Nic sentou-se tambem ao lado das duas raparigas que tinham achado um canto seco no meio da humida prisão, um tanto ou quanto loge de Aran que se recolhera em si ainda um tanto ou quanto atordoado com o que lhe acontecera.




- Acho que desta vez é que nos metemos mesmo em sarilhos dos grandes. - sussurrou Nic




- Podes ter a certeza que sim. Acho que Liliane tambem já notou que isto é um beco sem saida senão ela não se comportaria daquela maneira.




Ouviu-se então alguém a aproximar-se. Acordaram todos os prisioneiros imediatamente não queriam que fossem apanhados desprevenidos. No entanto Liliane continuou sentada. Estava a pensar numa forma de sair.




Pouco depois apareceu do outro lado das grades o feiticeiro acompanhado por vários guardas. Trazia uma tunica purpura e um ar um tanto ou quanto manhoso, como quem se prepara para pregar uma partida.




O guardas entraram de repente e com brusquidão prenderam, com uma corda, os pulsos de vários prisioneiros com força.




- Vamos todos embora daqui. Hoje é um dia especial. - disse o mago com um riso malefico.




Nic e os outros ficaram assustados. Aquilo não era de maneira nenhuma as melhores das situações. Quase todos olharam para Liliane à espera de algo. Encontraram-na levantada de olhos um tanto ou quanto normais.




- Que foi? - perguntou um tanto ou quanto bruscamente - deixei de ser uma solução, sou apenas um impecilho cruel, lembram-se?




Aran sentiu-se um tanto ou quanto envergonhado, sentiu culpa por a ter deixado tão em baixo. Nunca imaginou que Liliane reagisse daquela maneira.




Miliane aproximou-se de Liliane mas foi impedida por um guarda.




- Vamos todo para a rua e não desobedessam tenho guardas prontos a matarem-vos.




Seguiram em fila um a um. O mago porem parou quando Liliane se preparava para sair.




- Podes pensar que és muito corajosa, mas não passas de uma rapariga cobarde que ainda mal saiu das saias da mãe. - provocou ele, no entanto Liliane tambem o surpreendeu




- Tem razão, apenas estou a viver algo que não sou eu.




Seguiu atras dos outros.




Viu pela primeira ves onde estavam, estavam num patio enorme calcetado no meio daquela localidade, ao pé do sopé de uma montanha. Do outro lado estava uma plataforma destinada ao tal destino.




Em frente dela estavam colocadas varias cadeiras destinadas a pessoas de alto cargo.




As pessoas começaram-se a juntar e as cadiras depressa foram preenchidas.




Miliane sentiu medo, muito medo. Na sua vida já tinha presenciado muitas coisas estranhas e perigosas, mas agora ali sentiu mesmo toda a sua esperança ser varrida para um sitio onde nem sequer sabia onde




Nicleido começou a perceber o que Liliane queria dizer quando afirmou que todas as lições que trnsmitiam eram importantes. Ele e Aran olharam para ela. De repente notaram que ela parecia muito menos forte do que no dia anterior.




Estava enconlhida e prestes a chorar. O que se passaria por ela.




- Acho que a magoas-te mais do que qualquer coisa que lhe tenham feito - disse Siena - ela já suportou muita coisa, mais do qualquer um de nós e mostrava-se confiante de que nos iamos sair bem daqui mas ao acusa-la de ser cruel...bem...fez perceber que talvez tudo o que tenha feito estava errado, que se calhar devia ter continuado o seu caminho como uma miuda normal e nunca se ter envolvido nisto.




- Mas isso é um absoluto disparate. - acusou Aran.




- Menos conversa e andem. - disse o guarda espicaçando-os com uma lança.




Eles continuaram a andar.




Os primeiro seis prisioneiros foram guiados para cima do estrado. Os guardas colocaram uma grossa corda à volta dos pescoços deles. Alguns choravam, outros seguravam entre as mãos um terço muito velho, outros não tinham qualquer expressão.




Os quatro amogos olhavam inquietos e horrorizados para tudo aquilo. Firam como o chão por debaixo deles se abrira como alguns pescoços partiram matando-os logo, ou ainda como alguns agonizavam por causa da falta de ar.




- Isto não está certo - repetiu Miliane desta vez olhando sem querer acreditar.




- Que sejam recebidos de braços abertos no eterno - murmurou Liliane que assistia àquilo como se não sentisse nada.




Nic, Aran não diziam nada e Siena chorava baixinho. Ainda pensara que Liliane acordasse daquela repentina melancolia e a consolasse mas nada veio.




Depois de prepararem mais seis cordas levaram mais seis presos para o estrado. O mago sussurrou algo ao guarda e este por sus vez pegou em Miliane levando-a juntamente com os outros.




- Largue-me. - debatia-se ela inutilmente. Mas ele segurava-a com força.




Lá do cimo do estrado Miliane conseguia ver a praça toda. Tentou ver para alem disso. Foi então que viu a Lua ainda no céu e o sol. "Então é assim que se sente quando se está prestes a voar, como Liliane gosta tanto, como se fizesse parte desta bela pintura" pensava ela




"Então eu não quero fugir deste quadro, vou lutar até que o ultimo sopro abandonar o meu corpo"




Voltou então a cara para os seus amigos. Eles olhavam assustados para ela. Mas Liliane estava imovel.




- Liliane - gritou com todos os seus pulmões - acorda desse transe. Senão o fizeres juro que o meu espirito não vai parar de te amaldiçoar durante o resto da tua vida.




Liliane olhou. Miliane estava contente por ter chamado a atenção da amiga. Agora só faltavam uns minutos, tinha de agir rapidamente.




- Como tu disses-te, nunca desistir. Lutar sempre. Manter a mente calma mesmo quando tudo parece perdido. Onde anda a tua honra de cavaleiro? Já nem digo de isso, mas honra de guardião? Vai desiludir todos se desistir. Por acaso não te lembras da promessa que fizeste?




Nic, Siena e Aran olhavam agora para Liliane.




Parecia estar-se a concentrar em algo. E de repente sem ninguem esperar viram como Liliane empurrava de mãos atadas o guarda que tomava conta dela. Parecia estar um tanto ou quanto zangada.




Apanhados de surpresa pelo alarido o guarda que controlava a alavanca para baixar o estrado atrasou-se ficando especado a olhar para aquela rapariga que lutava com todas as forças contra os guardas.




Os amigos não sabiam bem como mas Liliane libertara-se e segurava um punhal. Na praça todos corriam de um lado para o outro em pânico.




Pensavam que ela ia dar cabo de todos os guardas mas mal se libertou voltou para perto de Siena, Aran e Nicleido libertando-os.




- Para que é isto? - perguntou Nicleido espantado




- Não vos treinei para nada, mas por favos não se metam em perigo. Tenho de ir salvar Miliane.




Partiu a correr para o estrado.




- vocês ouviram-na - tomou conta da situação Aran - vamos aprender a divertirmo-nos em batalha.






Miliane estava contente. No fim tudo tinha corrido bem. Agora só tinha de aguardar. Via como Liliane vinha de encontro a si.




Finalmente chegou perto dela e libertou-a das corda. Já não conseguia suportar a corda ao pescoço. e no meio de toda aquela situação abraçaram-se




-Obrigada por teres vindo.




- Por momentos perdi-me, mas depois consegui voltar a encontrar-me.




Tentaram sair mas não conseguiram, estava lá o mago.




-Aonde pensas que vais? - perguntou-lhe




- Sair daqui? Isso queria ver.




Foi a vez de Miliane surpreender a sua amiga naquele dia. Dirigiu-se ao mago e espetou-lhe o dedo.




- Ouve lá, "meu", esta aqui é minha amiga, e tu não lhe vais fazer nada. Já agora a tua mãe nunca te disse para lavares esses dentes antes de alguma cerimonia?




O mago sentia-se envergonhado. No fundo não passava de um picuinhas. Foi logo ver onde havia um espelho para ver se os dentes estavam assim tão maus como Miliane dizia. Ela desatou a rir mas Liliane sentiu perigo.




Nãos abia dizer porquê, mas na sua alma algo lhe dizia isso. De repente tudo pareceu estar a acontecer em camara lenta.




Olhou para Siena, Nic e Aran. Estavam a sair melhor do que esperava. Miliane estava a rir-se ali à sua frente sem nenhum sinal de ameaça. Mas então de onde vinha aquela sensação?




Olhou para a multidão viu então um brilho ténue entre a multidão. Era algo apontado a Miliane.


Todo o raciocinio foi muito rapido. Miliane sozinha desprotegida, era um alvo facil.




Correu então para a sua frente para a proteger de algo.




- Miliane! - gritou à medida que corria - foge!




Chegou a tempo para a salvar, mas não a tempo para se salvar a si propria. Uma seta cravara-se mesmo no cimo da barriga, quase no seu peito, por muito pouco acertava no coração. Podia ter dado a alma, congelado o coração, mas ainda sofria como qualquer humano com feridas carnais e venenos.




- Liliane!




Alguem chegou perto dela. Era alguem com uma capa. Parecia um rapaz mas não tinha a certez. Agora só tinha olhos para a sua amiga e ele parecia um potencial inimigo. Só precisava de se proteger.




Aquele ser encapuzado, baixou o capuz e ela olhou para alguem...que não tinha palavras para descrever, tinha uns cabelos castanhos e uns olhos castanhos cor de avelã.




- Sou um amigo, estou aqui para ajudar-te.




Hoje fica por aqui. Desculpem ter-me prolongado, sentia-me inspirada. Acho que escrevi algumas coisas que baralham uma personagem, mas não se preocupem.




Espero que gostem


Até sábado


Iruvienne



2 comentários:

Anónimo disse...

baralhaste o tanas! Ta espectacular (arrepio no corpo) perkorreu-me toda desde os pés á cabeça.. oh my God, exelente episodio, love,love *

Anónimo disse...

Bem... acho que vou completar o que a jaya disse, com a palavra "magnifico" ,esta... brutal! Gostei deste (e do anterior) episodio, uma fase muito boa para ti, mas para os guardiões esta a sorte ja não lhes sorri (ja areparaste que este coitados estao sempre metidos em sarilhos?! )
OMG, continua!