sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação



Oi


Espero que esteja tudo bem.


Deixo-vos o episodio desta semana




"A cada um sua arma"


Explorando a cidade


Clarividência




Depois de colocarem o capuz da capa. Navegaram num pequeno barco, pelos canais da cidade. Tudo ali parecia uma ilusão. Desde as casas fazerem angulos estranhos e inclinando-se parecendo que vão cair, até as diferentes cores e pessoas darem a sensação de não se moverem ou andarem sobre a água de tão baixos que os barcos eram.


Os nosso cinco amigos estavam espantado. Nicleido e Miliane chegaram mesmo a por a mão dentro de água para verem se era tão fresca como parecia. Siena porem ao olhar para ela viu uma especie de vulto a nadar. Inquiriu Natanael nesse aspecto.


- Há tantos misterios acerca desta cidade tanto na parte visivel, acima da água, como na parte submersa.


Não acrescentou mais nada, mas também não era necessário. Todos sentiam que ali a magia pairava no ar, era o proprio ar, fazia parte de cada ser vivo tal como cada olho cada coração cada orgão vital.


Pararam junto de um sombriu ancoradouro. Liliane saiu logo seguido dos outros, por fim foi Natanael.


- O que fazemos aqui? - perguntou Miliane quando aceitou a mão de Natanael para a ajudar a sair do barco.


- Isto é a minha casa. Vão ficar aqui por uns dias. Ou assim espero.


- Claro! - disse Aran brindando-o com um dos seus raros sorrisos


Deixaram-no passar. Estavam curiosos para ver como seria o interior de uma casa naquela estranha cidade em que nada o que parecia realmente o era. Assim que entraram ficaram de boca aberta.


As paredes tinham tons laranja e roxos e havia almofadas a servirem de cadeiras, panos e candeias. Pareciam que tinham ido parar a um quarto que se situava nas indias.


- Não é grande coisa, mas eu gosto. - disse simplesmente Natanael com um sorriso no rosto ao ver as caras pasmadas dos cinco.


- É fantástica! - disse Miliane exprimindo os sentimentos de todos.


- Então de que estão à esperaa, sentem-se. Eu vou fazer chá de eucalipto e menta. Devem estar cansados.


Natanael parecia agora muito mais no seu elemento. Corria de um lado para o outro como se estivesse nervoso. Queria que eles se sentissem confortaveis. Sentiam agora que o seu novo amigo se sentia honrado por receber cinco guardiães em sua casa, mesmo que fossem de um tempo diferente, mas a cima de tudo queria agradar-lhes.


Siena sentou-se imediatamente num grupo de almofadas que havia junto de uma enorme janela. Lá fora via-se pequena embarcações e pessoas envergando mascaras a sorrirem e a cumprimentarem-se.


- Ainda me hão de explicar por que é que todos usam máscaras. - perguntou de Siena para ninguem em especial. Liliane juntou-se a ela nas suas contemplações.


- Todos usam mascaras para esconder as suas identidades. Aqui os nomes têm poder. - disse Natanael trazendo no tabuleiro chavenas com o chá que emanava um bom cheirinho.


Sentaram-se em volta de uma pequena mesa bebendo o chá.


- Pensando bem vocês tambem poderiam arranjar umas máscaram e umas roupas mais bonitas. Aqui estamos em festa todos os dias. Por isso é que é uma ilusão. Parece que o tempo não passa.


- Acho que vocês são mas é um pouco parvos não? - reclamou como de costume Aran.


- Acho isso até muito interessante, não saberes com quem estás a falar. Liberdade total... - respondeu Nicleido bebendo o resto do seu chá.


Sem se aperceberem as raparigas levantaram-se.


- O que se passa? - perguntou Natanael espantado.


- Eu, Siena e Miliane vamos tomar um banho e arranjarmo-nos como sugeriste. Depois vamos explorar a cidade. - disse Liliane


- Então e as nossas armas? - inquiriu Aran um tanto ou quanto desgostoso


- A viagem foi cansativa e isso iria dispender muita energia. Fica para amanhã.


- Então levem convoscom punhais. Esta cidade pode ser muito alegre mas por baixo das máscaras pode-se ocultar o rosto de um assassino. - quando disse estas palavras Natanael olhava directamente para Miliane, temia por ela.


As raparigas sairam deixando os rapazas a falarem de coisas sem jeito nenhum.




As raparigas foram direito a um quarto. Parecia que toda a casa pertencia a uma uma terra longinqua.


- Quem vai primeiro? - perguntou Siena alegremente. Tinham combinado que se arranjariam à vez e que iam tentar parecer, belas como se fossem para um baile. E depois é que iam para uma pequena embarcação que iam fazer aparecer por artes mágicas.


- Eu posso ir. - ofereceu-se como de costume Miliane como era seu costume. Enquanto ela se arranjava, na casa de banho, Siena e Liliane trocavam impressões.


- O que achas da cidade? - perguntou Siena


- Não sei, sinceramente estava melhor com os pés em terra firme. Tenho de aprender a caminhar pelas aguas - Liliane parecia um pouco em baixo.


- Anima-te, és a base do grupo tens de ser forte. Além disso acho que tens razão. Quando aprenderes ensinas-nos?


- Claro.


Começavam a acreditar que com os seus poderes tudo era possivel.


- Já estou. - disse uma voz à porta.


Era Miliane. Envergava agora um vestido vermelho ricamente bordado e os seus cabelos loiros estavam encaracolados. A sua mascara era preta bordada a dourado.


- Que tal? - perguntou dando uma volta em si mesma


- Muito bem, mas não exageras-te um bocadinho?


- Se calhar, mas quero ver se fazes melhor Siena. És a seguinte.


Siena olhou para Liliane para lhe pedir ajuda, mas Liliane já se preparava para falar com Miliane. Sem qualquer hipotese Siena foi arranjar-se.


Liliane queria abordar um tema a Miliane e agora era o momento ideal.


- Miliane?


- Sim?


- O que se passa entre ti e Natanael?


Miliane olhou para ela espantada, tinha a certeza que Liliane era muito perspicaz em relação a mentiras e outras coisas, mas nunca julgou que fosse assim tanto para as outras coisas.


- Somos só amigos. - garantiu Miliane, se bem que um leve rubor lhe tingiu as faces.


- Mas tu gostas dele. - terminou Liliane


- Por vezes é mais dificil admitir o que está à frente dos olhos.


Liliane sorriu. Tinha conseguido o que queria. Puxando o seu cabelo começou a entraçalo uma vez mais. Achava que estava comprido demais e isso estorvava-a nas lutas que viesse a ter.


Ouviu então a porta a abrir e entrou Siena. Trazia um vestido verde e também algumas linhas discretas bordadas, a sua mascara era castanha e verde. Estava bastante bonita.


- Vamos lá só faltas tu. - disseram Siena e Miliane empurrando Liliane para fora do quarto.


Liliane lá foi.


- Achas que ela está feliz? - perguntou Siena a Miliane.


- Acho que está com medo do seu poder.


-Até a compreendo, mas ela vai ter de arranjar coragem.


- Ela vai ter.


Liliane fora rapida e apareceu quase logo à porta. O seu vestido era violeta a condizer com os seus olhos, tinha tambem uma renda preta. O seu cabelo porem foi uma surpresa, tinha sido cortado pelos ombros. A sua máscara era branca com pequenos contorcidos pretos.


- Vamos? - perguntou sorridente.


- Vamos.


Passaram pela porta deixando os rapazes na sala.


Ao chegarem ao pequeno porto juntaram as mãos à sua frente, e recitando uma pequena formula fizeram um pequeno barco, parecido a uma gondola de veneza, toda cor de marfim.


Depois de entrarem fizeam um pequeno feitiço de controlo e partiram para o canal principal, onde dezenas de outros barcos passavam. Ali todos pareciam amigos, perceberam então o que Natanael queria dizer com a face escondida por debaixo da mascara.


No seu passeio até ouve um jovem que tinha dado uma flor a Liliane. Chegaram a uma praça onde a música nunca parava. Sem esperar deixaram um barco amarrado a um poste e partiram para dançar com as outras pessoas.


No inicio, nenhuma tinha muita vontade de dançar, mas passado um bocado, já os seus vestidos rodopiavam. Não sabiam com quem dançavam, mas isso não parecia ser problema. Os seus pares falavam de coisas sem importancia.


Começaram a notar um homem a olhar muito para elas.


"Está ali um homem a olhar muito fixo para nos" disse assustada Siena


"Vamos embora, encontramo-nos no barco"


E largando os pares com uma desculpa desfarrapada e dirigiram-se o mais rapidamente para o barco. Chegados lá sairam o mais depressa possivel retirando as suas mascaras para elas não cairem à agua.


- Trouxeram os punhais? - perguntou Liliane


Siena e Miliane fizeram sinal negativo.


- Não tenho forças para vos criar agora um puhal, por isso lembrem-se de tudo o que vos ensinei pois só vamos usar os nossos pulsos.


Acenaram que sim. Quando olharam para trás viram que o barco que as seguia desaparecera.


"Mas que raio...."


Um barco atravessara-se mesmo à frente fazerndo com que o barco das nossas amigas chocasse e virasse ao contrario.


Miliane, Siena e Liliane gritaram ao cair dentro de agua.


"Agora era uma boa altura para uma ajuda"




Os rapazes estavam a falar sobre como se comportarem, sobre como era a cidade e os poderes. Estavam todos a falar muito bem quando de repente Natanael parou e ficou muito quieto.


- O que se passa? - perguntou Nicleido muito assustado.


- Três raparigas num barco de marfim enfretam um só vindo do mais fundos bosques, sozinhas vão morrer, mas se apenas um de nós chegue lá o mais depressa possivel, ainda se podem salvar. -disse Natanael numa voz estranha.


Os rapazes olhavam entre si espantados. Natanael estremeceu levemente e pareceu acordar.


- O que foi? - perguntou ele


- Não sabes mesmo o que disseste? - perguntou Aran abismado.


- Não.


- Miliane e as outras estão em perigo.


Natanael olhou-o de forma como se não acreditasse no que estava a ouvir.


- Como sabes isso?


- Apenas sei, isso agora não interessa- respondeu Nicleido - temos apenas de ir para onde elas estão.


- E onde é isso ? -perguntou Aran


- Algures no canal principal


- Então de que estamos à espera? Vamos logo.




O episodio fica por aqui.


Espero que gostem


Até


terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação


Como é Carnaval e sinto-me um bocadinho inspirada, decidi fazer um episodio extra.


A caminho da capital

A cidade das ilusões


De madrugada, ainda mal o sol tinha nascido já os nossos amigos estavam de pé a arranjarem-se para sair. Cada um tinha arranjado com magia umas roupas confortaveis para viajar. Era uma vantagem da magia, não precisavam de ir ao costureiro.

Natanael esperava cá fora pondo a sua pequena e velha espada um pouco mais cortante. Nicleido e Aran visto serem mais despachados, vieram cá para fora esperar pelas raparigas.

- Também era bom arranjarmos algumas armas para nos protegemos -disse Nicleido contemplando a espada de Natanael.

- Temos que falar com Liliane e ver o que é que ela nos arranja - comentou com Nic fazendo com que Natanael olhasse para eles de forma intrigante.

O dia estava a ficar quente, um tanto ou quanto demasiado quente para os seus gostos.

- Já estamos podemos partir. - disse Siena aparecendo à porta.

As raparigas trajavam de três cores diferentes. Miliane vestia de castanho e beje, Siena de verde e bege e Liliane de azul e beje. Pareciam ter combinado vestirem-se de forma parecida e isso era uma maneira de irritarem os rapazes.

- Prontos? - perguntou Miliane voltando a estar sorridente como sempre. Siena desconfiava de onde viria aquele sorriso, mas viu que Liliane sorria também e não conseguindo evitar sorriu também.

Depois seguindo Natanael lançaram-se também numa corrida até à capital daquele mundo.

"Fala-nos deste mundo, Natanael." pediu Siena mentalmente. Tinha já compreendido que ele podia fazer quase as mesmas coisas que eles.

Natanael não respondeu de imediato, era uma pergunta complicada nos tempos que corriam. Com uma rápida sondagem notou que estavam todos bastante curiosos.

"Se vocês insistem...

Este mundo chama-se Fyorm, ninguém sabe quem é que lhe deu nome, mas tem sido transmitido de avó para pai e de pai para filho.

Desde o começo que se ouve falar das tecedoras das teira, normalmente duas entidades superiores. Podem variar de história para história, mas elas aparecem sempre. Acontece que de momentos a momentos ocorre um jogo entre elas.

No inicio, ninguem ligava a isso, era só mais um jogo, ms depois começaram a morrer pessoas, a sucederem-se guerras e tudo o mais. Começamos então a ficar assustados.

Tal como as lendas, refugiamo-nos num ponto. Lá encontraram-se cinco jovens, notaram que cada um possuia um dom, dado pela mãe suprema e que estando juntos o seu poder crescia.

Então criaram no meio do recinto onde estavam protegido um edificio. Dizem que é enorme mas eu nunca o vi. À sua volta plantaram uma floresta tão grande que com o passar dos anos degenerou e é agora a floresta por onde corremos.

Acho que dois morreram de exaustão, lendas, mitos mas nada confirmado. Os outros três ensinaram aos refugiados tecnicas de defesa e a arte da guerra. Marcharam então para a grande batalha.

Dizem que lutaram como quem não lutava à anos, que pareciam os deuses personificados. Para mim não passam de mentiras e imaginação a mais. Mas parece que reencarnaram à uns anos, com o mesmo corpo e a mesma alma. Estranho não é.

Por isso é que não acreditei que vocês fossem os guardiães, sabem eu nunca vi de perto os outros guardiães mas eles têm quase 20 anos e vocês têm 15, será como conhecer uns vocês mas uns anos mais velhos.

Natanael calou-se deixando-os com os seus pensamentos. Realmente era estranho saberem que se vão encontrar com eles mesmos uns anos mais velhos. Como estariam?

Miliane riu-se em conjunto com Siena e Liliane.

"raparigas" pensou Aran e Nicleido

- Deve ser divertido e estranho ao mesmo tempo. Será que continuarei tão bonita? - perguntou Miliane.

- Não sejas tola. A beleza não é tudo, imagina então o que é encontrares um "eu" mais novo.

- Isso é mesmo muito mau. - replicou Liliane.

Natanael sentiu-se então espantado perante aquelas reacções. Sempre pensou que eles iriam ficar um pouco mais preocupados.

- Sabem o que é engraçado no meio de tudo isto? - perguntou Aran.

- O quê?

- É que no meio de tanta correria quando voltarmos para a escola seremos uns craques em educação física.

Siena ficou um pouco em baixo. Pensar na antiga escola trazia-lhe muitas saudades. "Isso se nós voltarmos"

- Não fiques assim. - Animou Miliane.

- Não agora temos mais em que pensar.

- Já agora Liliane - chamou Nicleido - estivemos a pensar que talvez é melhor ensinar-nos como combater com uma arma, par o caso de nos envolvermos em lutas.

- Isso é uma excelente ideia, mal tenhamos algum tempo tratamos logo disso.

- Agora parem de falar por um bocadinho e aproximem-se lentamente. - disse Natanael sorrindo.

Eles notaram que era ali que acabava a floresta estando algo muito luminoso do outro lado. Perceberam então que tinham chegado. Natanael mostrava-se verdadeiramente orgulhoso e nervoso ao mostrar aquela cidade aos seus mais recentes amigos.

eles avançavam como se esperassem algo maravilhoso e as suas espectativas foram concretizadas.

À sua frente estava um imenso lago, não, era o proprio mar. Lá no meio, casas e predios, monumentos e pontes sustinham-se sobre a agua. Tinha um efeito curioso visto a agua reflectir a cidade tornando-a ao mesmo tempo uma ilusão.

Pessoas navegavam em barcos quase rentes à agua sem notarem a beleza que os rodeava.

- Bem vindo à cidade das ilusões. Belisse Caprice Xiomar, é um nome comprido mas é o nome da cidade, normalmente é só chamada Belisse.

Ficaram ali a contemplar a cidade do mar, erguida sobre as águas fazendo com que parecesse irreal.

"Cidade das ilusões"

- Tenham atenção. Os mostros não andam só por terra e ar, também à ilusões na água. - Natanael fazia agora de guia turistico - ainda não vos contei, mas foi neste exacto local que o sábio, um homem muito respeitavel entre nós, fez a sua ultima profecia sobre vocês. Não sei se já ouviram.

Miliane recordou a profecia feita pelo povo Vierno aquando a sua visita em italia. Na altura os seus pensamentos eram outros e Liliane nem sequer estava com eles. Fez então sinal para que ele lhe contasse.

- Então uma das profecias foi assim :

Cinco virão, cinco morreram, cinco viveram, um atraiçoa-rá, cinco venceram e cinco perderam. Quatro seguiram em frente e um ficará para trás, quatro ficaram para tras e e um seguirá frente.


Num outro sitio. Num palácio de marmore branco, quatro pessoas estavam reunidas à volta de uma mesa.

- Por que nos chamaste-te aqui? - perguntou uma rapariga.

- Há umas pessoas, não consigo ver quem, mas são tão ou mais poderosas que nós. temos que ficar atentos

- Achas que vêm da parte da escuridão?

- Não sei. Vamos ter que esperar para ver.

- Quem nos dera se Lin estivesse aqui...

- Eu sei Siue, mas uma vez que não está vamos ter que nos desenrascar sozinhos.


Hoje o episodio fica por aqui

Espero que gostem

Volto sexta à noite ou sábado

Iruvienne

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Uma História...A nossa história...Magia e Imaginação


Sem mais demoras...


Um plano


Uma noite longa



Miliane tinha conseguido, sem saber bem como, reunir os seus amigos e junto do estranho fugido para o meio da floresta. Esse estranho transportava nos seus braços Liliane ainda inconsciente.

- Ainda falta muito? - perguntou Siena, não gostava de ver a sua amiga assim, alem de que a cada passo que davam pareciam estar cada vez mais perdidos naquela imensidão de troncos verdes.

- Estamos quase lá. Mas enquanto não chegamos não querem apresentar-se? É o minimo que podem fazer.

Enquanto corriam olharam uns para os outros. Sinceramente não entendiam porque é que aquele rapaz, não muito mais velho do que eles, os tinham ajudado visto não os conhecerem sequer.

- Eu chamo-me Aran - era a primeira vez que ele tomava assim iniciativa, pelo menos sem por em causa se aquele sujeito era ou não de confiança "Sinto que podemos confiar nele" transmitiu aos outros.

- Sou Siena - estava preocupada com Liliane, mas mesmo assim era a unica que se sentia confortavel naquele labirinto verde.

- Miliane

- Nicleido, e essa aí é Liliane.

Houve momentaneamente um momento de silêncio, sendo o unico barulho o dos pés a baterem o chão coberto de caruma. Ouviu-se então um leve gemer e todos olharam para Liliane. Ela parecia estar a acrdar.

- Vamos parar. - anunciou o jovem.

Todos pararam junto de uns arbustos que serviam de abrigo e viram que precisavam de mudar o pano com que estavam a estancar o sangue. No entanto não era por isso que ela estava a gemer.

- Liliane? - perguntou um tanto ou quanto intimidada Miliane.

Miliane aproximou-se da amiga ao mesmo tempo do jovem. Estavam muito proximos, mas depois o jovem afastou-se envergonhado. Miliane viu como Liliane abria os olhos.

- Como estás? - perguntou.

- Dorida, mas nada que eu não aguente. -respondeu tentando levantar-se mas cambaleando quando sentiu a dor a regressar. Ao levar a mão aonde sentia o foco da dor viu que esta estava vermelha. - ui isto parece feio.

- Não devias ter-te levantado, assim só vai agravar. - disse Aran surpreendendo-os com aquela preocupação.

Liliane sorriu. Rasgou um pouco do seu vestido e atou-o fazendo firmeza sobre a ferida. Depois virou-se para o rapaz.

- Obrigada por nos ajudares mas quem és?

- Chamo-me Natanael.

- Finalmente um nome! - exclamou Miliane. Começava a ficar exasperada por não saber o nome daquele rapaz tão misterioso. Nem se apercebeu que aquele comentario fez com que todos olhassem para ela.

- Vamos para um sitio seguro, já oiço alguem a perseguir-nos - disse Liliane tentando andar mas teve de se agarrar a uma arvore para não cair.

Aran veio por tras e colocou uma mão no ombro.

- Liliane, desculpa o que te disse antes, mas agora pára de te armar em forte e deixa que eu te leve ao colo.

Liliane sorriu e sem protestar mais deixou que ele a levasse por mais uns metros até encontrar uma pequena cabana.

Ao inicio não estavam a ve-la de tão bem escondida que estava mas depois, à medida que se aproximavam começaram a notar uns contornos bem mais diferentes do que os continuos troncos das arvores.

O telhado era praticamente todo coberto por musgo e as paredes eram de madeira tão escura como a casca das arvores.

O interior também não era melhor. Ao entrarem sentiram o cheiro a humidade a pairar no ar.

Nicleido e Miliane depressa montaram barreiras defensivas à volta da casa, gastando ogo uma grandiosa quantidade de magia. Aran depositara Liliane, agora adormecida numa liteira a um canto.

Depois sentaram-se todos à mesa em silêncio, pensando.

- Então vocês o que fazem por estas bandas? - perguntou Natanael.

- A verdade é que estamos presos aqui neste mundo e que não sabemos como voltar - confessou Miliane que como todos estava extremamente desanimada.

- Vocês não são deste mundo? Isso parece muito estranho.

- Mas é a verdade. Chegamos aqui e por causa da nossa aparencia, de não sabermos como nos comportarmos neste ambiente fomos presos.

- Isso parece-me um enorme disparate.

- Sabem acho que isto está cada vez pior, parece que a sorte nos abandonou. - murmurou Nicleido.

- já agora, apenas por curiosidade, porque nos ajudaste Natanael?

Natanael estava a olhar para Miliane, parecia que havia uma certa ligação entre os dois.

- Acontece que vocês pareceram-me umas pessoas que eu conheci à muito tempo. Mas já não mais. Desapareceram.

Aran notou que ele escondia um segredo que não queria por nada revelar. Mas ele achou uma maneira de contrariar aquelas desconfianças.

- Se vocês têm um problema - sugeriu Natanael - vocês deveriam ir falar com os Guardiães, à capital.

Todos voltaram a cabeça ao mesmo tempo. Sabiam muito bem que os guardiaes eram eles proprios. Saberem que poderiam ir falar com eles sobre aquele problema era algo demasiado maravilhoso.

Entretanto decidiram que chegava de aventuras por um dia. Foram todos deitar-se adormecendo de imediato imaginando uma conversa que poderiam ter daqui a alguns dias com os seus supostos guardiães do passado


Era ainda de noite. A luz da Lua passava por um pequeno boraco no tecto dando uma aparencia fantasmagorica ao interior da casa.

Miliane acordou assustada. Tinha tido um pesadelo, sonhava que corria por um beco escuro, corria pedindo ajuda e à procura de alguem mas não encontrava ninguem que a ajudasse, afogando-se num negrume sufocante.

Para espairecer um pouco levantou-se e foi ver como Liliane estava. Por vezes tinham brigas como duas irmãs mas sentia que lá no fundo nunca iria conseguir compreender Liliane. Com um dedo percorreu a sua face.

Queria tanto poder falar com ela sobre o que se passava na sua cabeça. Queria esclarecer tudo de uma vez, tentar perceber o que se passava. Então lembrou-se de contacta-la pela mente.

"Liliane?"

Ouviu primeiro um silêncio mas depois encontrou a calorosa Liliane, não aquela em que se tornara meses antes num templo estranho no meio de uma floresta, mas sim a Liliane, verdadeira e unica, que conhecera lá na escola onde ainda aprendia matematica e portugues.

"Miliane! Que novas me trazes?"

"Queria saber como estavas."
"Penso que estou melhor, mas pensando bem não devias estar a dormir?"

"Tive pesadelos." não queria contar aquilo por pensamentos, seria melhor falar quando estivessem todos bem. Liliane também não insistiu

- Sabes que ela já podia estar bem e aqui ao pé de nós. - disse uma voz atras dela assustando-a

Era Natanael. Notou que ele a observava de maneira estranha.

- Podia estar bem?

Natanael aproximou-se e sentou-se junto dela.

- Tenho um pouco do vosso poder, mas não tanto. Com o teu poder do espirito podias cura-la.

Miliane olhou para aqueles olhos castanhos, sinceros, procurava algo que provasse que ele estava errado, mas não encontrou nada.

Decidiu então tentar fazer aquilo que Natanael disse. Por cima da ferida colocou as suas mãos sobre a ferida e deixou a magia fluir. Primeiro não notou diferença nenhuma, mas depois viu como a ferida se foi fechando até a pele se juntar e icar lisa como no inicio.

"Obrigada, amanhã já devo ter as forças todas recuperadas" ouviu Miliane na sua mente.

Natanael levantou-se e fez sinal para que Miliane o seguisse para fora da cabana.

Lá fora as copas dos pinheiros tapavam a maioria do ceu mas ainda conseguia ver algumas estrelas.

- Como sabes tantas coisas sobre nós? - perguntou Miliane

- Falei muito com Liliane enquanto corriamos. Ela apenas explicou-me a vossa situação.

Pois tinha que ser ela, mesmo quando estava ferida estava preocupada como bem do grupo.

- Conhecemo-nos a mais ou menos a um ano. Podes não acreditar mas nós somos os novos guardiães, no nosso tempo, vosso futuro nós preparamo-nos para algo.

- Então o que vieram fazer aqui?

- Viemos à procura de respostas e acabamos presos, neste tempo e neste lugar.

Natanael olhou para o céu de depois de pensar levantou-se e colocou-se à frente de Miliane

- Não tenhas medo, daqui a nada está tudo acabado e tudo voltará a ser como antes.

Miliane sorriu, sentia-se protegida com Natanael.

- Amanhã partimos para a capital, vai demorar alguns dias mas penso que iremos conseguir falar com os guardiaes.

- Obrigada.

Ficaram ali a contemplar o ceu estrelado. Viram então um enorme cometa a cruzar os céus, assustando-os. Mal eles sabiam que todos naquele mundo o tinham contemplado.

- O que era aquilo? - perguntou Miliane

- Por acaso não sei, há tantos mistérios neste mundo. - respondeu Natanael.

- Aquilo era Calipso, o cometa do anuncio - disse uma voz atras dela.

Liliane acordara, no entanto apoiava-se à porta como se caso ela se desencostasse ela caisse. Entretanto tinha mudado de roupa envergando um vestido verde. Contemplava os céus com um certo brilho nos olhos.

- Anuncio? De quê? - perguntou Natanael.

Ela olhou para ele

- O que sabes sobre Guik Jium?


Hoje fica por aqui.

Espero que gostem

Até sábado

Iruvienne




sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Uma História...A nossa História...Magia e Imaginação




Mais um episódio....






Uma noite longa



Um pequeno medo






Miliane caia mais uma vez no chão com uma careta de cansaço. Não era a unica, Siena e até mesmo os rapazes estavam a ficar estoirados de uma noite de treinos com Liliane. Ela ensinava-os em como defenderem-se e como lutarem.



Mas ela exigia demasiado, mantinha uma expressão distante, ninguem entendia porquê, mas repetia vezes sem conta conselhos como se a defesa deles fosse a coisa mais importante. Estava a amanhecer e ela ainda nem uma gota de suor nem cansaço demonstara.



- Vamos parar aqui. Neste momento vocês sabem defender-se razoavelmente. - disse Liliane sentando-se novamente sozinha a um canto. - Lembrem-se, quando se defenderem tentem sentir-se como parte do mundo que os rodeia e não como meros seres que vagueiam num sitio desconhecido, liguem a tudo, mas nunca, nunca mostrem os vossos sentimentos.



Nic levantou-se, nem ele tinha escapado aos golpes da sua amiga, não compreendia onde ela ia buscar tanta fúria para lutar assim, ou entao tanto autocontrolo. Estavam a dois passos de terem uma corda ao pescoço e ela só conseguia pensar uma maneira de se salvarem.



Aran não ficou por ali, só ficarem a pensar e com um dedo apontado foi direito aonde estava Liliane acusando-a.



- Tu és um horror, desculpa, mas estás a matar-nos, antes melhor a corda.



Liliane olhou-o com um olhar frio. Aran sentiu-se incomodado mas mesmo assim continuou.



- Pensas que isto nos vai salvar? Que são uns simples golpes de karaté ou lá o que é isto que nos vai salvar da forca? É que não me parece.




Ele calou-se e olhou para ela à espera que respondesse, mas Liliane apenas desviou o olhar. Siena decidiu intervir antes que aquilo se tornasse numa coisa que ninguém queria.




Liliane levantou-se e atirou-se a ele. Não suportava as insinuações do amigo. Aquilo era demais. Nem a pequena palha no chão fez a queda ser mais confortavel.




Aran tentou contra-atacar mas tudo o que conseguiu fazer foi levantar um pouco a cabeça para ver os seus amigos estupfactos. Ninguém queria que aquilo chegasse àquele ponto.




Siena olhou para os outros prisioneiros que tinham adormecido a um canto depois de verem muitos treinos. Tentando ver se alguem tinha sido atraido por algum barulho, os olhos de Miliane pousaram em cima de uns esqueletos presos a umas parede, como não vira aquilo antes?






Nic olhava preocupado para Aran, Liliane tinha estado a ensinar-lhes e a lutar com eles para treinar, mas naquele ataque não sentia nenhuma brincadeira nos movimentos de Liliane. Tentou recorrer aos seus poderes para separar os amigos mas, mais uma vez, frustrado, apenas encontrou uma parede de gelo a bloquear o seu acesso à magia.




Aran estava com medo daquele ataque. Virou a cabeça e olhou para a cara de Liliane, naquele negrume de madrugada, não conseguiu ver a face da sua amiga, apenas uns enormes olhos violetas frios mas no entanto quase a brilharem de lágrimas e uns enormes cabelos pretos a flutuarem a um vento inexistente.




Sorrindo misteriosamente disse baixinho. Levantando-se ao mesmo tempo libertando-o daquele ataque surpresa.




- Aran, se e te estou a ensinar isto é porque vai ser util, se eu estou a ser assim tão cruel porque não desistes logo. Sabes que mais esquece. Quem desiste sou eu.




Liliane afastou-se, sentou-se e fechou os olhos. Não sentia sono e sabia que mais cedo ou mais tarde viriam busca-los para o seu destino. O que aconteceria ao presente se os Guardiães morressem?




Nic sentou-se tambem ao lado das duas raparigas que tinham achado um canto seco no meio da humida prisão, um tanto ou quanto loge de Aran que se recolhera em si ainda um tanto ou quanto atordoado com o que lhe acontecera.




- Acho que desta vez é que nos metemos mesmo em sarilhos dos grandes. - sussurrou Nic




- Podes ter a certeza que sim. Acho que Liliane tambem já notou que isto é um beco sem saida senão ela não se comportaria daquela maneira.




Ouviu-se então alguém a aproximar-se. Acordaram todos os prisioneiros imediatamente não queriam que fossem apanhados desprevenidos. No entanto Liliane continuou sentada. Estava a pensar numa forma de sair.




Pouco depois apareceu do outro lado das grades o feiticeiro acompanhado por vários guardas. Trazia uma tunica purpura e um ar um tanto ou quanto manhoso, como quem se prepara para pregar uma partida.




O guardas entraram de repente e com brusquidão prenderam, com uma corda, os pulsos de vários prisioneiros com força.




- Vamos todos embora daqui. Hoje é um dia especial. - disse o mago com um riso malefico.




Nic e os outros ficaram assustados. Aquilo não era de maneira nenhuma as melhores das situações. Quase todos olharam para Liliane à espera de algo. Encontraram-na levantada de olhos um tanto ou quanto normais.




- Que foi? - perguntou um tanto ou quanto bruscamente - deixei de ser uma solução, sou apenas um impecilho cruel, lembram-se?




Aran sentiu-se um tanto ou quanto envergonhado, sentiu culpa por a ter deixado tão em baixo. Nunca imaginou que Liliane reagisse daquela maneira.




Miliane aproximou-se de Liliane mas foi impedida por um guarda.




- Vamos todo para a rua e não desobedessam tenho guardas prontos a matarem-vos.




Seguiram em fila um a um. O mago porem parou quando Liliane se preparava para sair.




- Podes pensar que és muito corajosa, mas não passas de uma rapariga cobarde que ainda mal saiu das saias da mãe. - provocou ele, no entanto Liliane tambem o surpreendeu




- Tem razão, apenas estou a viver algo que não sou eu.




Seguiu atras dos outros.




Viu pela primeira ves onde estavam, estavam num patio enorme calcetado no meio daquela localidade, ao pé do sopé de uma montanha. Do outro lado estava uma plataforma destinada ao tal destino.




Em frente dela estavam colocadas varias cadeiras destinadas a pessoas de alto cargo.




As pessoas começaram-se a juntar e as cadiras depressa foram preenchidas.




Miliane sentiu medo, muito medo. Na sua vida já tinha presenciado muitas coisas estranhas e perigosas, mas agora ali sentiu mesmo toda a sua esperança ser varrida para um sitio onde nem sequer sabia onde




Nicleido começou a perceber o que Liliane queria dizer quando afirmou que todas as lições que trnsmitiam eram importantes. Ele e Aran olharam para ela. De repente notaram que ela parecia muito menos forte do que no dia anterior.




Estava enconlhida e prestes a chorar. O que se passaria por ela.




- Acho que a magoas-te mais do que qualquer coisa que lhe tenham feito - disse Siena - ela já suportou muita coisa, mais do qualquer um de nós e mostrava-se confiante de que nos iamos sair bem daqui mas ao acusa-la de ser cruel...bem...fez perceber que talvez tudo o que tenha feito estava errado, que se calhar devia ter continuado o seu caminho como uma miuda normal e nunca se ter envolvido nisto.




- Mas isso é um absoluto disparate. - acusou Aran.




- Menos conversa e andem. - disse o guarda espicaçando-os com uma lança.




Eles continuaram a andar.




Os primeiro seis prisioneiros foram guiados para cima do estrado. Os guardas colocaram uma grossa corda à volta dos pescoços deles. Alguns choravam, outros seguravam entre as mãos um terço muito velho, outros não tinham qualquer expressão.




Os quatro amogos olhavam inquietos e horrorizados para tudo aquilo. Firam como o chão por debaixo deles se abrira como alguns pescoços partiram matando-os logo, ou ainda como alguns agonizavam por causa da falta de ar.




- Isto não está certo - repetiu Miliane desta vez olhando sem querer acreditar.




- Que sejam recebidos de braços abertos no eterno - murmurou Liliane que assistia àquilo como se não sentisse nada.




Nic, Aran não diziam nada e Siena chorava baixinho. Ainda pensara que Liliane acordasse daquela repentina melancolia e a consolasse mas nada veio.




Depois de prepararem mais seis cordas levaram mais seis presos para o estrado. O mago sussurrou algo ao guarda e este por sus vez pegou em Miliane levando-a juntamente com os outros.




- Largue-me. - debatia-se ela inutilmente. Mas ele segurava-a com força.




Lá do cimo do estrado Miliane conseguia ver a praça toda. Tentou ver para alem disso. Foi então que viu a Lua ainda no céu e o sol. "Então é assim que se sente quando se está prestes a voar, como Liliane gosta tanto, como se fizesse parte desta bela pintura" pensava ela




"Então eu não quero fugir deste quadro, vou lutar até que o ultimo sopro abandonar o meu corpo"




Voltou então a cara para os seus amigos. Eles olhavam assustados para ela. Mas Liliane estava imovel.




- Liliane - gritou com todos os seus pulmões - acorda desse transe. Senão o fizeres juro que o meu espirito não vai parar de te amaldiçoar durante o resto da tua vida.




Liliane olhou. Miliane estava contente por ter chamado a atenção da amiga. Agora só faltavam uns minutos, tinha de agir rapidamente.




- Como tu disses-te, nunca desistir. Lutar sempre. Manter a mente calma mesmo quando tudo parece perdido. Onde anda a tua honra de cavaleiro? Já nem digo de isso, mas honra de guardião? Vai desiludir todos se desistir. Por acaso não te lembras da promessa que fizeste?




Nic, Siena e Aran olhavam agora para Liliane.




Parecia estar-se a concentrar em algo. E de repente sem ninguem esperar viram como Liliane empurrava de mãos atadas o guarda que tomava conta dela. Parecia estar um tanto ou quanto zangada.




Apanhados de surpresa pelo alarido o guarda que controlava a alavanca para baixar o estrado atrasou-se ficando especado a olhar para aquela rapariga que lutava com todas as forças contra os guardas.




Os amigos não sabiam bem como mas Liliane libertara-se e segurava um punhal. Na praça todos corriam de um lado para o outro em pânico.




Pensavam que ela ia dar cabo de todos os guardas mas mal se libertou voltou para perto de Siena, Aran e Nicleido libertando-os.




- Para que é isto? - perguntou Nicleido espantado




- Não vos treinei para nada, mas por favos não se metam em perigo. Tenho de ir salvar Miliane.




Partiu a correr para o estrado.




- vocês ouviram-na - tomou conta da situação Aran - vamos aprender a divertirmo-nos em batalha.






Miliane estava contente. No fim tudo tinha corrido bem. Agora só tinha de aguardar. Via como Liliane vinha de encontro a si.




Finalmente chegou perto dela e libertou-a das corda. Já não conseguia suportar a corda ao pescoço. e no meio de toda aquela situação abraçaram-se




-Obrigada por teres vindo.




- Por momentos perdi-me, mas depois consegui voltar a encontrar-me.




Tentaram sair mas não conseguiram, estava lá o mago.




-Aonde pensas que vais? - perguntou-lhe




- Sair daqui? Isso queria ver.




Foi a vez de Miliane surpreender a sua amiga naquele dia. Dirigiu-se ao mago e espetou-lhe o dedo.




- Ouve lá, "meu", esta aqui é minha amiga, e tu não lhe vais fazer nada. Já agora a tua mãe nunca te disse para lavares esses dentes antes de alguma cerimonia?




O mago sentia-se envergonhado. No fundo não passava de um picuinhas. Foi logo ver onde havia um espelho para ver se os dentes estavam assim tão maus como Miliane dizia. Ela desatou a rir mas Liliane sentiu perigo.




Nãos abia dizer porquê, mas na sua alma algo lhe dizia isso. De repente tudo pareceu estar a acontecer em camara lenta.




Olhou para Siena, Nic e Aran. Estavam a sair melhor do que esperava. Miliane estava a rir-se ali à sua frente sem nenhum sinal de ameaça. Mas então de onde vinha aquela sensação?




Olhou para a multidão viu então um brilho ténue entre a multidão. Era algo apontado a Miliane.


Todo o raciocinio foi muito rapido. Miliane sozinha desprotegida, era um alvo facil.




Correu então para a sua frente para a proteger de algo.




- Miliane! - gritou à medida que corria - foge!




Chegou a tempo para a salvar, mas não a tempo para se salvar a si propria. Uma seta cravara-se mesmo no cimo da barriga, quase no seu peito, por muito pouco acertava no coração. Podia ter dado a alma, congelado o coração, mas ainda sofria como qualquer humano com feridas carnais e venenos.




- Liliane!




Alguem chegou perto dela. Era alguem com uma capa. Parecia um rapaz mas não tinha a certez. Agora só tinha olhos para a sua amiga e ele parecia um potencial inimigo. Só precisava de se proteger.




Aquele ser encapuzado, baixou o capuz e ela olhou para alguem...que não tinha palavras para descrever, tinha uns cabelos castanhos e uns olhos castanhos cor de avelã.




- Sou um amigo, estou aqui para ajudar-te.




Hoje fica por aqui. Desculpem ter-me prolongado, sentia-me inspirada. Acho que escrevi algumas coisas que baralham uma personagem, mas não se preocupem.




Espero que gostem


Até sábado


Iruvienne



sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Uma História...A nossa História...Magia e Imaginação





Olá malta


Espero que esteja tudo bem.


Sem mais demoras.




Uma conversa na prisão






Siena ouvia um barulho irritante de pingos a cair. Não se lembrava como tinha ali parado, abriu os olhos e tentou ver o que se passava para alem de uma densidade negra que a rodeava. Notou logo vários vultos deviam ser outras pessoas.


Viu umas grades mesmo à sua frente.


"Boa, só faltava termos vindo parar a uma prisão"


Viu uma janela alta onde entrava uma fraca luminosidade, lá estava a sua amiga Liliane a olhar para a rua. Sentia que algo estava errado, não estava tão à vontade como parecera naquela manhã no mercado.


Quase como se isso fosse um pensamento Liliane voltou a cara e olhou para ela.


- Já acordaste! - exclamou Liliane demasiado alegre para a ocasião.


- Pois, parece que estamos na prisão.


Liliane desceu e foi ter com ela. Notou que Siena parecia um tanto ou quanto assustada. Siena por seu turno notou o que estava mal em Liliane, era a falta de armas a que estava já habituada.


-Acho que deviamos acorda-los então. resolveu Siena voltando-se imediatamente para os ir acordar, mas foi travada pela mão de Liliane.


- Temos andando em tantas trapalhadas... deixa-os dormir, aqui pelo menos parece que estamos a salvo.


Siena olhou para ela e assentiu. Sentando-se em seguida. Não conseguia mesmo entender o que se passava, não tinham roubado, nem mentido, porque seria que estavam ali?


Liliane voltava a instalar-se junto à janela, Siena juntou-se a ela.


Notou que esta encontrava-se também muito assustada mas que não queria mostrar para não alertar os outros.


- Não precisas de ter medo, nunca estarás só. - disse Siena sorrindo carinhosamente.


A sua amiga olhou um tanto ou quanto espantada. E depois foi compreensiva e sorriu.


- Tens razão, mas a verdade é que ainda não controlo bem o meu poder. Da ultima vez, lá na ruela, mal disse uma coisa um homem morreu.


- Mas fizeste o que precisava de ser feito.


- Do que é que estão aí a falar? - perguntou uma voz sozinha vinda do escuro. Elas voltaram-se imediatamente, era um pequeno garoto e que parecia tão magro que elas nem sequer o tinham visto.


- Cala-te Thomas e volta para o escuro - resmungou outra voz mais adulta.


Siena e Liliane aproximaram-se e viram então quem eram os vultos. Homens e mulheres, jovens e crianças, com um aspecto deploravel encontravam-se ali no escuro.


Liliane aproximou-se e sentou-se junto do velho e tocou-lhe na face.


Numa voz baixa recitou algo que Siena não compreendeu mas que o velho entendeu e arregalou os olhos como se não estivesse ouvir bem aquilo que ela tinha dito.


- Conta-nos porque se esconderam de nós. - disse ela calmamente.


"Bem, isso aconteceu porque estavamos com medo. Os jovens normalmente são muito impulsivos e podiam julgar-nos mal. Depois acordas-te e olhaste-nos de uma maneira que nós sentimos um arrepiu intenso pela medula. Olha os outros tambem estão a acordar"


As duas raparigas olharam para os seus colegas a erguerem-se e a olharem para tudo com uma certa desconfiança mas assim que as viram sentadas ali no escuro, juntaram-se a elas.


"Já estão aqui todos, vou continuar. Estava a contar-vos que o mundo anda de mal a pior. A Escuridão, gente maléfica essa, amaldiçoou-nos com o seu manto de morte e a Luz serve-se dos guardiões como peoes. Já nada era como antes, em que todos conviviamos em paz e que recebiamos dádivas de ambos os lados."


- Então e os guardiães?


"Bem como vos disse os guardiaes são como peoes dos deuses, mas isso já sabem. Mas já agora esclareçam uma duvida nossa, quem é que vocês realmente são?"


Os quatro olharam-se nos olhos não sabendo bem o que responder, mas em acordo resolveram contar a verdade àqueles pobres coitados.


- Nós contamovos a nossa parte na história. - começou Nic - acreditem ou não nós viemos do futuro, viemos ao passado para descobrir respostas aos nossos problemas.


- Isso parece-me é um rol de mentiras - disse uma velha lá num canto.


- Acreditem ou não é a mais pura das verdades.


- Então como chegaram até aqui? - perguntou Thomas


- Eu tenho umas chaves que permitem viajar de mundos para mundos - respondeu Miliane


Eles calaram-se e naquele silencio algo os chamou à atenção. Um ferros a serem retirados.


Todos olharam para a porta da cela e viram o mago que os tinha enfeitiçado acompanhado por vários guardas.


Vestia agora ricamente.


- Vejo que já acordaram. - troçou ele.


Eles nem viram Liliane aproximar-se e ficar tão perto dele que os seus narizes quase tocavam. O mago ficou momentaneamente aturdido com aquela rapidez. Nicleido e Aran sentiram um feitiço a ser tecido à volta de Liliane e ainda tentaram chama-la à atençao, mas nada feito.


- Vejo que és mais habil nos feitiços que eu.


- Porque nos prenderam? - perguntou educadamente adoptando uma postura descontraida e um tanto ou quanto convidativa.


- É obvio. Vocês fizeram-se passar pelos Grandiosos Senhores os Guardiães do Segredo.


Liliane ficou a olhar para ele, o que queria ele dizer com os Guardiães do Segredo? Haveria algum segredo a proteger por de tras de toda aquela trama? Um segredo perdido pelos seculos?


- E qual é a sentença? - perguntou Aran interrompendo aquele olhar fulminante entre os dois.


- Era isso que vos vinha dizer antes de ser interpelado por esta jovem, vocês vão ser mortos de madrugada na corda à vista da população desta vila.


- Isso vai ser interessante. - comentou Siena e Miliane sorrindo abertamente. Ambas sabiam bem o que podiam fazer com os seus poderes.


- Podem sorrir muito, mas a verdade é que os vossos poderes se encontram presos dentro de vocês, eu proprio os prendi, por isso vai ser dificil evitar a corda. Agora vou deixar-vos com os vossos pensamentos.


Ambos se voltaram para Liliane à espera, sabiam que ela podia fazer alho, pelo menos sempre fazia algo para salvar das mais diversas situações.


- Não olhem para mim assim que não sei o que fazer.


Com um suspiro de derrotados sentaram-se ao lado dos outros mas Thomas perguntou ainda.


- Estavam a dizer quem vocês eram?


- Sim nós somos os guardiaes do futuro, temos algo em mãos que nem sequer sabemos o que é.


Liliane que se tinha afastado para pensar melhor juntou-se a eles.


- E não vos contei tudo, eu matei a escuridão num encontro que tive com ela, mas agora cumprindo a ancestral maldição vou ter de assumir o seu cargo.


- Isto está a tornar-se cada vez mais importante. - comentou Aran - temos uma princesa da morte mesmo ao nosso lado e amanhã de madrugada vamos todos ser mortos pela forca. Isto é mesmo hilariante.


- Não tem piada nenhuma Aran. - repreendeu Nic - os nossos poderes incluindo os de Liliane encontram-se reduzidos ao maximo, não podemos fazer nada.


- Podemos sim. Posso ensinarvos a lutar durante esta noite, e tentar arquitectar um plano de fuga. Talvez podemos fugir enquanto nos dirigimos para a forca.


- Boa ideia Liliane, e como vais começar a ensinar-nos?


- Por acaso já sentiram como se fizessem parte do vento?




Hoje fica por aqui. A imagem é na prisão.




Espero que gostem


Até sábado


Iruvienne