quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Uma História...A nossa História...Magia e Imaginação / Episódio Natal



Bem este episódio devia ser para sábado mas sendo assim escrevo hoje.




Destino errado


Viagem no mar




A primeira coisa que notaram de errado foi que estava tudo muito silêncioso, a outra foi um calor abrasador que se abateu sobre eles. Ao olharem em volta viram que estavam no meio do nada...bem não exactamente nada, antes mais um deserto.


- Acho que precisas de pratica. - riu-se Miliane ao dar uma palmada nas costas de Siena ainda meio espantada com o seu feito.


Siena ainda assim não compreendia o seu erro, tinha visto Miliane fazer aquilo montes de vezes.


- Com erros ou não temos sair deste sol omais depressa possivel senão algo de grave vai acontecer - disse Aran já a transpirar por todos os poros.


Miliane olhou para eles com uma ideia. Concentrando toda a sua energia transformou-se num elefante. Era seu poder transformar-se no que quisesse, a sua alma ainda não tinha assumido uma forma.


Cada um sorriu, começavam a habituar-se àqueles pequenos fenomenos. Todos subiram para as costas de Miliane, Nicleido fez um feitiço onde uma pequena nuvem aparecia sobre as suas cabeças refrescando-os de momentos a momentos com pequenas gotas de água.


O sol foi-se deitar mais cedo do que habitual, ou assim pareceu aos nossos amigos. Estavam todos a cair quase mortos de sono. Miliane parou e transformou-se novamente em rapariga, estava estoirada.


- Miliane está tudo bem? - perguntou Siena preocupada com ela oferecendo-lhe o odre de água.


- Só cansada, extremamente cansada.


- Alem disso está a começar a ficar frio. - afirmou Nicleido ao fazer desaparecer aquela nuvem.


- Acho que posso tratar disso.


Aran espantou-os com aquela oferta de serviços. Levantou-se e estalando os dedos uma fogueira surgiu no meio daquela roda. Era uma fogueira agradecida pelos quatro uma vez que no deserto as oscilações de temperatura faz parecer que estão num outro planeta.


Cada um se aconchegou em redor da roda e sem saberem adormeceram. Bem, quase todos Nicleido permaneceu acordado fazendo de vigia. A noite pode ser muito perigosa, ou assim parecia desde que Liliane se tinha ido embora.


Aquela desculpa dada por Miliane não o convencia, deveria haver uma outra desculpa, uma outra razão por a sua amiga ter ido embora sem dizer nada a ninguém. Tencionava interrogar Miliane mais tarde, agora ia deixa-la descansar.


Quase a amanhecer Aran acordou oferecendo-se para fazer agora ele o turno de vigia. Nic agradeceu, não sabia muito bem como Aran se tinha tornado tão simpático. Que mudanças é que aquele grupo já tinha mudado realmente?


Começou a nascer o sol, parecera-lhe logo mais vermelho do que o habitual. Começou a ouvir guizos, assustado acordou imediatamente os seus colegas.


- O que é? - perguntou um tanto ou quanto confusa Miliane.


- Alguem se aproxima. - sussurrou Aran


Siena tentou fazer algo que há muito tempo não fazia. Tentar ouvir os pensamentos dos outros. Normalmente não usava este dom pois não gostava de ouvir os pensametos dos seus amigos, achava que era uma invasão de privacidade, e ouvir os pensamentos das outras pessoas era tão chato!


Mas daquela vez achou-o util. Com um tentaculo mental perscutou o ambiente em redor. Sentia a consciencia de minusculos seres, animais e pequenas plantas que tentavam sobreviver àquele abrasador inferno.


Mas quando se virou para o outro lado deu-se conta da presença de outras mentes bem protegidas atrás de muros fortificados. Uma voz mental interpelou-a


"Quem és?"


"Siena, e quem são vocês?"


"Povo do deserto, vocês não são daqui"


Siena enviou uma imagem de onde estavam. Sentiu a concordancia do outro lado e abriu os olhos, não os lembrava de os ter fechado, mas isso agora não importava tinha de avisar os seus companheiros de que eram amigos.


- São apenas o povo do deserto, convidei-os a virem até aqui, não os tratem mal.


Sentaram-se à espera do povo do deserto. Entretanto meteram as suas capas pelas costas e o capus na cabeça, isso protegia-os do calor parecendo um pequeno frigorifico ambulante.


Um a um surgiram o povo. Cada um estava como eles enrolado em várias mantas. Pareciam espantados ao encontrarem quatro jovens sozinhos no meio do deserto.


- Que fazem aqui? Sozinhos no meio do deserto? - perguntou o que estava mais à frente.


- Tivemos um pequeno problema no nosso meio de transporte.


- Então sigam-nos.


Os quatro levantaram-se e subiram a duna. Ficaram espantados do que encontraram do outro lado. Uma enorme caravana de camelos e mulas cobertas de malas e tendas. Aquele povo sorriu perante o espanto deles e guiaram-nos a dois camelos.


Ajudaram-nos a montar e caminharam o dia todo não falando para poupar energias. Siena estava espantada ao perceber que Miliane e Nicleido estavam a comunicar pelas mentes e sem querer intrometeu-se na conversa.


"Vocês também sabem falar com a mente?"


"Siena!" exclamaram Miliane e Nicleido nas suas mentes.


"Desculpem, pensava que só eu sabia fazer isso."

"Foi o meu avô que me ensinou quando era pequeno, durante algum tempo tive a ensinar Miliane, Aran e Liliane, só que soube desde logo que tu conseguias falar por isso não me incomodei, pensei que já sabias isso?"

"Oh! Está bem. Mas o que é que estavam a falar, esta viagem está a adormecer-me e está falta de Natureza a matar-me"


"Bem estava a contar a verdade sobre Liliane, sabes que eu não podia contar o que sabia à frente de Giudito, uma vez que já começava a desconfiar dele"


"Conta quero saber tudo?"


Miliane contou sobre o que acontecera entre Liliane e Galbierena, contou-lhe tambem o que sabia sobre os verdadeiros pais de Liliane, melhor dizendo quem era a sua mãe.


"Oh meu deus!" exclamou Siena, ouviu-se tambem um om de espanto de Aran, afinal tambem ele estava a ouvir a conversa.


"Pois mas isso não deixa de ser nossa amiga"


Quando deixaram de prestar atenção à conversa e apreciar o que estava em redor notaram que tinha passado muito tempo. O sol já se estava a começar a por e estavam quase a chegar a um acampamento maior.


Um homem muito velho vestido apenas com roupas pretas e pequenos pormenores em ouro esperava-os muito direito.


Cada um desmontou e fez uma vénia àquele senhor. Os nossos amigos chegaram à sua frente e também fizeram vénias.


- Bem vindo Guardiães, estava à vossa espera. Bem vindos à terra das memórias.


Liliane encontrava-se já em alto mar. Os marinheiros tratavam-na bem e gostava de sentir o vento à noite ao luar. O capitão vinha por vezes falar com ela contando histórias e lendas do mar.


- Peço desculpa de me intrometer mas tem a certeza do que vai fazer.


Liliane que estava a olhar para o mar olhou-o nos olhos. O capitão estremeceu. Ela tinha tido tempo para se lavar e mudar de roupa. O seu vestido azul escuro confundia-se com o mar e o ceu. Os seus olhos estavam agora mais calorosos do que no dia da chegada.


- O senhor tem uma filha no porto à sua espera, tem a minha idad, 15 anos, é pura em alma e corpo, qual é a sua pergunta realmente?


O capitão olhou espantada. Aquela rapariga sabia muito, nunca tinha contado aquilo aos seus marujos nem a ninguém. Como podia uma estranha saber aquilo? Aquela atitude também o assustava, ela era directa, percebia quando andava com rodeios ou quando queria apenas diverti-la.


Apreciava muito essa caracteristica, não suportava aquelas pessoas que andavam com muitos rodeios para contar a verdade. Alem disso parecia-lhe uma rapariga culta, não daquelas raparigas futeis.


- Para onde irá a seguir? O que vai fazer àquela ilha?


Ela sorriu.


- O destino é incerto. Estou certa que já ouviu a lenda dos guardiões, estou certa.


- Concerteza, é uma lenda muito falada entre os marinheiros.


- Bem preciso de ir à ilha para esclarecer umas duvidas com os deuses, nem que para isso tenha de dar a minha alma, e depois vou reunir-me com os guardiões.


- Isso quer dizer que os guardiões ainda estão vivos?


- Não, quer dizer que isto é uma nova era e prepara-te que tudo aquilo que conheces estás prestes a mudar.


Ficaram ali a olhar para o horizonte onde um novo dia nascia.


O episódio fica por aqui. A imagem é Miliane no deserto.

Espero que gostem

Até breve

Iruvienne

2 comentários:

Anónimo disse...

Ai, ha ja uma enternidade que não punha aqui os meus pezinhos.. lol fazendo.me viajar já nos episodios antigos ate agora( e custou) mas tou feliz por teres evoluido ao maximo, ta espectacular (um bocado cansativo isto de ler tudo duma vez) mas ate gostei (digo-te parecia um livro, um bocado confuso, mas parecia) XD
espero pelos proximos episodios (vou tentar não falhar!)

Luh

Anónimo disse...

AMO este blog...ta lindo:D


BeijinhO***